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Encontro impulsiona futuro do cooperativismo de crédito com imersão ao passado

Encontro impulsiona futuro do cooperativismo de crédito com imersão ao passado

Qual é a plataforma que viabilizará o próximo passo do cooperativismo de crédito? Essa foi a pergunta que o Sicredi buscou responder na 8ª edição do Encontro Nacional de Jornalistas e Formadores de Opinião, realizado nos dias 10 e 11 de outubro. A partir de uma imersão às origens do cooperativismo de crédito, o sistema com mais de 7 milhões de associados construiu uma jornada pelo passado, presente e futuro do setor, entrelaçando a tradição e modernidade que possibilitaram que o Brasil fosse uma das maiores forças do cooperativismo de crédito no mundo. 

Para isso, o encontro – que é realizado desde 2015 – reuniu ao menos 40 jornalistas e formadores de opinião de todo o país, para uma jornada através do trabalho realizado pelo Sicredi. Na primeira parada, no Centro Administrativo Sicredi (CAS), em Porto Alegre, o grupo pôde conhecer as instalações daquele que é considerado o prédio mais sustentável da América Latina. O espaço, que agrega ainda a Fundação Sicredi, é uma referência para a região. 

Romeo Balzan, Superintendente de Cooperativismo e Sustentabilidade/ESG, Programas de Impacto Social, de Inclusão, Educação Financeira, Diversidade e Equidade no Sicredi, recebeu o grupo nas instações da Fundação Sicredi, onde apresentou o trabalho social do Sistema. Através de programas como o Cooperação Na Ponta do Lápis, A União Faz a Vida e dos Comitês da Mulher, Comitê Jovem e outros programas, o Sicredi impacta milagres de vidas em todo o país. Segundo Balzan, hoje o Sicredi já distribuiu mais de R$300 milhões em impacto social, e os números para o próximo ano devem ser ainda maiores. 

Trazendo o “Panorama do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC)”, o chefe do departamento de supervisão de cooperativas e instituições não bancárias do Banco Central, Harold Espínola, contextualizou os avanços do sistema financeiro brasileiro, reforçando o protagonismo das cooperativas. Para ele, o setor possui um papel significativo principalmente nas comunidades, que fogem dos objetivos dos grandes bancos de varejo. Ao olhar de forma humanitária para essas localidades, as cooperativas conseguem realizar um trabalho próximo, condizente com a realidade do seu entorno. “A operação é construída a partir das necessidades que surgem na comunidade”, afirmou. 

César Bochi, diretor executivo do Banco Cooperativo Sicredi, destacou os recentes avanços do sistema Sicredi, que caminha para ultrapassar a marca de 10 milhões de associados em 2025. Segundo ele, o sistema tem buscado trazer um impacto social ainda mais forte e presente, apostando em projetos de educação financeira e outras vertentes. Além disso, Bochi reforçou a necessidade de mostrar mais o trabalho das cooperativas, seja através da imprensa ou de um posicionamento de marca mais forte do setor, como o lançado recentemente pelo Sicredi. 

Para finalizar a primeira etapa, Alexandre Barbosa, diretor executivo de Sustentabilidade, Administração e Finanças do Sicredi, apresentou as recentes ações do Sicredi voltadas à educação financeira. Barbosa destacou o cenário de inadimplência do país e chamou a atenção para a necessidade de buscar programas que entendam a dor de cada cooperado, buscando resoluções reais e atingíveis. Em sua apresentação, ele lembrou da importante parceria do Sicredi com a Maurício de Sousa Produções, que resultou na distribuição de mais de 10 milhões de gibis e no lançamento do primeiro espaço de Educação Financeira infantil do país, que será lançado no dia 7 de novembro no mesmo complexo que abriga o Centro Administrativo e a Fundação Sicredi. 

De volta às origens
No segundo e último dia, o Sicredi levou os convidados de volta ao passado, para conhecer as origens cooperativistas em Nova Petrópolis, onde em 1902 o Padre Theodor Amstad inaugurou a primeira cooperativa de crédito brasileira, hoje conhecida como a Sicredi Pioneira. 

Para iniciar a programação, o grupo foi recepcionado na sede da Sicredi Pioneira, um centro que abriga não apenas as operações da cooperativa, mas também espaços para eventos da comunidade e outros. Tiago Schmidt, Presidente do Conselho de Administração da Sicredi Pioneira RS, lembrou da intensa atividade cooperativista na Serra Gaúcha, e lembrou que o movimento responde por 17% de todo o PIB gaúcho. Completando 121 anos de fundação e sendo a mais antiga instituição financeira privada do Brasil, a Sicredi Pioneira atua em 21 municípios e reúne mais de 240 mil associados. Hoje, são mais de R$4,5 bilhões em crédito; R$7,6 bi em depósitos e R$12,6 bi em recursos totais. 

Heloisa Lopes, Vice-Presidente do Conselho de Administração da Sicredi Pioneira RS, ressaltou a importante conexão de Nova Petrópolis com o cooperativismo o significado da cidade ser considerada a capital do cooperativismo brasileiro. Além disso, reforçou o trabalho junto à comunidade, salientando que a inovação e crescimento não deve fazer com que uma cooperativa perca o seu propósito original. “Não são as cooperativas que possuem sócios, são os sócios que possuem uma cooperativa”, completou. 

Para finalizar a programação, os jornalistas e formadores de opinião conheceram o Memorial da Casa Cooperativa. Inaugurado em 1953, o prédio da Caixa Rural, em Nova Petrópolis passou por reformas para abrigar a Casa Cooperativa e o Memorial Amstad, reinaugurado neste ano. No espaço, os visitantes podem visitar itens de acervo como roupas e objetos pessoais do Padre Amstad, assim como itens da Caixa Rural, como o primeiro cofre da instituição e registros originais, além de cédulas e outros. 

Ao final do encontro, ficou evidente como o cooperativismo de crédito pode, na prática, transformar comunidades inteiras. A partir do relato e de relíquias que remetem ao início do movimento no Brasil, foi possível ver com clareza como o movimento pioneira nascido na pequena cidade inglesa Rochdale-Manchester em 1844, transformou e transforma o Brasil há mais de 120 anos. Diante da imersão proporcionada pelo Sicredi, o grupo pode identificar caminhos e oportunidades para que o cooperativismo seja ainda mais forte, principalmente nas outras regiões do país. E mais uma vez, a busca pelo conhecimento sobre o movimento foi o ponto chave de todo o encontro, que na prática, cumpre mais uma vez o papel de disseminar o objetivo e propósito do cooperativismo como um todo. 

Fonte: Mundocoop

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