fbpx
Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.
cooperativas constroem um mundo melhor • cooperativas constroem um mundo melhor • cooperativas constroem um mundo melhor • cooperativas constroem um mundo melhor • cooperativas constroem um mundo melhor • cooperativas constroem um mundo melhor • cooperativas constroem um mundo melhor • cooperativas constroem um mundo melhor
ESG

Metas para cooperar com o mundo

Metas para cooperar com o mundo

No ano de 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou um documento que foi assinado por 179 países, incluindo o Brasil. De importância crucial para o futuro das nações e da sociedade, ele estabeleceu a Agenda 2030, um conjunto de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, definidos a partir de uma longa experiência da ONU em promover uma sociedade mais justa e que respeite o meio ambiente.

São 17 objetivos no total, que convergem entre si. Integram temas como consumo sustentável, mudança climática, desigualdade econômica, inovação, diversidade, paz e justiça. Os ODS se desdobram, ainda, em 169 metas que integram a Agenda 2030.

Plano de ação para a humanidade

Esta Agenda é um verdadeiro plano de ação para as pessoas, para o planeta e para a prosperidade. Ela também busca fortalecer a paz universal com mais liberdade. E um dos maiores desafios que ela traz é a erradicação da pobreza em todas as suas formas e dimensões, incluindo a pobreza extrema.

Metas adequadas à realidade brasileira

Ainda em 2015, quando as ODSs foram lançadas, o Brasil criou um relatório pioneiro readequando as metas à realidade e às prioridades do País. De um total de 169 metas globais encaminhadas pela ONU, 167 foram consideradas pertinentes ao País. Foram promovidas alterações em 124 destas, adequando-as à realidade brasileira, conferindo mais clareza ao seu conteúdo original, ou quantificando-as com maior precisão. Em alguns casos, foram ampliadas metas já alcançadas pelo Brasil, como a taxa de mortalidade materna – a meta nacional é de no máximo 30 mortes por 100 mil nascidos vivos, contra uma meta global de 70 mortes por 100 mil nascidos vivos. Também foram incluídos oito novos compromissos, como o que prevê a conservação de pelo menos 25% das zonas costeiras e marinhas.

Cooperação verde

Dentro do mundo do cooperativismo, ações como a do Sicredi estão ajudando no cumprimento das metas da ONU. Este exemplo de preservação do meio ambiente mostra como eles estão fazendo isso e atendendo a cinco metas simultaneamente.

No Paraná, a cooperativa de crédito criou o projeto Ecoeficiência, que tem como objetivo neutralizar as emissões de CO2 de suas agências dos estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. A ação concluiu o plantio de nove mil árvores em 2019, que equivalem à neutralização de 3.516,2 toneladas de gases estufa.

As árvores estão no Parque Estadual das Araucárias, área de proteção ambiental que fica entre as cidades de Galvão e São Domingos, em Santa Catarina. “O apoio da Central e das demais cooperativas Sicredi é muito importante porque para nós esse é um momento histórico. O grande objetivo é fazer com que as emissões, que são inerentes a nossa parte operacional (luz, emissões de gás carbônico, consumo de papel), não causem impactos ambientais. Desta forma, estamos contribuindo com a conservação e restauração da natureza”, disse o presidente da cooperativa, Clemente Renosto.

A ação do Sicredi tem conexão direta com as 17 metas sustentáveis da ONU e, isoladamente, atende a pelo menos cinco das metas. Além de contribuir com o meio ambiente, o projeto do Sicredi reforça as raízes nas regiões onde atua. “Muitas empresas acabam optando por realizar ações para minimizar o impacto em lugares distantes, como a compra de créditos de carbono ou reflorestamento em outros países. No nosso caso, essa cerimônia de conclusão apenas comprova a nossa escolha por valorizar as pessoas, os associados e as comunidades onde atuamos, como afirma nossa missão”, explica o presidente Nacional do Sicredi e da Central Sicredi PR/SP/RJ, Manfred Dasenbrock.

A cooperativa mantém, desde 2017, o selo prata do Programa GHG Protocol, que tem parâmetros internacionais de controle de emissões de gases nocivos ao meio ambiente. No Brasil, o programa é coordenado pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV). As empresas devem contribuir com a meta assumida pelo País no Acordo de Paris: o acordo oficial prevê que, até o ano que vem, as emissões de gases sejam reduzidas entre 36,1% e 38,9%. “Independentemente do setor e do tamanho, as empresas causam impacto de acordo com suas atividades. Nosso propósito é sempre buscar melhorias de nossas políticas para darmos o exemplo para os nossos associados e para a comunidade”, ressaltou Dasenbrock.

Como o cooperativismo pode contribuir?

Em março deste ano, o diretor social da ONU, Maxwell Haywood, reuniu-se em São Paulo com líderes do cooperativismo mundial e autoridades brasileiras no Seminário Internacional “O Cooperativismo e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – Combinando Impacto Econômico e Social por um Futuro Melhor”.

O evento, promovido pela Unimed do Brasil e pelo Sistema OCB, foi realizado para debater um plano de ações para os próximos anos para contribuir com a busca pelos 17 objetivos sustentáveis.

De início, o debate teve base nas grandes contribuições que as cooperativas podem dar para o alcance das metas, e seu trabalho, que já é feito há 170 anos no Brasil. Basta comparar as metas com os sete princípios básicos do cooperativismo: Adesão livre e voluntária, sem discriminação social, racial, política, religiosa ou de gênero; Gestão democrática por todos os membros; Participação econômica; Autonomia e independência; Educação, formação e informação; Intercooperação e Interesse pela comunidade.

Ninguém fica para trás

“Trabalhemos nas fortalezas das cooperativas enquanto juntamos os esforços para implementar a Agenda 2030 e assegurar que ninguém fique para trás”, disse Guy Ryder, diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Segundo as agências internacionais, o trabalho humanizado é um mecanismo fundamental para a inclusão e a justiça social, disse Ryder, destacando o trabalho decente como um dos ODS. A ordem é que ninguém fique para trás e todos tenham direito ao acesso ao trabalho decente e bem remunerado.

A semente plantada em nosso País pelo cooperativismo mostra que o trabalho está no caminho certo. No Brasil de hoje, 46% de toda produção do campo passa de alguma forma por uma cooperativa. O cooperativismo é responsável por quase 11% do PIB agropecuário brasileiro. Cooperativas ajudam populações do interior a ter acesso a crédito, luz elétrica, educação e a diversos outros recursos preciosos. Já geram 370 mil empregos diretos em todo o Brasil e estão estimulando uma melhor distribuição de renda. Desse jeito, as 17 metas não parecem tão inatingíveis.

Conheça os 17 ODS AQUI

Matéria publicada na Revista MundoCoop, edição 89

Conteúdos Relacionados

pt Português