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Pesquisa eleva produção de leite

      Pesquisa desenvolvida pela CCGL Tec com os associados nos municípios de Pontão, Santa Rosa e Catuípe está provando que, com mudanças de manejo e alimentação dos animais, é possível produzir mais leite num mesmo espaço. Pelo menos 2 mil propriedades, entre os 8,5 mil fornecedores da CCGL, estão neste caminho - de melhorar o padrão de qualidade e diluir custo, elevando a renda m propriedades rurais de até 20 hectares (ha).

     Com adubação de pastagem, maior ingestão de folha verde, movimentação correta dos animais nos piquetes e ajuste da ração, a média de produtividade diária das vacas submetidas ao piloto deu um salto de dez a 14 litros para 22 a 34 litros. No verão, os pastos são formados com sorgo forrageiro, capim-sudão e milheto. No inverno, pastos como o azevém e a aveia preta compõem a dieta.

      Dados experimentais mostram que o custo fica em R$ 0,43 por litro, com a produção de 17,7 mil litros de leite por ha/ano. Já um produtor típico, fora do sistema, consegue rendimento de 5 mil litros por ha/ano ao custo de R$ 0,57. Atualmente, o preço médio pago ao produtor na região está ao redor de R$ 0,75. Chegar a este desempenho requer baixo investimento e leva entre sete e 12 meses, garante Wagner Beskow, diretor da CCGL Tecnologia. O gasto inicial do produtor se restringe à adubação do pasto com 300 quilos de NPK/ha/ano e 400 quilos de ureia/ha/ano, além do incremento de ração. O agrônomo da Coopermil, Milton Racho, explica que todo o animal que produz mais que 12 litros/dia necessita de ração, como forma de alimentação suplementar. "A medida é de um quilo de ração para cada três litros de leite." Enquanto a bovinocultura garante renda líquida de R$ 90,00 por ha/ ano, na Metade Sul, nas baciais leiteiras, o rendimento chega R$ 500,00 sem assistência, e a R$ 3,8 mil para quem adere às novas práticas.

Situação atual do produtor típico:
Produtividade da terra: 5 mil litros/hectare/ano
Produtividade da vaca: 12 litros/vaca/dia
Base silagem, pasto escasso, de baixa qualidade e manejo inadequado
Intensa mão de obra
Renda liquida: R$ 500,00/ha/ano
Equivalente a R$ 833,00 por mês em propriedade de 20 hectares
 
Unidades Demonstrativas:
Produtividade da terra: 12 mil litros/ha/ano
Produtividade da vaca: 22 litros/vaca/dia
Base pasto e silagem como reserva energética
Baixa mão de obra
Renda líquida: R$ 2.350,00/ha/ano
Equivalente a R$ 3.916,00 por mês em propriedade de 20 hectares
 
Tambo Experimental
Produtividade da terra: 17.700 litros/ha/ano
Produtividade da vaca: 32 litros/vaca/dia
Base pasto e silagem como reserva estratégica
Baixa mão de obra
Renda líquida: R$ 3.800/ha/ano
Equivalente a R$ 6.333/mês em propriedade de 20 hectares

Fonte: Correio do Povo - 04/12/2011 (Rural, p. 11)
Matéria de Patrícia Meira
Clique aqui para acessar a matéria.

       Família amplia renda e evita êxodo

      Projetos de estimulo à profissionalização da produção de leite como os empreendidos pela CCGL têm provocado mais do que o aumento de produtividade e renda. Estimulam jovens que pensavam em migrar para a cidade a permanecer no campo. Foi o que aconteceu, por exemplo, com a família Bullmann, de Santa Rosa. O progresso a olhos vistos nos últimos três anos fez os filhos permanecerem no campo. Além de Edgar, 43 anos, e Rosane, 41 anos, trabalham na produção os três filhos adolescentes, as duas garotas e um garoto, que pretendem seguir no campo. Na propriedade de 17 hectares, a produtividade saltou 135% nos últimos três anos, de 14 litros/dia/animal para 33 litros/dia/animal. Para dar o salto, foi preciso investir. A família comprou um novo resfriador, com o triplo de capacidade, e separou mais dinheiro para os custos adicionais com ração e formação de pastagem. O aumento de custo de 30% foi recompensado com o incremento de produção.

      Com média diária de ordenha de 860 litros de leite, a meta é chegar aos mil litros/dia. Todo o produto é vendido para a Cooperativa Mista São Luiz (Coopermil) pela média de R$ 0,70. O agrônomo da Coopermil, Milton Racho, explica que a família já se tornou um case de sucesso e a propriedade, uma atração. Muitas mudanças foram realizadas. No manejo, por exemplo, os animais passam por até três piquetes por dia e retornam ao inicial em, pelo menos, dez dias, quando é o período de boas chuvas. A ração, antes preparada na propriedade, com farelo de soja, de trigo e grão úmido, passou a ser comprada. A análise de custos, assim como os fatores técnicos, passou a ser essencial.

Fonte: Correio do Povo - 04/12/2011 (Rural, p. 11)
Matéria de Felipe Dorneles
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