
Cooperativismo gaúcho projeta futuro em Fórum dos Presidentes
- Artigo Secundário 1
Evento reuniu lideranças com objetivo de antecipar cenários e discutir alianças estratégicas para as cooperativas do Rio Grande do Sul.
O Sistema Ocergs promoveu, nesta segunda-feira (13), o Fórum dos Presidentes 2025, reunindo as principais lideranças e representantes do cooperativismo gaúcho em Porto Alegre. Com foco em tendências econômicas, alianças estratégicas e oportunidades para o setor, o evento antecipou debates essenciais para o futuro das cooperativas do Rio Grande do Sul.
O Fórum contou com a participação de presidentes e dirigentes de cooperativas de todos os ramos, agropecuário, consumo, crédito, infraestrutura, saúde, trabalho/produção de bens e serviços e transporte, promovendo uma tarde de conteúdo estratégico e troca de experiências. Na abertura, o presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann, destacou a importância da união entre lideranças para fortalecer o modelo cooperativista.
“É um momento para reafirmarmos o papel do cooperativismo como um movimento fundamental no desenvolvimento do nosso país. No próximo ano, um ano eleitoral crucial para o futuro das nossas cooperativas, o Sistema Ocergs tem um plano pronto para atender às demandas mais importantes do cooperativismo e nosso objetivo é garantir que as cooperativas gaúchas estejam preparadas e bem representadas, defendendo e fortalecendo o esse modelo de negócio em espaços de decisão”, afirmou.
Panorama macroeconômico e oportunidades para o cooperativismo
A programação teve início com a palestra do economista-chefe do Sicredi, André Nunes, que apresentou uma análise sobre o cenário econômico nacional e internacional. A exposição abordou projeções de crescimento, inflação, juros e câmbio, além dos impactos das variáveis econômicas nos setores cooperativistas
“Observamos desafios imediatos, ligados a juros elevados, aumento contínuo da dívida pública e a desaceleração do crescimento esperado para o segundo semestre deste ano. Contudo, após essa fase de ajuste macroeconômico, percebemos que a economia apresenta potencial maior de crescimento e, a médio/longo prazo, estamos bem otimistas”, pontuou Nunes.
O economista também apontou os ramos mais resilientes do cooperativismo para o próximo período. “Acho que os setores mais resilientes nos próximos meses serão aqueles que são menos cíclicos e menos dependentes de crédito e taxa de juros. Setores como saúde, serviços e supermercados tendem a se manter estáveis, pois são mais ligados à renda e menos sensíveis às flutuações econômicas. Já os setores mais cíclicos, como indústria e construção, podem sofrer mais com a desaceleração econômica e a incerteza política”, explicou.
Alianças estratégicas que geram resultados
O segundo painel do evento foi conduzido pelo diretor de Relações Institucionais da Randoncorp e presidente do Conselho do Banco Randon, Joarez José Piccinini, que apresentou casos reais de inovação e parcerias estratégicas no painel “Alianças estratégicas que geram resultados”. Piccinini destacou como a cooperação pode impulsionar negócios no setor industrial e financeiro.
“A Randon é um exemplo de empresa que entendeu a importância da inovação e das parcerias estratégicas para o crescimento e a sustentabilidade. Nossa visão de abundância e colaboração mostra que é possível trabalhar com intercooperação para alcançar resultados positivos. As cooperativas devem trabalhar juntas, compartilhando conhecimentos e experiências, e não se enxergarem como concorrentes. A união e a colaboração podem ser fundamentais para o sucesso e a busca por soluções a longo prazo”, finalizou.
Cooperação e futuro
Com foco em inovação, sustentabilidade e competitividade, o Fórum dos Presidentes 2025 reforçou o papel do cooperativismo como força propulsora do desenvolvimento regional e nacional. A partir das reflexões e experiências compartilhadas, o evento inspirou novas estratégias de crescimento, fortalecendo alianças e ampliando a visão de futuro das cooperativas gaúchas.
Notícias