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Banco Central aposta em cooperativas como aliadas

Banco Central aposta em cooperativas como aliadas

Menos de um mês após o Banco Central anunciar os quatro eixos de sua Agenda BC#, o presidente da autarquia, Roberto de Oliveira Campos Neto, esteve na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras, em Brasília, nesta terça-feira (25), para explicar como o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) pode contribuir com as ações da chamada democratização financeira, foco da Agenda. O cooperativismo, conforme anunciado, faz parte do eixo Inclusão.

Campos Neto, que, durante o evento, estava acompanhado por diversos diretores do Banco Central, fez questão de destacar o crescimento das cooperativas de crédito em tempos de crise, com índices superiores ao desempenhado pelos demais integrantes do Sistema Financeiro Nacional. Segundo ele, as cooperativas possuem diferenciais muito estratégicos. Dentre eles: o atendimento diferenciado, o foco no cooperado, o estímulo à poupança e a democratização do acesso ao crédito, sobretudo entre os pequenos investidores.

Sobre a participação das cooperativas de crédito nesse grande projeto de retomada econômica nacional, Campos Neto disse que pretende ouvir, ainda mais, o setor para saber o que pode ser melhorado. Como exemplo, o presidente do Banco Central disse que pretende aprimorar a Lei Complementar nº 130/2009, tida como marco legal do SNCC e que acaba de completar 10 anos.

INCLUSÃO

A dimensão Inclusão, que engloba as cooperativas de crédito, pode ser traduzida na facilidade de acesso ao mercado para todos: pequenos e grandes, investidores e tomadores, nacionais e estrangeiros. Entre as medidas para alcançar esse objetivo, estão plataformas digitais, menos burocracia e simplificação de procedimentos.

O objetivo desse eixo é expandir o cooperativismo de crédito. Para isso, o Banco Central atuará, em conjunto com as cooperativas, em três grandes vetores: 1) Fomento de atividades e negócios; 2) Aprimoramento da organização sistêmica e promoção do aumento da eficiência do segmento; e 3) Aprimoramento da gestão e da governança.

Um dos desafios lançados pelo presidente do Banco Central é ampliar a presença do cooperativismo de crédito nas regiões Norte e Nordeste. “Precisamos de um projeto de expansão”, comenta Campos Neto, informando que gostaria de ver os primeiros resultados dessa ação ainda no segundo semestre deste ano. “Sei que é um trabalho conjunto e, por isso, irei acompanhar esse projeto pessoalmente”, declara.

Por fim, o presidente do Banco Central afirmou que já está na hora de todos trabalharem por um país melhor para todos: “Precisamos crescer a torta. Chega de nos preocuparmos apenas com o nosso pedaço”.

DESAFIO

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, disse que os desafios são enormes, mas que nessa tarefa de contribuir com o Banco Central, contará com a participação de cada cooperativa, dirigente ou cooperado do país. “É a oportunidade de nos tornarmos uma expressão cada vez maior na economia do país e de mostrarmos o nosso trabalho. Aquilo que fazemos de melhor: cuidar do nosso cooperado”.

Segundo Márcio Freitas, o cooperativismo é ideal para incluir mais brasileiros no Sistema Financeiro Nacional (SFN), por isso, é uma das estratégias do Banco. De acordo com o IBGE, ainda há cerca de 60 milhões de pessoas ‘desbancarizadas’ no país, ou seja, cerca de ¼ da população ainda é considerada “sem-instituição financeira”.

O coordenador do Conselho Consultivo do Ramo Crédito (CECO), Manfred Dasenbrock, destacou que a proposta do Banco Central é, de fato, desafiadora, mas exequível. “Nosso propósito é servir as pessoas, oferecendo serviços financeiros de qualidade, com preço justo e atendimento personalizado. Somos apaixonados por inclusão financeira. Tanto é verdade que, em centenas de municípios do país, as cooperativas de crédito são as únicas instituições financeiras presentes”, avalia Manfred.

VANTAGENS

Presentes em praticamente todo o território brasileiro, as cooperativas de crédito possuem, juntas, a maior rede de atendimento bancário do país e um portfólio de produtos e serviços (tais como: conta corrente, empréstimos, financiamentos, investimentos, planos de previdência e seguros) similar à dos demais integrantes do SFN, mas com taxas e tarifas cerca de 30% menores.

Além de economia, as cooperativas oferecem inclusão e educação financeira a mais de 10 milhões de brasileiros, muitos deles moradores de uma das dezenas de cidades onde elas são as únicas instituições financeiras presentes. Só na última década, o número de pessoas que se vincularam à uma cooperativa de crédito cresceu praticamente 180%.

Outro aspecto que torna uma cooperativa de crédito a alternativa mais viável para cidadãos e empreendedores que buscam opções mais vantajosas no Sistema Financeiro Nacional, é o Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop). Criado para assegurar valores de até R$ 250 mil, por depositante, em casos de intervenção ou liquidação extrajudicial, o fundo trouxe mais segurança institucional, credibilidade e competitividade para todo o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC).

COMPROMETIMENTO

O evento também contou com a participação de deputados e senadores, integrantes da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), que manifestaram seu comprometimento com a causa cooperativista especialmente no que diz respeito ao estímulo ao desenvolvimento do setor, visando o fortalecimento de toda a economia brasileira. Representando toda a diretoria da OCB, esteve Edivaldo Del Grande, presidente do Sistema Ocesp. E representando o Rio Grande do Sul, Márcio Port, vice-presidente da Central Sicredi Sul/Sudeste e Paulo Abreu Barcellos, conselheiro administrativo da Unicred e conselheiro fiscal da Ocergs.

Estiveram presentes prestigiando o evento da Agenda BC# os parlamentares:

Deputado Evair de Melo (ES) – presidente da Frencoop

Senador Luis Carlos Heinze (RS)

Deputado Domingos Sávio (MG)

Deputado Arnaldo Jardim (SP)

Deputado Zé Silva (MG)

Deputado Celso Maldaner (SC)

Deputada Aline Sleutjes (PR)

Deputada Caroline de Toni (SC)

QUATRO DIMENSÕES

A reformulação da agenda foca em quatro aspectos:

INCLUSÃO: Facilidade de acesso ao mercado para todos: pequenos e grandes, investidores e tomadores, nacionais e estrangeiros.

COMPETITIVIDADE: Adequada precificação por meio de instrumentos de acesso competitivo aos mercados.

TRANSPARÊNCIA: No processo de formação de preço e nas informações de mercado e do BC.

EDUCAÇÃO: Conscientização do cidadão para que todos participem do mercado e cultivem o hábito de poupar.

 
Fonte: Sistema OCB
Abertura da Casa Memória e Cultura Unimed Federação/RS é celebrada

Abertura da Casa Memória e Cultura Unimed Federação/RS é celebrada

O cenário cultural de Porto Alegre celebra a abertura da Casa Memória e Cultura Unimed Federação/RS. A cerimônia de inauguração do espaço - na manhã da quarta-feira, 26 de junho - reuniu personalidades da área médica, histórica, cultural, museólogica e imprensa, que pode conferir a Casa antes da abertura ao público.

Com visitação gratuita - de segunda à sexta-feira, das 12h às 18h -,  a Casa Memória e Cultura tem no andar térreo a exposição permanente sobre a história da Federação - em âmbito nacional e regional. No andar superior: sala multifuncional, espaço para exposições temporárias, palestras e oficinas, que na abertura recebe a mostra Homo Machina nos 500 anos pós Leonardo da Vinci, com obras assinadas pelo escultor e cirurgião plástico Paulo Favalli, com uma peça criada exclusivamente para a Casa em homenagem ao artista renascentista.

O presidente da Unimed Federação/RS, Nilson Luiz May, explicou que o processo de seleção do material iniciou despretensiosamente há quase 10 anos. “Separamos documentos, atas e registros importantes. De dois anos para cá formamos uma equipe especializada, para que pudéssemos reconstruir de forma profissional a história da Federação”, contou May. “A Casa foi pensada não só para a Unimed. Entendemos a importância do passado, das artes e da cultura e queremos eles inseridos no dia a dia. Essa Casa é para isso!” completou o presidente.

Também presente na ocasião, o Secretário da Cultura de Porto Alegre, Luciano Alabarse, afirma que a abertura da Casa Memória e Cultura é motivo de júbilo para profissionais que trabalham no meio cultural, “quem não valoriza e reconhece seu passado não tem elementos para projetar o futuro”, destacou. Representando o Governo do Estado, o diretor de Memória e Patrimônio da Secretaria de Estado da Cultura, Eduardo Hahn,  comentou que em um momento de valorização da tecnologia, novas áreas para valorização cultural devem ser exaltadas. “Todos os documentos e dados aqui preservados fazem a continuidade da história”, finalizou.

Casa Memória e Cultura Unimed Federação/RS

Rua Santa Terezinha, 263 - Bairro Farroupilha

Visitas mediadas: 12h às 18h - segunda a sexta-feira

Horário de pesquisa: mediante agendamento

Entrada gratuita

Informações: 51 3395-9599 | Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

   
Fonte: Unimed Federação/RS
OIT reconhece cooperativas como geradoras de trabalho decente

OIT reconhece cooperativas como geradoras de trabalho decente

O modelo cooperativo de negócios acaba de ser reconhecido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Na sexta-feira (21/6), durante sua 108ª reunião, realizada em Genebra, na Suíça, mais de 6 mil representantes dos 170 países-membros aprovaram a Declaração Centenária da OIT para o Futuro do Trabalho, que aprimora o arcabouço jurídico global, voltado às relações de trabalho.

A OIT é diferente da Aliança Cooperativa Internacional (ACI). Trata-se de um organismo internacional de direito público, composto por estados e governos de dezenas de países. Com apoio de alguns governos, inclusive o do Brasil, a declaração incluiu o cooperativismo. O texto aprovado afirma o seguinte:

“A OIT deve direcionar seus esforços para (...) apoiar o papel do setor privado como principal fonte de crescimento e criação de empregos, promovendo um ambiente propício ao empreendedorismo e às empresas sustentáveis, bem como às cooperativas e à sociedade de economia social e solidária, a fim de gerar trabalho decente, emprego produtivo e melhores padrões de vida para todos”.

