Cooperativismo tem grupo de trabalho no governo do Estado
Em reunião-almoço realizada ontem (18/04) no Galpão Gaúcho do Palácio Piratini, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, oficializou o Grupo de Trabalho do Cooperativismo Gaúcho, formado por lideranças políticas, de entidades públicas e representativas e gestores de cooperativas gaúchas. A missão do Grupo de Trabalho é formular, nos próximos 90 dias, um projeto de reestruturação do cooperativismo gaúcho, fundamentado em uma pauta discutida anteriormente pelo governo estadual e diversas entidades ligadas ao setor cooperativista do campo.
“Queremos constituir um sistema político-administrativo na base e em torno do cooperativismo”, declarou o governador Tarso Genro. “A riqueza do Estado está centrada nas cooperativas e elas precisam se fortalecer. Em conjunto, de maneira organizada, sustentadas por uma política estadual firme. Precisam intercooperar, não competir. Vamos duplicar a importância do cooperativismo e colocá-lo em um novo patamar do desenvolvimento”, afirmou o governador.
O secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan, foi quem apresentou os itens que constituem a pauta do projeto. Ele explicou que “o Grupo vai trabalhar, inicialmente, pelo desenvolvimento do cooperativismo rural, que é emergencial. Posteriormente, o cooperativismo urbano também será pensado”.
Gestão e inovação
O primeiro item da pauta do futuro projeto é a formulação de um novo modelo para o sistema cooperativista do Rio Grande do Sul. “O cooperativismo tem grande força política, mas pouca intercooperação no mercado”, opinou, afirmando também que é importante oferecer às cooperativas um novo modelo de gestão. Para Pavan, a inovação tecnológica, tanto na produção quando na gestão, é um grande desafio para o cooperativismo.
Políticas tributárias e acesso ao crédito
Pavan apontou a reformulação das políticas tributárias como um compromisso do governo estadual com o cooperativismo. De acordo com ele, as cooperativas, que produzem matéria-prima, sofrem concorrência desleal das empresas que apenas compram essa matéria-prima no Estado. “Precisamos adequar a legislação para acabar com a disparidade de tributação entre pequenas empresas e cooperativas, inclusive com relação ao Fundopem”, disse o secretário.
O governo estadual apontou ainda a dificuldade de acesso ao crédito como um dos principais obstáculos ao desenvolvimento do cooperativismo. Para Pavan, “o BNDESPAR tem sido uma política predatória”.
Finalizando a apresentação, o secretário citou a importância de revisar a questão do endividamento das cooperativas para que se viabilize o desenvolvimento do sistema.
Reconhecimento
“Hoje, o Estado está reconhecendo a importância das cooperativas, que sempre investiram em infraestrutura e assistência técnica para o produtor e são responsáveis pela inclusão social de 40 mil pequenos produtores de leite”, declarou o presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius. “O Rio Grande do Sul pode ter certeza de que as cooperativas estarão sempre a seu lado para crescer junto com o Estado e fortalecê-lo”, garantiu Perius, apoiado pelo presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do RS (FecoAgro/RS), Rui Polidoro Pinto, e dirigentes de cooperativas”.
Grupo de Trabalho:
Coordenador:
Secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan
Representantes do Governo:
Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo: Gervásio Plucinski;
Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento: José Miguel Pretto;
Secretaria da Fazenda: Sílvio Barbosa dos Reis;
Banrisul: Guilherme Cassel;
BRDE: José Hermeto Hoffmann;
Badesul: Lindamir Teresinha Verbiski;
Assessoria Superior do Governador: João Vittor Domingues e Milton Viário.
Representantes da Ocergs/FecoAgro/RS:
Vergílio Frederico Perius, presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS
Rui Polidoro Pinto, presidente da FecoAgro/RS
Representantes da Ocergs/FecoAgro/RS:
Vergílio Frederico Perius, presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS
Rui Polidoro Pinto, presidente da FecoAgro/RS
Caio Vianna, presidente da CCGL;
Aquelino Delalibera, presidente da Coopibi;
Hélio Marchioro, diretor da Fecovinho;
Nei Mânica, presidente da Cotrijal;
Tarcísio Mineto, economista da FecoAgro/RS.
Tarcísio Mineto, economista da FecoAgro/RS.
Representantes da Unicafes:
Claúdio Risson; Ailton Croda; Clamir Balen; Paulo Kreutz.
Representante da Coceargs:
Emerson Giacomelli.
Claúdio Risson; Ailton Croda; Clamir Balen; Paulo Kreutz.
Representante da Coceargs:
Emerson Giacomelli.
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