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Atlas das Biomassas é lançado na casa da Ocergs

Atlas das Biomassas é lançado na casa da Ocergs

Presidente da Infracoop, Fecoergs e diretor da Ocergs, Jânio Stefanello (d), falou sobre a importância do cooperativismo na produção de biomassa

A casa da Ocergs na Expointer recebeu hoje, quarta-feira (31), o lançamento do Atlas da Biomassa para Produção de Biogás e Biometano. As características geofísicas e o destaque no setor de agroindústria contribuem para que o Rio Grande do Sul tenha alto potencial para a produção de Biogás e Biometano. Foi pensando na ampliação da oferta de energia e combustível a partir desta fonte limpa e renovável que a Secretaria de Minas e Energia e a Sulgás, com levantamento técnico realizado pela Unidade Integrada Vale do Taquari de Ensino Superior (Univates), deram início à elaboração do Atlas das Biomassas, amplo estudo sobre as regiões potenciais de produção de biogás e biometano no RS.
A biomassa é considerada um resíduo sólido, sendo encontrada em diversas formas, tais como: restos de alimentos, resíduos de madeira, palha do arroz, esterco de animais. É uma matéria orgânica utilizada como recurso energético a partir de diferentes processos, como o biogás por queima, biogás por decomposição e biocombustíveis por extração e transformação. Os primeiros estudos evidenciam o grande potencial de produção de biogás e, por conseguinte, do biometano, combustível resultante da purificação do biogás e que já está sendo testado no RS. Os atuais experimentos buscam a produção do biometano com alto teor de metano (acima de 96%), que atenda a especificação técnica exigida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Este gás, que no RS recebe o nome de GNVerde (marca registrada pela Sulgás), tem as mesmas aplicações do Gás Natural, podendo também ser injetado em gasodutos.
Na abertura, o presidente da Fecoergs e diretor da Ocergs, Jânio Stefanello, falou sobre a importância do cooperativismo na produção de biomassa, destacando a atuação de inúmeras cooperativas. “Enxergo a oportunidade de investimento do cooperativismo buscando junto com parceiros públicos e privados a construção do potencial de produção de biogás que temos no nosso estado. As cooperativas são parceiras para pensar o desenvolvimento, sustentabilidade, em uma visão de longo prazo, em sociedade. Mas, acima de tudo, estamos avançando, liberando investimento, que é o que nosso estado precisa”, afirmou.
O secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcisio Minetto, parabenizou a publicação e defendeu o importante papel do cooperativismo na geração e distribuição de energia. “Essa é uma oportunidade no campo da produção, tanto no setor agro como nos demais setores da economia do RS. O Atlas dará um indicativo de oportunidades de geração de energia para os produtores rurais de cooperativas e a Secretaria tem alguns projetos e iniciativas para contribuir”, destacou.
O representante da empresa Naturovos, Fábio Fernandes Koch, explicou a participação da cooperativa Ecocitrus e da empresa privada Naturovos na geração de informações para abastecer o Atlas. “Quando iniciamos o projeto, em 2011, tínhamos o desafio de fazer a sinergia entre o cooperativismo e o sistema privado. A cooperativa realizava um serviço de tratamento de dejetos agroindustriais e a Naturovos sendo uma grande produtora de dejetos. O objetivo era a geração de valor compartilhado e desenvolvimento de massa crítica. Tínhamos uma necessidade de desenvolver conhecimento para discutir e propor tecnologias e soluções. Essa iniciativa pioneira vem para consolidar o estado no desenvolvimento de inovação em tecnologia e de inclusão social, resolvendo também um grande passivo ambiental de determinadas regiões do Estado”, defendeu.
Segundo o diretor-presidente da Sulgás, Claudemir Bragagnolo, a empresa tem investido em ações visando à promoção de novas fontes de suprimento de gás natural no Rio Grande do Sul. “Nosso estado tem um potencial de geração de biometano invejável e graças a esse trabalho, deflagrado no ano passado, temos hoje mapeado no estado quais são as regiões com maior potencial. Mas não faremos nada se não formarmos uma cadeia, se não tivermos a sinergia dessa cadeia como um todo, seja de municípios, cooperativas, outras secretarias do estado. Juntos, conseguiremos trabalhar e implantar essa inovação. Precisamos participar juntos”, finalizou.
Segundo o secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, o Atlas evidenciará o potencial do Rio Grande do Sul e servirá como cartão de visitas para a atração de novos investimentos. “O lançamento do Atlas na Expointer se deu por acreditarmos no potencial das cooperativas na geração de energia. Há inúmeros ganhos do ponto de vista econômico, social e ambiental. Entre eles destaco o tratamento adequado para os resíduos orgânicos - em grande parte provenientes do agronegócio -, o aumento da participação de fontes renováveis na nossa matriz energética, atração de novos investimentos para o setor, geração de renda adicional ao agronegócio, expansão de atividades de pequenos produtores rurais, geração de empregos, diminuição do efeito estufa”.
O presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, parabenizou a iniciativa e destacou a importância da geração de energia para o campo. “As cooperativas geram energia e distribuem no meio rural através das PCHs. Recentemente, lançamos na Cooperativa Languiru, através do Projeto de Cooperação com a Alemanha, um projeto-piloto, que aproveita os gases gerados por biodigestores para utilizar o biogás na unidade de Bom Retiro do Sul, em Teutônia.  A energia é o maior insumo para a agricultura familiar. Quem não tem energia, sai do campo”, finalizou

O Atlas pode ser acessado no site http://minasenergia.rs.gov.br/

Secretário estadual do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcisio Minetto (d)

 

Presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius (d)

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