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COP29: Brasil mostra força do cooperativismo na agricultura sustentável
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COP29: Brasil mostra força do cooperativismo na agricultura sustentável

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Sistema OCB participou da COP29 em diversas frentes. Painel promovido pelo ITC reforçou a contribuição do movimento para um futuro mais verde. 

O Sistema OCB esteve presente no painel O Papel das Cooperativas no Combate às Mudanças Climáticas, realizado nesta terça-feira (19), durante a COP29, em Baku, Azerbaijão. Promovido pelo Centro de Comércio Internacional (ITC), o painel contou com a participação de Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB; Natalia Carr, gerente ESG da Cooxupé; e Matheus Marino, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, e teve como objetivo destacar o impacto local e global das cooperativas na preservação ambiental e no avanço de um futuro com menor pegada de carbono.

Os representantes do cooperativismo brasileiro compartilharam iniciativas voltadas para a promoção de uma agricultura sustentável, por meio da adoção de práticas inovadoras que garantem uma produção agrícola responsável e equilibrada com o meio ambiente. Nesse contexto, a participação do Sistema OCB ressaltou a importância das cooperativas como agentes de transformação no campo, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. 

Já de início, Eduardo deu destaque à importância das cooperativas, quando se observa que 63% dos agricultores cooperados recebem assistência técnica, enquanto a média nacional é de apenas 20%. “Esse nível de assistência contribui para aumentar a produtividade, melhorar a renda e garantir maior sustentabilidade no campo, com mais educação, mais conhecimento e mais tecnologia”, disse. 

Ele explicou que as cooperativas são feitas por pessoas e para pessoas, com geração de riqueza e  responsabilidade socioambiental. Para ele, o modelo de negócios é como um segredo oculto que precisa ser revelado. “Existem mais de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo que optaram pela cooperação e colaboração como modelo de negócios. No entanto, poucas pessoas sabem o impacto que as cooperativas possuem na economia e no meio ambiente. Por isso, precisamos que o movimento seja cada vez mais conhecido e reconhecido”, concluiu. 

Responsabilidade Ambiental 

Como responsável pelo departamento ESG da maior cooperativa de café do mundo, Natália, compartilhou as ações sustentáveis que estão sendo implementadas pela Cooxupé. “Nossa cooperativa é formada, em sua maioria, por pequenos produtores, e trabalha para garantir que os cooperados possam se adaptar às exigências do mercado sustentável”, disse. Ela pontuou que a cooperativa desenvolveu um protocolo próprio de sustentabilidade chamado Gerações, com o objetivo de apoiar os produtores no atendimento às exigências ambientais, sociais e econômicas exigidas pelas certificações de mercado. “A Cooxupé já é reconhecida como a primeira cooperativa no mundo a ser certificada pelo mecanismo de equivalência GCP (Global Coffee Platform), o que assegura que suas práticas de produção são sustentáveis e alinhadas com as melhores práticas globais”, acrescentou. 

O protocolo é dividido em três níveis, com o objetivo de fornecer suporte aos produtores em cada etapa da certificação. “A cada nível, os requisitos aumentam, o que garante o alcance do produtor a um nível completo de conformidade”, relatou. Ela também mencionou iniciativas como o projeto Minas D’Água, que cuida da preservação das nascentes, e o programa Centro de Educação Ambiental, que visa a conscientização dos produtores sobre as questões ambientais.

Em nome da Coopercitrus, Matheus citou exemplos de como a cooperativa consegue liderar a inovação tecnológica na agricultura. “Com 42 mil cooperados e presente em 70 cidades de 40 estados brasileiros, conseguimos apoiar, especialmente, os pequenos produtores, com serviços que incluem tecnologia de precisão, como UAVs [Veículos Aéreos Não Tripulado]) e drones de pulverização, que visam aumentar a eficiência e reduzir os impactos ambientais das práticas agrícolas”, apontou.

Ele destacou que a cooperativa investe na capacitação de sua equipe por entender que a principal barreira para a adoção de novas tecnologias é o conhecimento. “Trabalhamos com o reflorestamento e a recuperação de áreas degradadas, sempre em conformidade com as leis ambientais do Brasil, que exigem a preservação de uma parte da propriedade para garantir a proteção dos recursos naturais”, pontuou. Ainda segundo ele, a principal estratégia para fomentar a aquisição de tecnologias sustentáveis é garantir que quem produz veja a relação custo-benefício das inovações. “Para o produtor, se a tecnologia agrega valor à sua fazenda e traz resultados financeiros, ele irá adotá-la”, explicou Matheus.

Leia a matéria completa em: COP29: Brasil mostra força do cooperativismo na agricultura sustentável 

Fonte: Sistema OCB

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