A declaração reconhece que, em tempos de “mudança transformadora no mundo do trabalho” e “desigualdades persistentes”, “é imperativo agir com urgência para aproveitar as oportunidades e enfrentar os desafios para moldar um futuro de trabalho justo, inclusivo e seguro para todos”.

“O movimento cooperativo saúda a Declaração final e deseja destacar a frutífera colaboração com a OIT desde sua criação. Como responsáveis ​​por proporcionar emprego a 10% da população mundial empregada, as cooperativas são atores cruciais para a construção de um futuro melhor hoje”, declarou o presidente da ACI, Ariel Guarco.

SOBRE A OIT

Atualmente com 170 membros, a Organização Internacional do Trabalho foi criada em 1919, no âmbito do Acordo de Versailles, que pôs fim à Primeira Guerra Mundial. Sua principal função é promover as condições adequadas de trabalho em todo o mundo.

O cooperativismo colabora com a OIT desde sua criação, em 1919. De fato, o primeiro diretor geral da OIT, o francês Albert Thomas, era também membro do Conselho de Administração da ACI. Atualmente, a OIT é o único organismo internacional vinculado à ONU com um departamento exclusivamente dedicado a estatísticas de cooperativas.

VITÓRIA

A inclusão das cooperativas na declaração da OIT representa uma vitória para a ACI (membro observador da OIT), que trabalhou incessantemente para isso. A OCB, por sua vez, apoiou o esforço, pedindo ao governo brasileiro a defesa de uma emenda que incluísse o modelo cooperativista na Declaração. A delegação brasileira atendeu ao pedido, apresentando junto com o grupo de países latino-americanos a emenda que acabou sendo aprovada pela plenária da OIT.

Com efeito, as decisões tomadas no âmbito da OIT têm implicações nas legislações dos países-membros. Em 2002, por exemplo, ocorreu a publicação da Recomendação 193, que estimulava os membros a promover o cooperativismo de trabalho em seus países. Um dos desdobramentos dessa recomendação, aqui no Brasil, foi a proposta e aprovação da Lei 12.690/2012, que trata especificamente do cooperativismo de Trabalho.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Sistema OCB
Desafio cultural sobre cooperativismo une estudantes em Taquari

Desafio cultural sobre cooperativismo une estudantes em Taquari

Uma manhã repleta de bons sentimentos, ideias, cultura e diversão. Assim foi o encontro do Projeto Sementes do Cooperativismo, realizado pela Certaja no dia 18 de junho, na Acerta, em Taquari. O desafio cultural proposto mobilizou os estudantes de três instituições após uma visita do Núcleo de Comunicação da Cooperativa, quando foi lançada a proposta para que cada uma delas produzisse e apresentasse atividades seguindo os quesitos de adequação ao tema cooperativismo e aos 50 anos da Certaja, criatividade, clareza e originalidade.

Representando o município de Bom Retiro do Sul, a Escola Anita Ferreira de Moraes trouxe uma encenação em que a vida real se misturou com a ficção. Como se estivessem rodando um filme em um set cinematográfico, os alunos contaram o quanto os habitantes da zona rural gaúcha sofriam com a precariedade de uma vida sem energia elétrica, quando se usavam lampiões e não havia televisão, geladeira ou chuveiro elétrico. As coisas tomaram outro rumo quando os governos se uniram para viabilizar a criação da Certaja. Uma bela canção entoada em conjunto mostrou a potência dos talentos reunidos em torno de uma ideia em comum e garantiu o primeiro lugar na disputa.

A Escola Gonçalves Dias, de Triunfo, construiu um jornal filosófico com situações importantes ocorridas em 1969, quando iniciou o Jornal Nacional, Gilberto Gil lançou Aquele abraço, o homem pisou na Lua e a Certaja foi fundada. O programa humorístico do grupo inglês Monty Pyton, que em um dos episódios encenou um futebol filosófico, serviu como mote para discutir o Mito da Caverna, de Platão, pensador encenado como um técnico de time que propunha abandonar a escuridão através do esclarecimento originado pelo saber. Kant, Locke, Rousseau foram alguns dos iluministas convocados e ajudaram a trazer o troféu de vice-campeões do Projeto.

A Escola Nossa Senhora da Saúde, de Passo do Sobrado, também recuperou fatos marcantes em 1969. A realidade das comunidades gaúchas às escuras naquele longínquo ano foi rememorada, mostrando como surgiu a ideia da fundação da Cooperativa e as mudanças importantes que transformaram a vida de seus cooperados. Através da dança e encenações marcantes, os alunos interpretaram com a melhoria do cotidiano por conta dos benefícios da energia elétrica e destacaram a importância do seu uso consciente.

A abertura da atividade contou com a apresentação do novo jingle da Certaja, comemorativo aos seus 50 anos celebrados ao longo de 2019, bem como a nova mascote, um eletricista que precisa ser “batizado” com um nome, proposta lançada aos estudantes presentes. O Abelix, mascote que há mais de uma década anima os eventos da Cooperativa, também compareceu. Uma vasta mesa de jurados foi convocada para a difícil tarefa de avaliar as intervenções culturais. Nos intervalos, o mágico Alex Meyer divertiu a plateia com truques e brincadeiras.

EXPERIÊNCIA COLETIVA - A atividade é o ponto alto de uma etapa iniciada em março deste ano, com visitas às três escolas, palestras sobre o cooperativismo e o lançamento de desafios culturais em uma experiência coletiva, intensa e que lança sementes que irão germinar em um futuro próximo.

Criado em 1998 e reformatado em 2010, o objetivo do Sementes do Cooperativismo é ampliar a educação cooperativista para além dos cooperados, visando preparar os futuros líderes e o corpo social da Certaja a contribuírem com um desenvolvimento mais amplo e igualitário. O projeto atende ao princípio do cooperativismo “Educação, formação e informação”, que trata da educação cooperativa, manifestando o compromisso com a comunidade, através de ações em escolas da área de atuação da Cooperativa. A valorização do ser, ao invés do ter, é um dos alicerces do Projeto Sementes do Cooperativismo. A organização está sob a responsabilidade do Núcleo de Comunicação da Certaja, com a parceria e apoio do Sescoop/RS.

Fonte: Núcleo de Comunicação da Certaja
Fecoergs e Sefaz debatem incidência de ICMS

Fecoergs e Sefaz debatem incidência de ICMS

As cooperativas do ramo Infraestrutura filiadas a Federação das Cooperativas de Energia, Telefonia e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Fecoergs) foram recebidas no dia 19 de junho pelo secretário estadual da Fazenda, Marco Aurélio Santos Cardoso e pelo sub-secretário da Receita Estadual Ricardo Neves. A audiência foi acompanhada pelo deputado estadual Elton Weber, presidente da Frencoop/RS e tratou da incidência de ICMS na subvenção tarifária sobre as contas de energia dos associados das cooperativas. Participaram da audiência o presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, o presidente e o superintendente da Fecoergs, Iloir de Pauli e José Zordan, respectivamente, além de presidentes e técnicos ligados à Federação.

A pauta das cooperativas de Infraestrutura junto às autoridades fazendárias do Rio Grande do Sul diz respeito à cobrança deste ICMS retroativo há cinco anos, o que, segundo a Fecoergs e por norma da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é ilegal. Perius ressaltou a natureza jurídica das cooperativas, que são formadas por produtores associados, e ressaltou a questão social do trabalho desenvolvido pelas cooperativas. “Também reforço o fato das cooperativas levarem a internet ao homem do campo, o que está contribuindo com o Estado nas questões da NFE (Nota Fiscal Eletrônica). A energia é um insumo fundamental para que possamos aumentar a produção e a produtividade de nossos agricultores, e as cooperativas estão diretamente ligadas a esse processo. Sem falar do investimento que é feito no meio rural por nossas cooperativas”, disse Perius.

O superintendente da Fecoergs, José Zordan, lembrou que desde 1941 as cooperativas atendem o meio rural, antes somente com energia e agora levando a internet no campo, o que possibilitará a implantação da NFE. “Fazemos esse serviço com qualidade e eficiência. Temos também redes construídas pelas cooperativas para levar a energia gerada pela PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas), também com investimento de nossas associadas . Agora, o assunto que nos traz aqui é a cobrança de ICMS sobre a subvenção da tarifa de energia, pois 70% de nossos associados são do meio rural. Se persistir essa cobrança, o valor terá que ser suportado pelas cooperativas, o que acarretará em custos mais altos para o produtor. A Aneel não reconhece essa cobrança retroativa a cinco anos”, argumentou Zordan. Somente dois Estados, Rio Grande do Sul e Pernambuco, estão fazendo essa cobrança. Os dirigentes fazendários, Marco Aurélio Santos Cardoso e Ricardo Neves solicitaram mais documentações para a Fecoergs, para que possam responder ao questionamento com maior embasamento.

Reunião ordinária para atualização de informações

Durante a manhã do dia 19 de junho, as cooperativas gaúchas filiadas a Fecoergs estiveram reunidas na sede do CFPC (Centro de Formação Profissional Cooperativista) para uma reunião ordinária, onde foram abordados assuntos referentes ao Atlas Solar do Rio Grande do Sul, apresentado pelo engenheiro Eberson Thimmig Silveira, diretor da Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura do RS. Outras pautas, como a possibilidade de áreas rurais atendidas pela CEEE passarem às cooperativas e uma viagem de estudos para os Estados Unidos, com recursos do Sescoop/RS, também foram discutidas.

O superintendente do Sescoop/RS, Gerson Lauermann e gerente de Monitoramento, José Máximo Daronco, apresentaram a resolução 127/2019, do Sescoop/RS, que alterará a forma de liberação de recursos para as cooperativas. A reunião foi aberta pelo presidente da Fecoergs, Iloir de Pauli e pelo presidente da Ocergs, Vergilio Perius, e conduzida pelo superintendente da Federação, José Zordan. Participaram presidentes e técnicos das cooperativas de Infraestrutura do RS.

