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Público acompanha painel sobre transição energética com especialistas, promovido pelo Sistema Ocergs durante a Expointer 2025.

Cooperação e tecnologia impulsionam soluções para o agro

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Painel promovido durante a Expointer 2025 destacou a intercooperação como resposta aos desafios climáticos no campo.

A partir da temática “Água para Alimentar o Amanhã”, o Sistema Ocergs promoveu um debate para discussão da necessidade de cooperação estratégica entre cooperativas, produtores e instituições financeiras para enfrentar os desafios climáticos e garantir sustentabilidade na produção agropecuária. O bate-papo aconteceu durante a programação da Casa do Cooperativismo, na Expointer 2025.

A atividade integrou o painel “Água, Clima e Cooperação: O Bioma Enfrentando Extremos” e reuniu representantes da Sicredi, Cotripal e do Comitê Geração C RS para apresentação de cases. O bate-papo contou com a mediação da jornalista Rosana Jatobá, especialista em sustentabilidade e ESG.

O futuro dos negócios é sustentável

Rosana iniciou o bate-papo destacando como o ESG está redefinindo o sucesso dos negócios. Segundo ela, o futuro das empresas depende diretamente da sustentabilidade, tanto para manter sua competitividade quanto para garantir sua perenidade. A jornalista apresentou dados sobre a crise climática enfrentada no mundo, como a atual concentração de 423 ppm de CO2 — a maior dos últimos três milhões de anos — e o aumento dos eventos extremos, cinco vezes mais frequentes do que em 1970.

Na agricultura, há uma queda de 21% na produtividade global desde 1961. No Brasil, as perdas na produção agropecuária já somam R$287 bilhões nos últimos 10 anos. Há, ainda, riscos de redução de 40% na área produtiva de soja até 2070 e até 33% na produção de café. Ela também apresentou caminhos práticos para começar a implementar o ESG, como ações ambientais, reduções de impacto e ferramentas gratuitas para aplicação dos conceitos.

As cooperativas já nascem sustentáveis. É da essência das cooperativas a implementação das melhores práticas de ESG. Muito antes de falarmos sobre isso, esse modelo de negócio já praticava a sustentabilidade. Elas têm três forças fundamentais: a capilaridade territorial, com presença em todo o Brasil; a gestão participativa, com decisões democráticas; e o compromisso a longo prazo, sempre pensando nas próximas gerações”, afirmou Rosana.

Irrigação como ferramenta de produtividade e sustentabilidade

Durante o painel, representantes da Cotripal apresentaram o “Programa de Irrigação” da cooperativa, que busca ampliar a produtividade das propriedades associadas por meio da implementação de sistemas de irrigação. A Cotripal é a única cooperativa gaúcha com uma unidade exclusiva para esse fim, oferecendo desde estudos de viabilidade hídrica até apoio técnico e licenciamento ambiental.

A cooperativa também pratica a intercooperação, estendendo soluções de irrigação para cooperativas parceiras como a Cotrisoja e Cotrifred. Com mais de mil hectares já vendidos e mais de 15 mil hectares orçados, o programa reforça a eficiência do modelo cooperativista na disseminação de tecnologias.

Crédito como alavanca para a inovação no campo

No ramo do crédito, o case apresentado pelo Sicredi destacou a importância do crédito rural para viabilizar tecnologias como a irrigação. Cerca de 70% das iniciativas de irrigação no Brasil dependem desse tipo de financiamento. Para a safra 2024/2025, a instituição disponibilizou R$62 bilhões em crédito agro, com 83% dos 787 mil associados do setor sendo agricultores familiares.

O foco da cooperativa está em oferecer soluções personalizadas, alinhadas às demandas dos produtores e às necessidades regionais, fortalecendo a sustentabilidade e a autonomia das propriedades rurais.

Inclusão e juventude na agenda ambiental cooperativista

Por fim, o Comitê Geração C RS, trouxe uma perspectiva voltada à cultura, biodiversidade e tecnologia, com foco na inclusão de pequenos produtores. O grupo ressaltou o papel fundamental da intercooperação na ampliação do acesso às soluções sustentáveis, defendendo o protagonismo da juventude cooperativista na promoção de transformações no campo.

A iniciativa evidenciou como a articulação entre diferentes atores do cooperativismo pode promover respostas rápidas e eficazes às mudanças climáticas, contribuindo para um futuro mais produtivo e sustentável no meio rural.

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