FecoAgro/RS divulga custos de produção da safra

     A Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) divulgou, na manhã de quinta-feira (17/11), as estimativas de custo das lavouras no Rio Grande do Sul. O estudo, coordenado pelo economista Tarcísio Minetto, incluiu as estimativas para as safras de trigo, milho e soja. “Apesar do aumento de custos, a tendência é de preços estáveis”, afirmou.

     Conforme Minetto, o cenário mais favorável será na safra de milho, embora a soja também apresente previsões positivas. O custo estimado para a cultura de milho, na safra 2011/2012, apontou aumento de 4,72% em relação à estimativa anterior, que era de R$ 19,06 a saca. O preço do milho teve valorização positiva de 27%, se comparado ao mesmo período do ano passado, apesar da elevação de custos.

     Em relação à soja, a previsão é um custo de R$ 32,72 por saca, um aumento de 3,97% em relação ao último período, que foi de R$ 31,47 a saca. Ao preço atual da oleaginosa, de R$ 41,50 a saca, o produtor terá lucro de 26,8%. Esse quadro, segundo a FecoAgro/RS, demonstra uma redução de margem frente à rentabilidade de 33,4% no mesmo período do ano anterior.

     O relatório da FecoAgro/RS apontou que o cenário do trigo continua o mesmo das últimas safras. A diferença entre custo de produção e preço no mercado segue negativa. O valor do custo apurado ficou em R$ 34,38 a saca de 60Kg, com produtividade considerada de 43 sacas por hectare, frente ao preço de R$ 25,00 a saca, com margem negativa de 27,2%. No ano passado, essa defasagem era de 33,61%, ou seja, teve uma pequena melhora em função do aumento de 13% nos preços do mercado interno, de R$ 22,08 a saca em outubro de 2010 para R$ 25,00 atualmente. O custo do trigo teve aumento de 4,06% em relação ao ano anterior, fechando em R$ 33,14 a saca.

     Durante a coletiva de imprensa, realizada na sede da FecoAgro/RS, o diretor da CCGL Tecnologia, Wagner Beskow, apresentou uma técnica de manejo de pastagens e do gado leiteiro aplicada pela CCGL, capaz de aumentar a produtividade. O presidente da Federação das Cooperativas de Lã do Brasil (Fecolã), Álvaro Lima da Silva, destacou dados sobre a ovinocultura. Segundo ele, o preço da lã teve um aumento de 57% em relação ao ano passado.