O que o pinheiro tem a ver com cooperativismo? 

O Sistema Ocergs explica por que essa árvore aparece como símbolo do cooperativismo e de tantas marcas cooperativas. 

Se você cresceu no Sul do Brasil, provavelmente já cruzou com dois pinheiros verdes dentro de um círculo amarelo: em fachadas de cooperativas, em embalagens de produtos locais, em faturas ou até em silos à beira da estrada. Mas você já parou para pensar por que essa árvore aparece como símbolo em tantas cooperativas? 

A resposta tem raízes profundas, literalmente. O pinheiro, além de árvore imponente e resistente, é um dos maiores ícones do cooperativismo no Brasil e no mundo. E não está ali por acaso. 

A natureza como inspiração do cooperativismo 

A escolha do pinheiro como símbolo visual do cooperativismo remonta a 1923, quando o movimento buscava uma imagem forte e universal que representasse seus valores. A natureza, com sua complexa rede de interdependência, foi o ponto de partida. Afinal, não há modelo mais antigo e bem-sucedido de cooperação do que o que acontece na floresta. 

E dentro da floresta, poucas espécies representam tão bem a persistência e o espírito de coletividade quanto o pinheiro. 

O significado por trás dos pinheiros 

A simbologia por trás dos pinheiros é rica e poética. Duas árvores lado a lado representam união, força e coesão, princípios essenciais para qualquer cooperativa. Por serem árvores perenes, que se mantêm verdes o ano todo, os pinheiros evocam persistência, imortalidade e visão de longo prazo. São também um símbolo de fecundidade e crescimento, atributos essenciais ao desenvolvimento das cooperativas e de seus membros. 

Esse símbolo ganhou força no Brasil a partir de 1969, quando a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) adotou oficialmente a imagem dos dois pinheiros dentro de um círculo amarelo. O círculo representa a eternidade, o ciclo contínuo da vida e a união dos cooperados. As cores verde e amarela reforçam os vínculos com a natureza, o sol, a energia e a esperança. 

A araucária, o inverno e o alimento coletivo 

Mas esse símbolo não é apenas alegoria. Ele está presente de forma concreta no nosso cotidiano. Aqui no Sul, os pinheiros também são as araucárias, árvores nativas da região e responsáveis por um dos alimentos mais emblemáticos do inverno: o pinhão. 

O pinhão, semente da araucária, é mais do que uma iguaria sazonal. Ele nutre famílias inteiras nos meses mais frios, aquece encontros ao redor do fogo e movimenta economias locais com sua comercialização. Sua colheita, entre março e agosto, marca um ciclo que une cultura, agricultura familiar e biodiversidade. 

E o mais curioso é que esse alimento tão nosso também representa, em sua origem e destino, a essência do cooperativismo: a vida que nasce do coletivo, do que se compartilha e se protege. 

O cooperativismo é coletivo, mas a solução é personalizada 

Esse mesmo espírito inspira o trabalho do Sistema Ocergs, que apoia centenas de cooperativas gaúchas com serviços pensados de forma personalizada, conforme a realidade e os desafios de cada uma. 

Com diagnósticos de autogestão e diagnósticos assistidos, o Sistema identifica oportunidades de melhoria e propõe soluções em parceria com instituições como a Escola Superior do Cooperativismo (Escoop), além de iniciativas como: 

• Aprendiz Cooperativo – formação de jovens com foco em práticas cooperativistas; 
• UniSescoop/RS+ – bolsas de estudo para especialização em instituições de ensino superior credenciadas pelo Ministério da Educação; 
• CapacitaCoop/RS – cursos presenciais e eventos voltados exclusivamente às cooperativas do estado; 
• CapacitaCoop Nacional – plataforma nacional de ensino do cooperativismo, com conteúdo gratuito e acessível.

Tudo isso para fortalecer o movimento cooperativista, promover a qualificação contínua e garantir que cada cooperativa cresça com raízes firmes, como as dos pinheiros que representam sua essência.