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Cooperativas gaúchas participam do Seminário Nacional de Autogestão para Cooperativas Agropecuárias
Presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas / Foto: Iago Carvalho/Sistema OCB
Cooperativistas de oito estados brasileiros concluíram nessa terça-feira (28/6) sua participação no I Seminário Nacional de Autogestão para Cooperativas Agropecuárias, realizado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em sua sede, em Brasília. O evento teve por objetivo discutir os benefícios do Programa de Autogestão com foco nos aspectos econômicos, financeiros e sociais (mais conhecido como GDA).
O Rio Grande do Sul foi representado por nove cooperativas. Para o gerente de Monitoramento do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, José Máximo Daronco, o evento foi importante para que se mantenha um alinhamento desse processo nos diversos estados onde o projeto está sendo implantado. “Especialmente para as cooperativas do Rio Grande do Sul que tiveram essa oportunidade, foi importante para que haja consolidação desse trabalho. A expectativa é que possamos logo colher bons resultados e ampliar de forma sistemática a participação de outras cooperativas, potencializando a utilização padronizada de informações para análise comparativa e tomada de decisões”, explica Daronco.
No Estado, o Programa de Autogestão integra o planejamento estratégico como um dos projetos estruturantes do Sescoop/RS. O projeto teve início em agosto de 2015, com um processo de conscientização dos dirigentes das cooperativas do ramo Agropecuário para adesão a este programa. Com o apoio da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), o Sistema Ocergs-Sescoop/RS visitou 27 cooperativas agropecuárias com potencial de implantação do Programa de Autogestão.
Daronco ressalta que na medida em que as cooperativas aderem ao Programa, o Sescoop/RS oferece um treinamento básico sobre a utilização do Sistema de Informações. “Para aquelas que conseguiram avançar com mais intensidade nesse processo, a unidade nacional do Sescoop oportunizou a participação no I Seminário Nacional de Autogestão para Cooperativas Agropecuárias”, comenta Daronco.
“Nossa expectativa é que ao final deste segundo semestre também possamos realizar um encontro semelhante a este, com o grupo das 27 cooperativas do Rio Grande do Sul”, comentou o gerente de Monitoramento do Sistema Ocergs-Sescoop/RS.
Além do Rio Grande do Sul, o I Seminário Nacional de Autogestão para Cooperativas Agropecuárias reuniu também representante do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais e Ceará. O evento contou com a participação dos presidentes José Roberto Ricken (Ocepar), João Nicédio Alves Nogueira (OCB/CE) e, também, dos superintendentes José Aparecido dos Santos (OCB/CE), Leonardo Boesche (Sescoop/PR), Aramis Moutinho Júnior (Ocesp).
Entre as cooperativas gaúchas participantes estiveram a Coasa, Coagril, Coagrisol, Cotrirosa, Cotrisel, Languiru, Piá, Cotripal e FecoAgro/RS. Participaram do evento os diretores superintendentes da Coagril e Coagrisol, Rudinei Richter e Clademir Comin, respectivamente; o diretor vice-presidente da Cotrirosa, Aloísio Selch; o gerente de Controladoria da Cotrirosa, João Bertê; os diretores da Cotrisel, Paulo Borges dos Santos e Rivieri Argenta; o gerente de TI da Cotrisel, Pedro Pinto; o diretor administrativo da Languiru, Silério Hamester; o diretor da Piá, Jeferson Smaniotto; a gerente de Controladoria da Piá, Gisela Schaffer; o gerente Financeiro da Cotripal, Nestor Lang; o superintendente da FecoAgro/RS, Sergio Feltraco; os contadores Carlos Baranzelli (Coasa), Jorge Zohler (Coagril), Gladmir Lima (Coagrisol), Carla Gregory (Languiru) e Vilson Ketzr (Cotripal).
Pelo Sistema Ocergs-Sescoop/RS, estiveram presentes também os analistas técnicos do Monitoramento, Tatiani da Silva e Leonardo Dangel, e o analista administrativo da Ocergs, Matheus Loro.