Governo lança Plano Safra com R$ 225,59 bilhões

Governo lança Plano Safra com R$ 225,59 bilhões

O Governo Federal lançou nesta terça-feira (18/6) o Plano Safra 2019/2020, que atenderá pequenos, médios e grandes produtores. Foram disponibilizados R$ 225,5 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional. Do total, R$ 222,74 bilhões são para o crédito rural (custeio, comercialização, industrialização e investimentos), R$ 1 bilhão para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) e R$ 1,85 bilhão para apoio à comercialização. Essa é a primeira vez, em 20 anos, que o governo une numa mesma política pública os planos Safra da Agricultura Familiar e o Agrícola e Pecuário.

O lançamento ocorreu no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), e contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro, do vice-presidente Hamilton Mourão, de diversos ministros, dentre os quais, Tereza Cristina (Agricultura) e Onyx Lorenzoni (Casa Civil), além do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, que discursou em nome de todo o setor agropecuário. A cerimônia foi prestigiada, ainda, por secretários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), parlamentares e representantes do setor agrícola.

COOPERAÇÃO

O presidente Jair Bolsonaro elogiou a construção conjunta da equipe de governo para o Plano Safra e destacou inovações como a disponibilização de R$ 500 milhões para os pequenos produtores construírem ou reformarem suas casas. “Foi uma elaboração que passou por muita gente. Eu fico muito feliz de estar à frente de um governo onde todos falam entre si. Aqui não há brigas políticas, apenas o empenho em servir o Brasil”, disse Bolsonaro.

PAPEL FUNDAMENTAL

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, destacou que toda a agricultura, independentemente de seu porte, desempenha papel fundamental para garantir a segurança alimentar não só do Brasil, mas de outros 160 países, parceiros comerciais. “Temos, enfim, uma só agricultura alimentando com qualidade o Brasil e o mundo”, destacou.

DISCURSO

Márcio Freitas agradeceu o esforço do Governo Federal em ampliar a política pública em um momento em que o País busca o equilíbrio fiscal e o caixa está baixo. O cooperativista também homenageou os agricultores brasileiros que, resilientes, têm enfrentado situações difíceis. “Estamos batendo outro recorde: quase 240 milhões de toneladas de grãos. E isso só grãos! Se somarmos tudo, é mais de 1 bilhão de toneladas” disse.

SEGURANÇA ALIMENTAR

Ainda segundo o presidente do Sistema OCB, é notável o crescente protagonismo do Brasil em relação à segurança alimentar mundial, aprimorando os bons resultados em sua legítima e maior vocação: a de alimentar o mundo. “Até 2026/2027, o Brasil será o País que mais ampliará a produção, com previsão de aumento de 41% no período, graças à tecnologia tropical sustentável, aplicada ao uso agropecuário de apenas 30,2% do território nacional e à conservação dos recursos naturais disponíveis”, avalia. Para a liderança, o crescimento da produção graças à utilização de insumos modernos, tecnologia e pesquisa permitiu, nos últimos 30 anos, aumentos expressivos na produção.

IC AGRO

Freitas também se referiu ao aumento da confiança do setor agropecuário no atual governo. “Pela primeira vez em seis anos, desde a criação do Índice de Confiança do Agronegócio Brasileiro (ICAgro), houve uma forte mudança na percepção do setor em relação ao olhar do Governo federal para a agropecuária: 79% dos respondentes mencionaram que o governo apoia o setor. Antes, esse número não atingia sequer os 40%. Isso, sem sombras de dúvidas, é um excelente indício do reconhecimento pelos esforços direcionados ao desenvolvimento sustentável das atividades do campo”.

SEGURO RURAL

Por fim, o presidente do Sistema OCB fez questão de ressaltar a importância do seguro rural. “Não podemos nos esquecer do seguro rural, dos efeitos do clima e da alta volatilidade dos mercados, com variações expressivas nos preços. Assim, planejar o que e como produzir seria uma tarefa menos complexa e, portanto, bastante favorecida com a maior previsibilidade dos orçamentos para o seguro rural e com o aperfeiçoamento dos instrumentais já existentes. Aqui, devemos um especial agradecimento aos representantes do Governo Federal e do Congresso Nacional, que ratificaram o volume de R$1 bilhão para a safra 2019/20, o maior orçamento da história.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Sistema OCB
 
Contribuição confederativa vence no dia 30 de junho

Contribuição confederativa vence no dia 30 de junho

Os sindicatos exercem importante papel de representação em diversos âmbitos da sociedade, para garantir os direitos de seus associados (empregados e empregadores). No cooperativismo isso também ocorre. Para se ter uma ideia, todos os dias os interesses das cooperativas, enquanto categoria econômica, são defendidos no âmbito dos Três Poderes da República por sindicatos, federações e pela Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop).

Essa estrutura de defesa também possui três níveis de atuação: municipal, estadual e nacional, com prerrogativas exclusivas, dentre elas a possibilidade de propor ações diretas de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal e a participação em fóruns, conselhos e demais órgãos colegiados dos poderes públicos.

CONTRIBUIÇÃO

E se de um lado existe a atuação dos sindicados de empregados, do outro existe um trabalho consistente voltado aos empregadores, no caso, as cooperativas. Por isso é tão importante ter um sistema sindical fortalecido. “Todo esse trabalho é custeado por uma contribuição confederativa anual, baseada na classe de capital social de cada cooperativa. É essa contribuição que nos permite atuar pela defesa do cooperativismo brasileiro, buscando avanços e melhorias para o setor. É muito importante, em um estado democrático de direito, a organização sindical em prol das categorias representadas e da coletividade, e isso não é diferente para o cooperativismo”, comenta a gerente sindical da CNCoop, Jucélia Ferreira, que faz um alerta: “Essa contribuição vence no próximo dia 30/6”.

INFORMAÇÕES

Os interessados podem encontrar todas as informações a respeito do trabalho dos sindicados, federações e da própria CNCoop, clicando aqui.

BREVE HISTÓRICO

Anteriormente, o cooperativismo era representado, na esfera sindical, por entidades genéricas que representavam outras categorias econômicas e, assim, os interesses das cooperativas acabavam ficando em segundo plano.

Por isso, desde a década de 90, as cooperativas começaram a ser representadas por entidades sindicais específicas, que hoje contam com três níveis: os sindicatos de cooperativas (1º grau), que atuam no âmbito municipal, estadual e nacional; as federações (2º grau), que agrupam esses sindicatos; e, em terceiro grau, a CNCoop, que reúne as federações.

Essa organização sindical, que completa quase 30 anos, foi fundamental para a representação das cooperativas enquanto categoria econômica. A relação entre os sindicatos dos empregados em cooperativas (representação laboral) e os sindicatos das cooperativas (representação patronal) funciona muito melhor. É uma linguagem paralela e simétrica na promoção do cooperativismo como gerador de trabalho, emprego, renda e desenvolvimento social.

SAIBA MAIS

Atualmente, existem no Brasil cerca de 50 sindicatos de cooperativas, seis federações e a CNCoop. E mais: o Sistema Sindical Cooperativista é fundamental para gerar espaços de interlocução com o governo, com outras instituições públicas e privadas, para colaborar com a divulgação e o aprimoramento da doutrina cooperativista. O Sistema Sindical também auxilia as cooperativas em assessoria e consultoria jurídicas; assistência em negociações coletivas, estrutura física para eventos e reuniões; e outros muitos serviços.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Sistema OCB
Assembleia Legislativa homenageia Coopar pelos 27 anos de existência

Assembleia Legislativa homenageia Coopar pelos 27 anos de existência

O deputado Zé Nunes homenageou, no Grande Expediente da Assembleia Legislativa do dia 18 de junho de 2019, a Cooperativa Mista dos Pequenos Agricultores da Região Sul Ltda, localizada no município de São Lourenço do Sul. Antes da homenagem realizada no Plenário 20 de Setembro, a direção da Coopar foi agraciada com a Medalha da 55ª Legislatura, conferida pelo parlamentar, numa cerimônia que reuniu, no Salão Júlio de Castilhos, lideranças políticas e comunitárias da Metade Sul do Estado. O presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, e o presidente da Frencoop/RS, deputado Elton Weber, participaram das solenidades.

Fundada em 1992 por um grupo de 41 agricultores familiares, a organização representa, conforme o deputado Zé Nunes, uma alternativa de produção e geração de renda. “Foi uma construção desafiadora, trabalhosa, mas gratificante e com ótimos resultados”, frisou, lembrando que a Coopar é a soma de um trabalho coletivo, no qual atuaram técnicos do Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor, vinculado à Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), que incentivaram a adoção de modelos de produção sustentável.

A entidade nasceu sem capital. Um projeto enviado à Alemanha para captar recursos garantiu US$ 17 mil para a aquisição de uma área de terras com um prédio comercial desativado, onde está instalada a sede da cooperativa. Hoje, a Coopar está presente em 14 municípios, conta com 4.750 famílias associadas e distribuiu suas atividades entre duas indústrias, que empregam 250 pessoas.

As políticas públicas instituídas a partir do ano 2000 contribuíram, conforme o petista, de forma decisiva para o desenvolvimento da agricultura familiar e o crescimento da cooperativa, que adotou uma gestão eficiente com controle social exercido por sua base. Além de São Lourenço do Sul ter sido pioneiro na aquisição de alimentos da agricultura familiar para a merenda escolar, fato que ajudou a alavancar os negócios, a Coopar se beneficiou também do Programa de Incentivos Sociais Produtivos (Proinco), do BNDES, que foi fundamental para que entrasse no ramo industrial, e do Fundopem, que a partir do governo Tarso alcançou as cooperativas, permitindo a construção de sua segunda unidade fabril. Somados aos programas de fomento, “a união e o zelo com as coisas da cooperativa e o respeito aos associados”, na avaliação do deputado, fizeram a diferença para a sobrevivência e o avanço da organização, que tem fortes referências na economia solidária, no novo sindicalismo e na sustentabilidade ambiental.

Pomerano

Inicialmente, a Coopar procurou organizar a produção e a comercialização de batata, grãos, hortifrutigranjeiros e suínos, buscando diversificar a produção familiar. Em 2001, a cooperativa passou a atuar também no setor leiteiro, redefinindo seu destino produtivo, do município e também da região. Hoje, a cooperativa é uma referência na produção de leite no Rio Grande do Sul, sendo São Lourenço o maior produtor das regiões Sul, Centro e Campanha. “O município ocupa a 9ª colocação no Estado na produção de leite, entre 496 municípios”, apontou Nunes.

Em vez de apenas fomentar a produção e atuar no recolhimento e comercialização do leite a granel, a Coopar optou por enfrentar um mercado competitivo e dominado por grandes empresas, passando a agregar valor por meio da industrialização do produto. Atualmente, a entidade recebe a produção de 1250 associados, que é utilizada na fabricação de leite UHT, queijos, requeijão, nata, doce de leite, bebida láctea e leite em pó, que carregam a marca Pomerano, presente nas prateleiras de supermercados de mais de 100 municípios gaúchos e de cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. “Não faltou quem dissesse que a cooperativa não se viabilizaria num mercado competitivo. Entretanto, foi uma decisão correta, que mostra que os pequenos podem sobreviver quando atuam de forma cooperada e solidária”, salientou. Além do trabalho na área de lacticínios, a Cooperativa tem três unidades de secagem, beneficiamento e armazenamento de grãos, dois postos de combustíveis e duas lojas agropecuárias.

Desafios

Nunes encerrou seu pronunciamento analisando os desafios do cooperativismo no mercado mundial, formado por grandes produtores, que influenciam na formação dos preços, e por grandes empresas transacionais, que produzem em escala e buscam impor regras. Abordou também os obstáculos existentes em nível nacional, especialmente, o aniquilamento das políticas de proteção social e os cortes orçamentários. “É neste contexto que temos de renovar a convicção na importância do cooperativismo. Em tempos de neoliberalismo, é tentador o individualismo, mas é preciso fortalecer a ação coletiva”, recomendou.

Os deputados Elton Weber, Frederico Antunes, Airton Lima, Luiz Henrique Viana, Fernando Marroni e Sérgio Peres se somaram à homenagem por meio de apartes.

Com informações fotos da Agência de Notícias ALRS
   
Cotribá encerra Semana do Meio Ambiente com Dia de Cooperar

Cotribá encerra Semana do Meio Ambiente com Dia de Cooperar

O Departamento de Meio Ambiente da Cotribá realizou, entre os dias 3 e 7 de junho, diversas ações para celebrar a Semana do Meio Ambiente. Internamente, para os funcionários, foram realizadas palestras e distribuição de mudas de árvores frutíferas e nativas. No entanto, o ápice das atividades aconteceu na sexta-feira, dia 7 de junho, numa ação externa junto à ONG Filhos do Coração.

A atividade aliou consciência ambiental e cooperação e também foi a iniciativa inscrita pela Cotribá no Dia de Cooperar (Dia C). A ideia era revitalizar o espaço externo da organização e construir uma horta vertical para que as crianças possam cultivar as hortaliças e levar para casa. A equipe do setor de Apoio realizou a pintura do muro e construiu os canteiros reutilizando paletes e peças dos elevadores dos armazéns. Também foram plantadas árvores frutíferas no local.

A equipe da Cooperativa, formada pelos funcionários do Departamento de Meio Ambiente, Comunicação, Auditoria Interna e Apoio, foram recebidas com música pelas crianças, que fizeram questão de agradecer com uma apresentação ensaiada nas aulas de música.

A iniciativa, que aliou consciência ambiental e cooperação contemplou três projetos: Preserva Cotribá, Trabalhador Sustentável e Dia C.

Preserva Cotribá – Desenvolvido pelo Departamento de meio Ambiente da Cotribá, visa celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente com ações internas e externas. As ações internas geralmente contemplam a atividade do setor para o Trabalhador Sustentável.

Trabalhador Sustentável – Desenvolvido pelo Departamento de Recursos Humanos, visa celebrar duas datas importantes: Dia do Trabalhador e Dia Mundial do Meio Ambiente, por isso geralmente ocorre entre maio e junho. Além de uma ação conjunta, que neste ano foi a arrecadação de tampinhas de garrafa pet para a Apae, o projeto estimula os funcionários a desenvolverem ações conjuntas em seus setores, no sentido de preservar a natureza e criar um ambiente de trabalho melhor.

Dia C – Incentivado pelo Sistema OCB e pelas unidades estaduais do Sescoop, coloca em prática o princípio cooperativista do Interesse pela Comunidade. As cooperativas se empenham em melhorar não só a vida de cooperados, familiares e empregados, mas de todos aqueles que vivem ao redor delas. Trata-se de um movimento de responsabilidade social que prevê iniciativas voluntárias diferenciadas, contínuas e transformadoras, realizadas por cooperativas.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Cotribá
Cooperativas ampliam participação em operações com crédito rural

Cooperativas ampliam participação em operações com crédito rural

O resultado da atuação das cooperativas de Crédito com produtos vinculados ao crédito rural foi destaque na edição do jornal Valor Econômico dessa quinta-feira (13/6). Segundo o periódico, entre os planos safra 2013/2014 e 2018/2019, a participação delas no mercado financeiro cresceu de 9% para 17,2%.

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, disse que a presença das cooperativas de Crédito em municípios onde nenhum banco público ou privado está é uma das razões para o fenômeno. Já o economista da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antônio da Luz, afirma que as cooperativas de Crédito são muito mais “leves” que os bancos tradicionais.

Márcio Freitas e Antônio Luz foram ouvidos pelo jornalista Cristiano Zaia, que, para compor a matéria, também entrevistou o presidente do Banco Cooperativo Sicredi, João Tavares, e o presidente do Bancoob, Marco Aurélio Almada.

Confira, abaixo, a íntegra da reportagem do Valor Econômico.

Cooperativas de crédito ganham força

Por Cristiano Zaia | De Brasília

Impulsionadas por uma estratégia concentrada nos principais polos do agronegócio espalhados pelo interior do País, as cooperativas de Crédito viram seus desembolsos de crédito rural dobrarem nas últimas seis safras e superarem R$ 27 bilhões no ciclo atual (2018/19).

O avanço ultrapassa com folga o crescimento dos outros agentes que atuam nesse mercado e já incomoda tanto o Banco do Brasil, líder histórico no segmento, quanto as instituições privadas que também estão fortalecendo sua atuação no campo.

Com o crescimento, a fatia do ramo cooperativo no volume total de financiamentos liberados ao setor agropecuário saltou de 9%, na safra 2013/14, para 17,2% agora, de acordo com dados do Banco Central. O incremento médio, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), foi de 8,8% ao ano em valores deflacionados, enquanto o BB amargou queda de 3,4% ao ano e os bancos privados registraram baixa de 5,3% no intervalo.

E o avanço tende a continuar acelerado, sobretudo diante da maior concorrência no segmento estimulada pelo governo. Nesse contexto, o perfil mais simplificado de gestão, com executivos mais próximos dos cooperados e estrutura de gerência menor e menos burocrática, é uma das vantagens competitivas do setor cooperativista, de acordo com especialistas.

"As cooperativas de Crédito são muito mais leves que os bancos tradicionais. Conseguiram furar o bloqueio de um grupo muito fechado de bancos e são, hoje, as que mais estão ganhando share no crédito rural, crescendo a uma taxa de dois dígitos há um bom tempo", diz o economista Antônio da Luz, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Atualmente, 437 cooperativas de Crédito atuam no segmento rural no País. Em cerca de 600 municípios, segundo dados da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), elas atuam praticamente sozinhas, e em boa parte com agências digitais. Márcio Freitas, presidente da entidade, reforça que em muitos casos essa atuação se dá onde não há nenhuma outra agência bancária. "Estamos ocupando espaços que, muitas vezes, os bancos não querem. E é aí que as cooperativas são mais competitivas", diz.

A maioria das cooperativas de Crédito sempre emprestou aos produtores rurais por meio dos dois bancos cooperativos em operação no país (Bancoob e Sicredi). Mas há algumas que operam sem esses bancos. São as chamadas "solteiras", ligadas a cooperativas de produção, como a Credicoamo, que recentemente receberam aval para captar poupança para o crédito agrícola.

"Enquanto alguns bancos deixaram de crescer nos últimos anos, estamos inseridos na atividade econômica dos pequenos municípios, onde o agronegócio é pujante e tem ficado um pouco alheio às crises", afirmou ao Valor João Tavares, presidente do Banco Cooperativo Sicredi.

Guarda-chuva para 114 cooperativas de Crédito, o Sicredi tem hoje 1,7 mil agências no País e mantém uma carteira de crédito rural de R$ 22,1 bilhões, ou 40% de toda sua carteira de crédito. Em 2018, o Sicredi cresceu 27,7% na comparação com o ano anterior.

Com forte atuação na região Sul, o Sicredi, que tem 81,2% de suas agências no meio rural, busca agora avançar em São Paulo, Minas Gerais e no Nordeste, e também em cidades onde é a única instituição financeira. Com boa penetração entre pequenos e médios produtores e funding baseado em poupança rural e depósitos à vista, o Sicredi vê um crescimento cada vez maior dos empréstimos com Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).

No Bancoob, as LCA já despontam como principal fonte de recursos, o que comprova que os bancos cooperativos também estão antenados na maior demanda por recursos a juros livres com o patamar abaixo da taxa básica de juros (Selic). Oriundo de cooperativas do Sudeste, o Bancoob conta com uma carteira de R$ 15,2 bilhões no crédito agrícola e vem crescendo cerca de 14% ao ano nas últimas seis safras - das 430 cooperativas do sistema Sicoob, 80% operam com crédito rural.

"Nossa atuação no crédito rural, que era nada há 20 anos, fez empurrar o share do BB para baixo. E estamos na frente dos privados, porque adquirimos uma experiência maior operando sistematicamente nesse setor em escala nacional há 22 anos", afirma o presidente do Bancoob, Marco Aurélio Almada.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Sistema OCB
Comitiva de Moçambique realiza visita institucional

Comitiva de Moçambique realiza visita institucional

Na tarde de quarta-feira, dia 12 de junho, um grupo de representantes das cooperativas de Moçambique realizou visita institucional à Faculdade de Tecnologia do Cooperativismo – Escoop. O objetivo dos integrantes da comitiva do país africano na visita ao Brasil foi buscar elementos para a formulação de propostas de políticas públicas que possam beneficiar e estruturar o cooperativismo em Moçambique, em especial na educação cooperativista e em questões tributárias. Ao recepcioná-los, o presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, apresentou a história e os dados atualizados do cooperativismo gaúcho, com ênfase na legislação cooperativista. “Nossa lei cooperativista é de 1971, elaborada após a unificação dos sistemas cooperativistas do país no Sistema OCB. A nossa lei cooperativista, a 5.764/71, é uma lei que nos atende muito bem. Sobre as questões tributárias, tivemos a consolidação do ato cooperativo com a norma constitucional de 1988”, concluiu Perius.

Na sequência, o diretor da Escoop, Mário de Conto, apresentou a Faculdade e os projetos que podem, no futuro, gerar possibilidades de intercooperação. “Temos a faculdade desde 2011, como uma estratégia de execução direta para o atendimento das cooperativas. Atuamos também como outras instituições de ensino superior, mas através da Escoop chegamos na real necessidade das cooperativas”, complementou o diretor. De Conto explicitou ainda as funções da Escoop para o cooperativismo gaúcho, como executar o ensino de formação profissional para as cooperativas, fomentar a produção científica no campo do cooperativismo e disseminar o conhecimento do cooperativismo em seus aspectos sociais e econômicos.

Nos últimos dez anos, os movimentos cooperativistas do Brasil e de Moçambique tem cooperado para o fortalecimento das cooperativas no país africano. Neste período, OCB e Ocesp prestaram cooperação técnica e jurídica que resultou na proposta e aprovação da Lei Geral de Cooperativas de Moçambique. O diretor executivo da Associação Moçambicana de Promoção do Cooperativismo Moderno, Cecílio Valentim, agradeceu a oportunidade de conhecer o sistema cooperativista do Rio Grande do Sul e do interesse na busca de conhecimentos e subsídios para o aprimoramento do cooperativismo em seu país. “Decidimos, uma vez que o cooperativismo ainda é um desafio em nosso país, em forma de cooperação, aprender o que pudermos sobre as cooperativas do Brasil para conseguirmos da melhor forma estruturarmos o setor em nosso país”, ressaltou. Em Moçambique, existem 102 cooperativas e 210 mil cooperados, com atuação principal na agropecuária, consumo e produção.

A comitiva moçambicana foi representada pelo diretor executivo da Associação Moçambicana de Promoção do Cooperativismo Moderno, Cecílio Valentim, chefe do departamento de Política Comercial no ministério da Indústria e Comércio, José Maria do Rosário Guilherme, e pelo funcionário da Autoridade Tributária de Moçambique, Edson Cláudio Lifaniça. Estavam presentes no evento, além do presidente do Sistema e do diretor da Escoop, a coordenadora de Pós-Graduação da Escoop, Paola Londero, e a analista técnica do Sescoop/RS, Ubiraci Ávila.

Os dirigentes gaúchos deixaram em aberto a possibilidade de convênios e estudos técnicos de cooperação com as cooperativas de Moçambique, com a alternativa de capacitação de professores e técnicos do país para o atendimento das demandas do setor naquele país. Após a visita ao Sistema Ocergs-Sescoop/RS e a Escoop, a comitiva de Moçambique visitou a Confederação Sicredi, em Porto Alegre, a cooperativa Piá e a Fecoopes Pioneira, em Nova Petrópolis, e a Cooperativa Coogamai, do ramo Mineral, sediada em Ametista do Sul.

 
Cooral promove educação e conscientização no trânsito

Cooral promove educação e conscientização no trânsito

Com o objetivo de promover a educação e conscientização no trânsito, informação sobre saúde, bem-estar, qualidade de vida, prevenção na saúde, bem como a intercooperação com a comunidade em geral, a Cooral Cooperativa de Transportes de Cargas Geral realizou no dia 31 de maio, na sede da Cooperativa, o evento Saúde + Segurança = Vida, que contou com o apoio da BRF, Sest Senat, Clínica Reabilitare e Prefeitura Municipal de Marau.

Entre os serviços oferecidos, o Sest Senat realizou palestra na Escola Municipal Afonso Volpato, com o tema “Álcool, Tóxicos e Direção”, para alunos do sétimo e oitavo anos, com intuito de educar e informar sobre as consequências de dirigir sobre o efeito de tóxicos e álcool. Para os demais participantes do evento, os instrutores do Sest Senat realizaram rodas de conversa, dinâmicas e distribuições de brindes voltados a educação no trânsito.

A Prefeitura Municipal de Marau realizou exames de saúde de glicemia, pressão e doenças sexualmente transmissíveis (DST), com auxílio de uma enfermeira, uma técnica em enfermagem, bem como orientações sobre o cuidado com a saúde. Já a Clínica Reabilitare disponibilizou duas fisioterapeutas para repassar orientações aos participantes do evento sobre postura, teste da pisada e ergometria, e alongamentos que podem ser realizados pelos motoristas dentro do veículo.

Dia de Cooperar (Dia C)

A iniciativa conta com o apoio do Sescoop/RS e foi inscrita na edição de 2019 do Dia de Cooperar (Dia C), um grande movimento nacional de estímulo às iniciativas voluntárias diferenciadas, contínuas e transformadoras, realizadas por cooperativas, com o irrestrito apoio do Sistema OCB e de suas unidades estaduais, e faz parte da agenda estratégica do cooperativismo brasileiro.

Aqui no RS foram mais de 770 mil pessoas beneficiadas nos últimos quatro anos. Só no ano passado, quase 10 mil voluntários de 307 cooperativas e entidades parceiras estiveram presentes em 186 municípios gaúchos, atendendo mais de 251 mil pessoas.

Fonte: Divulgação Cooral
Regra para cooperativas acessarem programa de biodiesel deve ser revista em breve

Regra para cooperativas acessarem programa de biodiesel deve ser revista em breve

Atualmente, para uma cooperativa participar do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), pelo menos 60% dos filiados precisam ser agricultores familiares com Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). Mas isso pode mudar em breve, já que o secretário da Agricultura Familiar e Cooperativismo, Fernando Schwanke, garantiu que a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, vai encaminhar uma nova regulamentação.

O objetivo, segundo Schwanke, é que todos os produtores que têm Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) possam se beneficiar. “Esse é um pleito antigo do setor cooperativista”, reforçou. A declaração foi dada nesta quinta, dia 6, durante painel na 1ª Jornada da Rede Técnica Cooperativa (RTC), em Gramado (RS).

O secretário ainda informou que deve sair, dentro de 15 dias, o ajuste que permitirá que cooperativas centrais possam acessar programas da agricultura familiar, desde que atinjam a proporção de produtores com declaração de aptidão — o mesmo exigido de cooperativas singulares. Hoje, as centrais só podem ter DAP jurídica se 100% dos filiados estiverem habilitados, o que torna o acesso praticamente impossível.

Segundo Schwanke, a pasta também está trabalhando em um projeto de intercooperação, que visa estimular a colaboração entre cooperativas de Sul a Norte do Brasil. O projeto será implementado com apoio a Organização da Cooperativas Brasileiras (OCB) e terá recursos do ministério para custear o treinamento no país. Com isso, espera-se levar a novos projetos a expertise de outros já consolidados. “Queremos um intercâmbio de boas práticas cooperativas”, disse.

A meta é colocar o programa em funcionamento no segundo semestre deste ano e a contratação dos prestadores de serviço será feita por meio de editais públicos, informou o secretário.

Sobre o projeto de integração das áreas técnicas das cooperativas gaúchas proposto pela RTC, Schwanke classificou como uma ação interessante. “Hoje, a assistência técnica pública atende apenas 20% dos produtores. Ou encontramos outros modelos ou muita gente vai acabar saindo da atividade por falta desse serviço”, ressaltou.

Fonte: EasyCoop

1ª Jornada Rede Técnica Cooperativa (RTC) debate biotecnologia

1ª Jornada Rede Técnica Cooperativa (RTC) debate biotecnologia

A 1ª Jornada Rede Técnica Cooperativa (RTC) que iniciou no dia 5 de junho e termina hoje, dia 7, em Gramado (RS), discutiu vários temas de interesse do cooperativismo. A biotecnologia, introduzida há 21 anos no Brasil, por exemplo, que abre inúmeras possibilidades para a produção agrícola nacional foi um dos temas debatidos ontem, pelo pesquisador da Embrapa Soja e conselheiro da CTNBio, Alexandre Nepomuceno. Além da já consolidada soja RR e das 130 liberações comerciais concedidas no país, novas cultivares devem chegar ao mercado para revolucionar os processos, do campo à cidade. "Uma das novidades que deve sair do forno em breve é uma nova variedade de soja com resistência ao fungo da ferrugem asiática", adianta. E apresentou diversas outras novidades que estão em pesquisa, como variedades de soja resistentes à seca que estão sendo testadas pela Embrapa e até plantas capazes de identificar presença de minas subterrâneas por meio de alterações em sua coloração.

O pesquisador ainda citou a liberação pela CTNBio de pesquisa inédita para uso de insetos transgênicos em lavouras, como a alteração no gene da lagarta do cartucho para reduzir perdas no milho. A ideia, explica ele, é semelhante a já aprovada para o controle do mosquito Aedes aegypti, que, por meio de introdução de um gene, garantiu esterilização de insetos e redução de população de mosquitos transmissores de doenças como dengue e chikungunya.

Nos últimos 28 anos, a produção de grãos no Brasil aumentou cinco vezes enquanto a área teve expansão de apenas 3 vezes.  Contudo, esse resultado não foi revertido em investimentos de pesquisa. Nos Estados Unidos, existe uma lei chamada Check-Off, que prevê  que 0,5% do valor de cada saca colhida seja revertido para um fundo de pesquisa. Se ela fosse aplicada no Brasil, estimou ele, na safra 2017/2018 haveria um aporte em Pesquisa e Desenvolvimento de R$ 892 milhões. Ele citou a importância de o país ter políticas de maior estímulo às mentes que fazem todo esse desenvolvimento e reter esses talentos e os lucros de todo esse processo. O pesquisador da Embrapa Soja citou que diversos países estão trabalhando na formação de bancos de dados genômicos, um trabalho que ainda engatinha no Brasil. Na China, cita ele, já se sequenciou o DNA da mandioca, produto originário na flora brasileira.

O painel foi moderado pelo professor da Ufrgs Luiz Carlos Federizzi, que relembrou os caminhos percorridos pela biotecnologia no Brasil até a atualidade. Segundo ele, o desenvolvimento ao longo desses mais de 20 anos ficou um pouco abaixo da expectativa inicial, uma vez que se limitou a apenas quatro espécies.  Nepomuceno completou lembrando a polêmica criada no Brasil sobre o uso dos transgênicos no final da década de 1990 foi, na verdade, um grande jogo de interesses. “Muita gente perdeu dinheiro. Despencou a venda de outros herbicidas que acabaram substituídos pelo Roundup Ready”

Brasil tem primeiras plantas com genes editados e considerados não-transgênicos

O Brasil está iniciando pesquisas com variedades agrícolas com genes editados para fazer plantas mais tolerantes a estresses do ambiente e mais produtivas. A informação foi divulgada pelo pesquisador da Embrapa Soja e conselheiro da CTNBio Alexandre Nepomuceno, durante palestra realizada na tarde desta quinta-feira (6/6), na 1ª Jornada da Rede Técnica Cooperativa (RTC), em Gramado. Segundo ele, essa é uma tendência e já está em teste com variedade de milho no Brasil.

Uma outra tecnologia que poderá revolucionar o agronegócio é o uso do RNAi, o chamado RNA interferente. É um mecanismo natural para desativar áreas do DNA. Inicialmente, o grande desafio era sequenciar esse RNA em laboratório. Recentes pesquisas conseguiram realizar isso e já se estuda o uso de substâncias capazes de serem aplicadas por aspersores para desativar genes indesejáveis nas plantas e controlar pragas e doenças. O RNAi está na sua infância mas tem o potencial para substituir, no futuro, inseticidas, fungicidas e herbicidas, pois é uma tecnologia que permite que somente genes específicos da espécie-alvo sejam desligados.

Governo sinaliza inclusão de cooperativas no Programa de Biodiesel

O secretário da Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura (Mapa), Fernando Schwanke, garantiu que a ministra Tereza Cristina deve encaminhar, em breve, nova regulamentação para as cooperativas no Programa de Biodiesel, respeitando a proporção de agricultores familiares de seus quadros. Atualmente, cooperativas que têm menos de 60% de seus cooperados enquadrados como agricultores familiares estão totalmente fora do programa e o objetivo é que todos os produtores dapianos (aqueles que possuem DAP)  possam se beneficiar do programa. A declaração foi dada durante painel na noite desta quinta-feira (06/06) durante a 1ª Jornada da Rede Técnica Cooperativa (RTC), em Gramado (RS). “Este é um pleito antigo do setor cooperativista”, reforçou.

Schwanke ainda informou que deve sair, dentro de 15 dias, ajuste que permitirá que cooperativas centrais, como a CCGL, possam também acessar os programas da Agricultura Familiar, desde que atinjam a proporção de agricultores com declaração da agricultura familiar, o qual será o mesmo exigido das cooperativas singulares. Atualmente, as cooperativas centrais só podem ter DAP jurídica se 100% das filiadas estiverem habilitadas, o que torna esse acesso praticamente inatingível. “A nota técnica já está sendo feita”, informou.

Segundo Schwanke, outro projeto em construção junto ao Ministério da Agricultura é o Intercooperação, que consiste em unir esforços e estimular a colaboração entre as cooperativas de Sul a Norte do Brasil. O projeto será implementado com apoio a Organização da Cooperativas Brasileiras (OCB) e terá recursos do Mapa para custear o deslocamento de treinamento pelo país. Schwanke informa que a meta é colocar o programa em funcionamento no segundo semestre deste ano e que a contratação dos interessados em prestar esse serviço de treinamento será feita por meio de editais públicos. “O ministério dará suporte aos projeto arcando com diárias, passagens em um método que ainda está sendo construído”. Com isso, espera-se levar a novos projetos a expertise de outros já consolidados. “Queremos um intercâmbio de boas práticas cooperativas”, disse ele.

Sobre o projeto de integração das áreas técnicas das cooperativas gaúchas proposto pela RTC e apresentado em Gramado, ele pontuou ser uma ação interessante a ser analisada dentro do propósito de criar novos sistemas de prestação de serviço de assistência técnica no país. “Hoje, a assistência técnica pública atende a apenas 20% dos produtores. Ou encontramos outros modelos ou muita gente vai acabar saindo da atividade por falta desse serviço”, ressaltou. Ao falar sobre o Plano Safra 2019/2020, garantiu foco nos médios produtores rurais, segmento que, segundo ele, é um hiato produtivo que temos há anos, que concentra 20% da área cultivada do país e carece de atenção. O aporte de recursos para a próxima safra deve ser anunciado nas próximas semanas.

O painel ainda contou com o presidente da Frente Parlamentar de Apoio ao Cooperativismo do RS (Frencoop/RS), deputado Elton Weber, que, representando a Assembleia Legislativa, pontuou a relevância de maior participação do setor cooperativo na política nacional.   “Temos que falar de política porque o pilar do desenvolvimento está no cooperativismo. Não acredito que se possa construir a sociedade sem participação. Esse encontro aqui hoje é política cooperativista”, disse o parlamentar que tem sua origem ligado ao movimento e à agricultura familiar. Weber cobrou a necessidade de reformas estruturantes como a da Previdência, mas alertou que o projeto inicial do governo Bolsonaro precisa ser discutido e melhorado. “Precisamos fazer o debate. A reforma precisa acontecer e ser votada ainda este ano, mas precisamos calibrar esse tema. E isso é fazer política”. A ação dos líderes cooperativista no cenário nacional também deu o tom do discurso do presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, que lembrou sobre seus primeiros ensaios em trazer a política para dentro dos debates do setor cooperativista, quando ainda trabalhava ao lado do pai. “Convenci meu pai que não era uma questão de ter ideologia na cooperativa, mas de ajudar a ter representantes atuando pelo setor”, disse, lembrando que o Brasil tem 7,8 mil cooperativas que faturam R$ 450 bilhões ao ano. “Somos uma massa econômica e uma massa social fundamental. Não temos como não ter uma representação política e buscar nossos direitos “

Mediando a mesa, o presidente da CCGL, Caio Vianna, reforçou que o setor produtivo precisa de apoio de políticas públicas que facilitem a atividade do setor privado, e não o contrário, com ações que venham para burocratizar, atrapalhar e atrasar os investimentos que o país tanto precisa, mas também tem o dever de cumprir com seu papel nos setores que são originalmente de sua competência como educação, segurança pública e saúde. “Às vezes se pensa que tudo depende do governo, mas aqui percebemos que há muito ainda o que fazer dentro da porteira, muito a se fazer após a porteira, evoluir em nossas cooperativas, mas sempre pensando em crescimento sistêmico. O poder público tem é que permitir que façamos os nossos projetos”, salientou. Vianna ainda citou a alta tributação incidente sobe o setor e a falta de investimentos em infraestrutura ou desregulamentação para o setor privado fazê-los que permitam ao produtor rural escoar sua produção com eficiência e rentabilidade.

Sobre a RTC

A Rede Técnica das Cooperativas (RTC) foi criada em 2018 congregando as áreas técnicas de pesquisa e mercado de 32 cooperativas agropecuárias gaúchas. Seu foco é criar um corpo de pesquisa integrado que dê suporte às cooperativas, otimizando custos e a aplicabilidade dos estudos desenvolvidos e permitindo a troca de ideias e compartilhamento de informações.

Celebração do Dia C está chegando!

A celebração do Dia de Cooperar (Dia C) acontece em um mês e as cooperativas brasileiras, junto com as unidades estaduais do Sistema OCB, estão a todo vapor preparando um super evento para comemorar os 10 anos da maior iniciativa de estímulo às iniciativas voluntárias diferenciadas, contínuas e transformadoras, realizadas no país. No Rio Grande do Sul, diversas cooperativas celebrarão com eventos regionais e, em Porto Alegre, o evento será no dia 6 de julho, no Parque da Redenção.

Segundo a gerente geral do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), Karla Oliveira, as ideias das cooperativas já conquistaram o reconhecimento da ONU, ultrapassam a casa dos 10 milhões de atendimentos e já percorreram centenas de municípios brasileiros. Confira!

Qual a expectativa para a celebração deste ano?

Nossa expectativa é a mais positiva possível. Já temos confirmadas ações a serem realizadas simultaneamente em cerca de 400 cidades brasileiras. O que pretendemos é repetir o sucesso dos anos anteriores. Vale lembrar que o Dia de Cooperar é um movimento de ações realizadas por cooperativas ao longo de todo o ano e, assim, o que acontece no sábado, dia 6 de julho, é a celebração dessas ações. Nossa intenção é chamar a atenção da sociedade, mostrando o compromisso das cooperativas com a transformação socioeconômica dos lugares onde elas estão localizadas. Para nós, cooperar é cuidar das pessoas que estão à nossa volta.

Quais os números do Dia C?

O Dia C é um grande movimento nacional de estímulo às iniciativas voluntárias diferenciadas, contínuas e transformadoras, realizadas por cooperativas, com o irrestrito apoio do Sistema OCB e de suas unidades estaduais, e faz parte da agenda estratégica do cooperativismo brasileiro.

A ideia surgiu em Minas Gerais, há 10 anos, e está alinhada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, objetivando a erradicação da pobreza extrema no mundo até 2030. Todos os anos, cerca de 1,5 mil cooperativas beneficiam mais de dois milhões de pessoas, por meio do trabalho de quase 121 mil voluntários.

Ah, vale destacar também o seguinte: se considerarmos desde os 10 anos do Dia C, já tivemos mais 7,7 mil iniciativas e mais de 10 milhões de atendimentos. As ações do Dia de Cooperar já alcançaram 1/5 dos municípios brasileiros.

Qual a importância de se estar alinhado aos ODS da ONU?

Estarmos alinhados aos ODS é essencial, pois nos mostra que fazemos parte de um movimento muito maior – global – por meio do qual, as pessoas que já descobriram o potencial transformador das atitudes simples se empenham em construir um mundo cada vez mais justo, feliz, equilibrado e com melhores oportunidades para todos.

Um levantamento interno mostrou que cada ação realizada pelas cooperativas brasileiras está vinculada a pelo menos um ODS e isso nos enche de orgulho, já que mostra, mais uma vez, o compromisso das cooperativas em assumir seu protagonismo nesse processo de transformação social.

Vale destacar que a própria ONU já reconheceu a atuação das cooperativas brasileiras. Em julho do ano passado, o Sistema ONU no Brasil, por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) assinou um memorando de entendimento com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). O objetivo foi a assegurar a possibilidade de desenvolvimento conjunto de iniciativas ainda mais abrangentes e com amplo impacto social.

Ah, e esse documento foi assinado depois de várias manifestações da própria ONU sobre as ações das nossas cooperativas. Em julho de 2017, por exemplo, os resultados do Dia C foram apresentados na assembleia geral da ONU, em Nova Iorque. Então, o olhar da ONU sobre o que as cooperativas realizam aqui no Brasil é fundamental para chancelar nosso esforço de contribuir com a erradicação da pobreza extrema no mundo até 2030.

Como motivar as cooperativas as estarem sempre engajadas?

Esse é, na verdade, o nosso grande desafio: engajar cada vez mais, um número maior de cooperativas nesse movimento. É muito importante que as cooperativas tenham em mente que elas é que fazem o Dia C acontecer, de fato. Nós, tanto da Unidade Nacional, quanto das unidades estaduais estimulamos as ações por meio da distribuição de materiais e da divulgação das ações, mas quem idealiza e mobiliza voluntários e parceiros é a cooperativa.

Poderia citar algum exemplo de transformação ocorrida graças ao Dia C?

Temos vários exemplos de transformação social, sim. Pessoalmente, gosto muito de contar a história de uma moradora de rua, em São Luís (MA), que após receber o apoio de uma cooperativa passou de assistida a voluntária. Graças a ação de desenvolvimento humano, essa mulher conseguiu poupar dinheiro e, assim, colocar o filho dela na escola. A ação de uma cooperativa mudou a realidade de uma família e isso tem muito valor.

Além dessa, há inúmeras ações que mudam a vida das pessoas, em especial a de jovens em situação vulnerável. Por exemplo: já documentamos as aulas de balés oferecidas à população indígena de Roraima, as aulas de música para crianças e adolescentes no Rio de Janeiro, aulas de atividades esportivas em Mato Grosso do Sul, enfim, muita transformação.

Temos também idosos que voltaram a enxergar após cirurgias de catarata realizadas por uma cooperativa, durante um grande mutirão de voluntários; há, ainda, projetos voltados à inserção social de detentos e diversas ações de recuperação de áreas degradadas, limpeza de rios, praias e orlas.

Nós temos, inclusive, uma revista que está na sexta edição que retrata bem esses exemplos. As edições podem ser baixadas diretamente do site do Dia C (clique aqui). Como será possível ver, de Norte a Sul do país, temos inúmeros exemplos de que cooperar por um mundo melhor vale muito a pena.

RTC é modelo para cooperativismo nacional

RTC é modelo para cooperativismo nacional

O modelo de integração proposto no Rio Grande do Sul pela Rede Técnica Cooperativa (RTC) servirá de inspiração para ações nacionais do setor cooperativista. A garantia é do presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, que participou da abertura da 1ª Jornada da RTC, no Wish Serrano, em Gramado (RS), na noite dessa quarta-feira (5/6). Ao lado de lideranças do movimento nacional e falando a uma plateia de cerca de 650 técnicos e dirigentes do setor cooperativista, ele acredita que esse movimento, que inicia no Estado, vai revolucionar o campo de pesquisa do corpo técnico das cooperativas. “A ideia é fantástica. E, como já é de praxe, o Rio Grande do Sul esparrama sementes boas para o resto do Brasil”, pontuou. O presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, participou da abertura do evento.

Segundo Freitas, o grande salto da agropecuária brasileira se deu graças ao trabalho individual de pesquisadores, técnicos, produtores e curiosos. “O agronegócio é o sustentáculo da economia brasileira. Mas dá para fazer mais”, salientou, reforçando a ideia da criação de uma rede única como o que está sendo proposto no RS. “Essa é uma rede de intercâmbio humano. O diferencial do cooperativismo não está na soja, no milho ou no leite. O nosso diferencial é lidar com gente”, citou, pontuando que o sistema de integração vai ao encontro da disruptura que vem sendo apregoada pelas novas gerações. “O cooperativismo é o caminho da chamada Sociedade Y, da quarta revolução, de um modelo diferente de relacionamento”.

Anfitrião do encontro, o diretor-presidente da CCGL, Caio Vianna, confia no sucesso da RTC principalmente pelo respaldo que vem das pessoas que apoiam o projeto. “Temos certeza que vai ter um antes e depois dessa iniciativa. Porque essa é a maior força transformadora do campo. O Rio Grande do Sul é próspero em formar pessoas, exportar tecnologia e seus desbravadores”, ressaltou, lembrando que o objetivo final de todo esse trabalho não é apenas elevar produtividade, mas obter maior rentabilidade. Os ganhos que vêm desse compartilhamento também foram enaltecidos pelo presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias (FecoAgro/RS), Paulo Pires. “A rede vem levar ao produtor tecnologia para que ele possa ter mais renda. Juntas, as cooperativas podem e vão construir um mundo melhor para a razão de ser de nossos associados”, ressaltou.

O movimento de inovação das cooperativas foi referendado pelo secretário da Agricultura, Covatti Filho. Durante sua manifestação, reforçou a intenção em ser parceiro de novas iniciativas e prometeu apoio às ideias que fortaleçam a produção e a difusão de pesquisa. Covatti Filho ainda pontuou a necessidade que pesquisa e tecnologia sejam foco de políticas públicas, como o projeto que prevê de difusão de sinal de internet nas diferentes regiões do Rio Grande do Sul como uma forma de disseminar conhecimento. “Só tenho que agradecer porque ações como essa têm de ser louvadas, com a luta diária de cada um de vocês”, finalizou.

A 1ª Jornada da Rede Técnica Cooperativa tem o apoio da CCGL, Federação das Cooperativas Agropecuárias do RS (FecoAgro) e Sistema Ocergs-Sescoop/RS e patrocínio dos terminais Termasa/Tergrasa.

Quem é a RTC

A Rede Técnica das Cooperativas (RTC) foi criada em 2018 congregando as áreas técnicas de pesquisa e mercado de 32 cooperativas agropecuárias gaúchas, cerca de 50% da safra gaúcha de grãos. Seu foco é criar um corpo de pesquisa integrado que dê suporte às cooperativas, otimizando custos e a aplicabilidade dos estudos desenvolvidos e permitindo a troca de ideias e compartilhamento de informações.

Agronegócio será alicerce da retomada do PIB

Com uma expectativa otimista para o desenvolvimento da economia brasileira que deve vir alicerçada pela força do agronegócio, o economista Luís Artur Nogueira ministrou a primeira palestra da 1ª Jornada da Rede Técnica Cooperativa na noite desta quarta-feira (5/06) em Gramado (RS). Com muito humor em uma apresentação recheada de interatividade e atualidade, o também jornalista traçou projeções para o país. A previsão é que a economia sustente expansão no governo Bolsonaro a taxas de 2% e 3% ao ano, que o dólar fique entre R$ 3,50 e R$ 4,50 e que o IPCA transite entre 3% e 4%. Contudo, alerta ele, esses resultados só devem vir com a aprovação da uma Reforma da Previdência consistente. Além disso, sugeriu que o reaquecimento da economia brasileira depende de corte das taxas de juros, incentivo às cooperativas de crédito, atualização da tabela de Imposto de Renda, retomada das obras públicas paralisadas e adoção de um sistema de refinanciamento da dívida pública das empresas.

Nogueira manifestou confiança na agenda econômica trilhada pelo ministro Paulo Guedes e reforçou a relevância da iniciativa privada para o desenvolvimento. “O Brasil é maior do que qualquer governo. O setor privado se cansou de esperar por soluções milagrosas, olhou para dentro para ganhar eficiência e investiu em inovação. O setor privado está mais preparado para esse novo ciclo de crescimento econômico”, salientou, citando como exemplo o projeto da RTC apresentado nesta 1ª Jornada da RTC.

Para sustentar a expansão da produção mesmo frente à crise comercial internacional criada pela disputa entre Estados Unidos e China, ele acredita que a demanda global por produtos do agronegócio continuará crescendo. Além da exportação de commodities, o Brasil pode ganhar agregando valor a seus produtos. Quanto ao setor cooperativista, lembrou que, juntas, as diferentes cooperativas podem fortalecer seu poder de barganha em negociações.

Contudo, alertou o economista, há riscos que podem impactar o cenário, como as imprevisíveis interferências do governo Donald Trump na economia mundial, a intervenção do Poder Judiciário no cenário nacional e a própria crise política. Entre os desafios à frente para as economias internacionais, pontuou o impacto da guerra comercial atual na própria economia chinesa, que enfrenta dificuldade para manter a taxa de crescimento de 6% ao ano. Também elencou como essenciais a busca do equilíbrio das contas públicas como forma de angariar investimentos e a retomada de consumo. “O agronegócio vai efetivamente brilhar, assim como o varejo”, sentenciou.

Com informações de Carolina Jardine, assessora de Comunicação da RTC
Cooperativas participam de mais um empreendimento de geração energia

Cooperativas participam de mais um empreendimento de geração energia

Cooperativas gaúchas estão participando de mais um empreendimento da área de geração de energia. A PCH Forquilha IV Luciano Barancelli, localizada no Rio Forquilha, entre os municípios de Maximiliano de Almeida e Machadinho/RS, terá uma potência instalada de 13 MW e o custo estimado em R$ 73 milhões. O empreendimento é formado pela sociedade entre a Coprel (20%), a Cooperativa Creral de Erechim (20%), a Cooperativa Ceriluz de Ijuí (20%) e a empresa Erechim Energia (40%).

A pequena central hidrelétrica, que tem previsão de ser concluída em março de 2020, está sendo construída com um barramento de 300 metros de comprimento e 8 metros de altura e um canal de adução de 530 metros. A casa de força contará com três turbinas e a energia gerada será lançada no sistema interligado nacional por meio de uma linha de transmissão de 8,7 km.

Em 2017 o empreendimento foi um dos vencedores do leilão de energia A-6 realizado pelo Governo Federal, com entrega prevista para 2023 por um período de 30 anos.

“Em várias das nossas atividades a intercooperação está presente: os projetos conjuntos de geração de energia com outras cooperativas é umas delas. Isso mostra que estamos em sintonia e trabalhando juntos para os melhores resultados econômicos e sociais. E com essa parceria também com os empresários locais, que participam do empreendimento, vamos gerar mais energia de forma limpa e sustentável”, reforça o presidente da Coprel, Jânio Vital Stefanello.

Ocergs reunida em Passo Fundo para tratar da vigilância 24 horas

Ocergs reunida em Passo Fundo para tratar da vigilância 24 horas

A Ocergs (Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul) reuniu no dia 23 de maio, na sede da Superintendência Regional do Sicredi Integração de Estados RS/SC, vereadores e o prefeito de Passo Fundo, para, juntamente com dirigentes e técnicos do Sicredi e da Ocergs, debater a legislação municipal que tratam da vigilância 24 horas em instituições bancárias públicas e privadas ou cooperativas de crédito a manterem uma vigilância armada em tempo integral, vigente no município desde 2017, por autoria do vereador Patric Cavalcanti. O presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, e o presidente do Sicredi Integração de Estados RS/SC, Ari Rosso, comandaram os trabalhos, que teve ainda a participação do deputado estadual Elton Weber, presidente da Frencoop/RS.

O prefeito de Passo Fundo Luciano Azevedo falou de sua experiência de 27 anos de mandatos eletivos, sendo muitos deles como legislador, e da necessidade de aperfeiçoamento das legislações aprovadas. Discorreu sobre o tempo que o Sicredi discute com o poder executivo e legislativo a dificuldade de cumprir integralmente a lei, em função de conflitos com legislação federal que regra a questão. Azevedo disse também que a lei foi criada com o intuito de criação de empregos para a área dos vigilantes, mas por outro lado, trouxe outras situações que não foram corretamente debatidas e que neste momento inviabilizam seu cumprimento, sendo assim favorável a que seja revogada. “Claro que esta é uma questão a ser avaliada pela Câmara, mas tenho esta opinião. Devemos começar essa discussão do zero e buscar atender aos interesses da comunidade”, completou.

O deputado Elton Weber disse que a legislação vigente cumpre um clamor popular, e que é compreensível que os vereadores, assim como os deputados, atentem para questões como estas, onde a segurança é debatida. Disse ainda que, como ocorre na Assembleia Legislativa, as argumentações das partes envolvidas precisam ser ouvidas. “Quando a questão da segurança das agências bancárias e dos vigilantes foi colocada em pauta, ficamos atentos a isso. Mas temos que verificar também o que as instituições bancárias e cooperativas de crédito estão fazendo e ponderar, antes de apresentarmos e votarmos temas como esses”, destacou Weber.

O presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, alertou para a existência da lei municipal para segurança armada por 24 horas e, paralelamente, a lei federal que obriga a ter segurança monitorada nesse modelo à qual as cooperativas de crédito e redes bancárias já estavam adaptadas. O Sicredi, através do presidente Ari Rosso, apontou números sobre a eficácia das medidas de segurança adotadas para inibir assaltos e ataques , como cortina de aço, gerador de neblina e entintamento de cédulas para danificá-las. Representando a Central Sicredi Sul/Sudeste, o assessor jurídico Tiago Machado discorreu sobre os aspectos legais da norma em discussão, e os responsáveis pela área de segurança das cooperativas, Wagner Gotardo e Ricardo Golder, apresentaram as medidas que o Sicredi vem tomando para minimizar os impactos da criminalidade. Tiago Machado discorreu ainda sobre todas as medidas de segurança que a cooperativa está tomando, o que tem reduzido os índices de acessos dos criminosos aos numerários. Salientou que a maior das preocupações do Sicredi é com a segurança de seus colaboradores, terceirizados e associados. A questão da viabilidade econômica também foi esclarecida, já que em caso de presença de vigilantes por 24h nas unidades de atendimento, a manutenção de algumas agências poderá ser inviabilizada em função dos altos custos.

A Câmara de Vereadores de Passo Fundo foi representada pelo presidente da Casa, Fernando Rigon e pelos vereadores Eloí Costa, Pedro Daneli e Saul Spinelli. O autor da legislação, vereador Patric Cavalcanti, foi representado por seu assessor, Alexandre Melo. Após ouvidas as argumentações, o presidente da Câmara comprometeu-se em levar para os demais vereadores a possibilidade de alteração ou revogação da legislação.

Formação da Frencoop municipal

Outra pauta abordada no encontro foi a criação de uma Frente Parlamentar de Apoio ao Cooperativismo na Câmara Municipal de Vereadores de Passo Fundo, em função da importância do setor para a economia de Passo Fundo e região, além da atuação de importantes cooperativas no município. Vergilio Perius disse que a Ocergs está à disposição dos vereadores para orientações quanto à instalação da Frencoop e o voreador presidente, Fernando Rigon, disse que também esta possibilidade será debatida nos próximos dias.

Participaram da reunião secretário de Relações Institucionais de Passo Fundo, Edson Nunes; da Segurança, Coronel João da Rosa Gonçalves; de Interior, Antônio Bortoloti; além do procurador do município, Adolfo Freitas. O representante do deputado federal Giovani Cherini, Pedro Paulo Nunes, também participou do encontro.

         
Assembleia Legislativa homenageia os 20 anos da Expodireto Cotrijal

Assembleia Legislativa homenageia os 20 anos da Expodireto Cotrijal

Uma das maiores feiras agropecuárias do país – a Expodireto Cotrijal, realizada anualmente pela Cotrijal, em Não-Me-Toque, foi tema do Grande Expediente da sessão plenária do dia 21 de maio de 2019. A homenagem foi proposta pelo deputado Ernani Polo, que apontou a magnitude alcançada pelo evento, 20 anos após a sua primeira edição, e enalteceu a visão e a determinação do seu idealizador, Nei César Mânica. "Com muita sabedoria e competência, ele soube transformar o sonho de uma cooperativa, de uma comunidade pequena, em realidade”.

Em 2007, tornou-se internacional, recebendo delegações estrangeiras, que aumentam a cada edição. Em 2019, realizada em uma área de 98 hectares, a feira contou com 534 expositores, 268 mil visitantes e uma comercialização recorde de R$ 2,4 bilhões.Este ano, segundo Polo, comitivas de 74 países dos cinco continentes estiveram no evento. “Encontro de apaixonados pelo “agro”, de gerações de agricultores, algo que muito nos emociona”, disse.

Além da figura do presidente da cooperativa, Nei César Mânica, Polo saudou outros personagens marcantes na história da feira e da Cotrijal, como o ex-presidente Schmitão (Irmfried Otto Ingbert Harry Schmiedt) e os associados da cooperativa.

Conforme Polo, a Expodireto reflete um cooperativismo moderno, profissional e que busca a eficiência como forma de se manter competitivo no mercado. Ele registrou a importância do setor agropecuário para a economia do País, como gerador de emprego e renda, responsável por mais de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul. Disse que, enquanto foi secretário da Agricultura, sempre participou do evento e que, agora, como deputado, seguiria participando dele e apoiando suas ações para que o setor agropecuário gaúcho tivesse ainda mais excelência e qualidade. “O agro é gente, gente que produz e gente que consome. O agro é alimento, o agro é vida”, declarou o parlamentar.

Associaram-se à homenagem na tribuna os deputados Sérgio Turra, Elton Weber (presidente da Frencoop estadual), Paparico Bacchi, Vilmar Zanchin, Mateus Wesp, Tenente-Coronel Zucco, Luiz Fernando Mainardi, Sérgio Peres, Eduardo Loureiro, Aloísio Classmann e Eric Lins.

Acompanharam os pronunciamentos o secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, o desembargador Francisco José Moesch, representando o Tribunal de Justiça, o procurador-geral de Justiça, Fabiano Dallazen, o subdefensor público-geral, Tiago Rodrigo dos Santos, o prefeito de Não-Me-Toque, Pedro Paulo, o presidente da Cotrijal, Nei César Mânica e seu vice-presidente, Ênio Schroeder, além de centenas de associados e conselheiros da cooperativa. O cooperativismo foi representado pelo presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, pelo presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires e pelos diretores da Ocergs, Margaret Garcia da Cunha, Irno Pretto e Fernando Dalagnese, acompanhados de dirigentes de outras cooperativas, que prestigiaram a homenagem.

Com informações da ALRS  
Países assinam declaração conjunta na Noruega

Países assinam declaração conjunta na Noruega

Os membros do Conselho Executivo da Organização Internacional das Cooperativas Agropecuárias, o ICAO, organismo setorial da Aliança Cooperativa Internacional, assinaram nesta quinta-feira (16) uma declaração conjunta. O documento foi firmado após a reunião do conselho executivo, realizada em Oslo, capital da Noruega, e que contou com a participação do presidente do Sistema OCB/MT, Onofre Cesário de Souza Filho, representante do cooperativismo brasileiro no conselho da ACI.

Segundo a liderança, a declaração conjunta firmada na Noruega estabelece uma parceria entre as organizações-membro para a defesa ao direito de acesso a sementes e, também, visando fomentar a intercooperação em temas relacionados a seguros agrícolas.

“Acreditamos que a Declaração de Oslo é um grande passo para o fortalecimento de uma parceria estratégica que pode facilitar o acesso das cooperativas brasileiras a novos e importantes mercados”, avalia Onofre Filho, representante da região Centro-Oeste na Diretoria da OCB que, há 30 anos, está vinculada aos organismos internacionais relacionados ao cooperativismo. O objetivo é a realização de ações de articulação em nível global, com vistas à criação de plataformas, por meio da intercooperação, que atendam aos interesses do cooperativismo brasileiro.

CONSELHO

O atual conselho executivo do ICAO é formado por integrantes das organizações que representam as cooperativas no Brasil, Coreia do Sul, Japão, Uganda, Noruega, Polônia, