fbpx
cooperativas constroem um mundo melhor • cooperativas constroem um mundo melhor • cooperativas constroem um mundo melhor • cooperativas constroem um mundo melhor • cooperativas constroem um mundo melhor • cooperativas constroem um mundo melhor • cooperativas constroem um mundo melhor • cooperativas constroem um mundo melhor
Seminário debateu alternativas para superar precariedade da energia no meio rural

Seminário debateu alternativas para superar precariedade da energia no meio rural

Mesmo com 98% de acesso à energia elétrica e legislação que garante a universalização para todos, o país registra 4 milhões de excluídos e as queixas no meio rural apontam queda na qualidade do fornecimento, interferindo especialmente nos custos da produção dos pequenos e médios produtores e na fixação dos jovens no campo. Para discutir estas questões, o presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, deputado Adolfo Brito, organizou o Seminário Energia: A qualidade que o Brasil precisa, com apoio da presidência da Assembleia Legislativa, para discutir no dia 06 de julho, no Teatro Dante Barone, alternativas para alavancar a energia no meio rural.

Na abertura, representando o governador José Ivo Sartori, o secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, anunciou a elaboração de um plano de eletrificação rural trifásica para o Rio Grande do Sul, com custo estimado em R$ 1,6 bilhão, integrado com a secretaria da Agricultura e que será viabilizado através da busca de financiamento externo. Da mesma forma o secretário da Agricultura, Ernani Polo, destacou o descompasso dos investimentos em infraestrutura no meio rural, o que é fator limitador do avanço econômico na agropecuária.

O vice-presidente da Assembleia, deputado Ronaldo Santini, destacou a importância do tema para o meio rural, que é preocupação constante do legislativo. Os deputados João Fischer, Zé Nunes, Zilá Breitenbach e Sérgio Turra prestigiaram o evento, que contou também com a presença do representante do Ministério de Minas e Energia, Paulo Gonçalves Cerqueira, coordenador geral do Programa Luz para Todos, o secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcísio Minetto, o presidente da CEEE, Paulo de Tarso Pinheiro Machado, dirigentes da RGE, André Meirelles, e AES Sul, Antônio Carlos de Oliveira.

O engenheiro agrônomo Fábio Rosa, incentivador do programa Luz para Todos, foi homenageado com um certificado, pelo pioneirismo do seu trabalho na área.

Renovação das redes

Idealizador do evento, o deputado Adolfo Brito fez um relatório de diversas ações já empreendidas para buscar melhorar a qualidade da energia no meio rural, onde 60% das propriedades são monofásicas e a rede, com mais de 30 anos de funcionamento, tem precariedades na qualidade da distribuição, quedas de fase, postes deteriorados, frequentes interrupções de energia e danos materiais constantes em eletrodomésticos e equipamentos como ordenhadeiras, no caso dos produtores de leite, e estufas, no caso dos produtores de fumo.

Depois de apresentar depoimentos de diversos produtores rurais que relataram os problemas que enfrentam pelas limitações do serviço que recebem, Brito sugeriu reforço do programa do governo federal Luz para Todos, que, desde 2003, atende o meio rural, com a substituição das redes monofásicas pelas bifásicas ou trifásicas. Por meio do programa Energia, Qualidade que o Brasil precisa, para renovar e melhorar a situação atual, o deputado propõe investimentos com a utilização de 50% de recursos da União através do fundo energético, 30% das empresas distribuidoras de energia, 5% do Estado e a participação de 15% dos produtores.

Problemas nos municípios

O primeiro painel, que abordou a eletrificação rural nos municípios e os principais problemas, coordenado pelo vice-presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, deputado Sérgio Turra, reuniu o engenheiro agrônomo Fábio Rosa, o presidente da Ocergs, Vergilio Perius; o diretor da Farsul, Fabio Avancini Rodrigues; o coordenador de agricultura da Famurs; o diretor da Fetag, Nestor Bonfanti; Cleonice Back, coordenadora estadual da Fetraf; José Augusto Rodrigues, procurador jurídico da Uvergs, e Lino Moura, da Emater.

Com 98% de acesso à energia, o problema reside na qualidade da distribuição, afirmou o engenheiro Fábio Rosa, especialista no assunto com participação em universidades americanas e fóruns internacionais. Segundo ele, o modelo americano adota o sistema monofásico com sucesso, mostrando aos participantes um “conversor de fase” que facilmente permitiria superar as limitações atuais. Responsável pelo pioneirismo gaúcho na distribuição de energia, Rosa aponta a distribuição de energia com qualidade como o maior desafio. Ele projeta alternativas, destaca os impactos do meio ambiente e as novas tecnologias, “vivemos um momento de transição energética centralizada para novos modelos de transmissão energética”, disse aos prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e produtores rurais que lotaram o Dante Barone.

Outros três painéis discutiram a eletrificação rural na visão das empresas e cooperativas distribuidoras de energia; a área técnica e universidades debaterão os gargalos e soluções para a eletrificação rural, e propostas do setor público para melhorias, investimentos e financiamentos na eletrificação rural.

Conteúdos Relacionados