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Câmara de Porto Alegre homenageia os 28 anos da Cootravipa

 

      O período destinado às Comunicações na sessão ordinária da Câmara Municipal de Vereadores de Porto Alegre desta segunda-feira (20/8) foi dedicado a homenagear os 28 anos de fundação da Cooperativa dos Trabalhadores das Vilas de Porto Alegre (Cootravipa). Na ocasião, o proponente da homenagem, vereador Paulo Marques, entregou ao presidente da Cootravipa, Jorge Luiz Bittencourt da Rosa, um diploma oferecido pela Câmara Municipal em alusão à data. O superintendente Norberto Tomasini representou o presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, na homenagem. O assessor jurídico da Ocergs, Tiago Machado, o assessor técnico da Ocergs, José Agis Kanan e o diretor geral do DMLU, Carlos Vicente Gonçalves, participaram da sessão.

      O vereador Paulo Marques salientou que falar em "união que deu certo" era a melhor forma de apresentar a Cootravipa. Lembrou que, na década de 1980, quando o desemprego atingia grande parte dos trabalhadores, alguns líderes comunitários reuniram moradores das vilas e explicaram a eles que, no Chile e na Argentina, trabalhadores estavam se organizando em cooperativas. "Somente 20 deles conseguiram recursos para a cota-capital inicial e criaram a Cootravipa", relatou.

      O vereador destacou as dificuldades enfrentadas pelo cooperativados nestes 28 anos e a transparência e honestidade com que a Cootravipa é conduzida até hoje, dando oportunidade de trabalho e incluindo pessoas que estavam à margem da sociedade. "Hoje são 2,5 mil pessoas que trabalham para que cooperativa cresça cada vez mais", disse.

      Ao agradecer a homenagem, Bittencourt da Rosa observou que ela é reconhecida no Brasil, mas, infelizmente, aqui no Estado alguns ainda insistem em não reconhecê-la. "Mas estamos nas ruas 24 horas por dia, sábados, domingos, feriados. É uma história fantástica, de pessoas excluídas do mercado de trabalho, a maioria (80%) mulheres sozinhas, com cinco ou seis filhos para sustentar." Rosa disse que muitos avanços já foram obtidos para os cooperativados, mas eles querem mais. "Quando tivermos uma porta aberta com alguma faculdade para 50 bolsas de estudo, por exemplo, com certeza vamos avançar ainda mais."

      Na homenagem, também se manifestaram os seguintes vereadores:

      CREDIBILIDADE - Sofia Cavedon disse que a Cootravipa "está na história da cidade e do cooperativismo" e destacou que as cooperativas sérias têm enfrentado problemas em função da falta de credibilidade gerada pelas "cooperativas laranjas". Segundo ela, essas falsas cooperativas "criaram uma disputa desleal" com organizações sérias, ganhando a concorrência em editais pelo rebaixamento das condições de trabalho dos cooperativados. Ressaltou que a Cootravipa é vitoriosa porque não discrimina pessoas, sendo "extremamente inclusiva". Defendeu a aprovação de projeto que garanta descanso anual de 30 dias aos cooperativados, como forma de incorporar mais direitos aos trabalhadores.

      FEDERAL - Bernardino Vendruscolo lembrou que foi presidente de uma cooperativa habitacional que construiu mais de 900 apartamentos em Porto Alegre. Ressaltou que o conceito de cooperativismo, infelizmente, "tem sido usado de forma equivocada por muitos empresários falidos" para explorar trabalhadores. Garantindo que nenhum vereador vai votar contra projeto municipal que traga benefícios aos trabalhadores das cooperativas, alertou, no entanto, que qualquer mudança no regramento das cooperativas depende de legislação federal. "Neste sentido, é preferível não iludir os trabalhadores", disse.

      HABITAÇÃO - Engenheiro Comassetto cumprimentou a direção da Cootravipa pelos 28 anos de fundação e destacou que a cooperativa atua como "uma empresa social", tendo o desafio de garantir a limpeza diária da cidade. "A cooperativa de trabalho tem de ser mais do que um emprego, é uma empresa social. É preciso apontar novos caminhos", afirmou Comassetto, lembrando que o governo federal tem um projeto que visa a garantir habitação de interesse social para pessoas que recebam até três salários mínimos. "Esse projeto pode beneficiar trabalhadores que vivem de aluguel ou moram em casas de parentes ou terceiros. Os recursos da CEF podem ser canalizados para um projeto no Município", sugeriu.

      DESERDADOS - Elói Guimarães disse que a grande marca da Cootravipa é dar oportunidade às pessoas mais humildes da sociedade. "A Cootravipa nasceu dos deserdados, pessoas humildes que tinham dificuldades em ingressar no mercado formal de trabalho." Para Elói, esta homenagem é um grande momento na Câmara, que reconhece assim o trabalho desempenhado pela cooperativa em favor da cidade.

      AGRADECIMENTO - João Bosco Vaz manifestou seu agradecimento pelo trabalho da cooperativa nos cinco anos em que ocupou o cargo de secretário municipal dos Esportes. Segundo ele, a cooperativa mantém 22 pessoas trabalhando na SME para manutenção de espaços esportivos e praças administrados pela SME. "É um exemplo de cooperativa que deu certo. E deu certo porque tem trabalho competente, sério e confiável. Sucesso não vem por acaso. É preciso ter credibilidade e confiança, e este binômio a Cootravipa tem."

      ANÔNIMOS - Idenir Cecchim destacou o trabalho anônimo realizado pelos cooperativados. "Mas não apenas o trabalho de limpeza e sim o trabalho psicológico que fazem uns aos outros, se ajudando mutuamente, dando força uns aos outros. É um trabalho de doação humana", observou, lembrando que a homenagem, por coincidência, ocorre em 20 de agosto, o Dia do Maçom, "outro exemplo de pessoas que trabalham anonimamente em prol da sociedade".

      Com informações da Assessoria de Imprensa da CMPA.

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