HISTÓRIA – “E quando falamos em referenciais comparativos é fundamental termos uma base histórica, onde registramos e acompanhamos a evolução da cooperativa. Isso é gestão de uma cooperativa e ela deve ser tão profissionaliza quanto a das empresas concorrentes. Só desta forma a cooperativa se manterá no mercado. Uma atuação assim é uma quebra de paradigmas”, disse o especialista da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), Francisco Teixeira Neto, durante sua exposição sobre a importância dos referenciais comparativos na busca da excelência na gestão.
DESENVOLVIMENTO – “Esse conjunto de siglas (PDGC, GDA, GDH, FIC e PAGC) traz um padrão de conformidade aos indicadores da cooperativa. Com base neles será possível propor estratégias visando à vantagem competitiva e gerando felicidade aos cooperados. Por isso, convidamos às cooperativas do País, a aderirem ao GDA. Tenho certeza de que, depois de tantas reflexões feitas ao longo desses dois dias de trabalho intenso, será possível perceber indicadores muito mais específicos e alinhados. Isso possibilitará o desenvolvimento do movimento cooperativista brasileiro”, afirmou o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, enquanto discorria sobre o modelo de atuação do Sescoop na busca da autogestão.
VISÃO – “Só gerencia quem mede e só mede quem transforma as informações em índices comparáveis. Por isso é tão importante ter dados que nos mostrem como éramos no passado, como agíamos anteriormente, como estamos e onde queremos chegar, afinal de contas, só podemos comparar o hoje com o ontem. E, com base nos números do passado, temos condições de projetar um futuro factível”, comentou o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, enquanto falava sobre o PRC 100, projeto desenvolvido em parceria com as cooperativas paranaenses.
DIFERENCIAL – “O sistema de autogestão permite que a informação de balanço seja transformada em dado gerencial. Além disso, serve de benchmarking e confere mais transparência à gestão”, disse o gerente de Autogestão do Sistema Ocepar, Gerson Lauermamm, durante a palestra Cenários econômicos – aspecto financeiro – consolidação das aplicações do GDA de todos os estados.
INTEGRAÇÃO – “O sistema de autogestão nos fornece informações propícias para gerir o negócio cooperativo e mostra tudo aquilo que pode ser melhorado. Vale destacar que o objetivo é a integração entre cooperativa, unidade estadual e unidade nacional, visando ao fortalecimento do relacionamento e a busca de soluções para o sistema cooperativista brasileiro”, ressaltou o analista técnico especializado do Sescoop/PR, Devair Mem, durante sua palestra sobre a Atuação do GT das Cooperativas do Paraná na defesa e representação.
ENGAJAMENTO – “Quando falamos em geração de informação de qualidade, o programa de autogestão é de suma importância não só para a cooperativa, mas para todo o movimento cooperativista brasileiro. Para além disso, é fundamental que os cooperados se sensibilizem e estejam abertos a esse processo. É por isso que é necessário trabalhar fortemente pela educação do corpo técnico e das lideranças cooperativistas da nossa base”, afirmou o presidente do Sistema OCB/CE, João Nicédio Alves Nogueira.
BANCO DO BRASIL – A palestra magna do evento foi proferida pelo gerente executivo de Negócios com Cooperativismo do Banco do Brasil, Guinter Knaack. Ele discorreu sobre a expectativa do agente financeiro para a realização de financiamento às cooperativas, considerando aspectos como governança, gestão e indicadores econômicos e financeiros.
Segundo ele, o trabalho de análise de risco das cooperativas feito pelo banco começou em 1988. De lá para cá, muita coisa foi alterada no processo. Para se ter uma ideia, atualmente 2,8 mil cooperativas brasileiras possuem contratos de financiamento com o banco e cada dia mais este público tem sido foco do Banco do Brasil, especialmente considerando a taxa de inadimplência: 0,55%, o que, para a instituição financeira, é um excelente indicador.
Ele relatou, ainda, que a avaliação de desempenho das cooperativas foi 25% melhor na comparação entre os anos safra 2014/2015 e 2015/2016.
Com informações do Sistema OCB
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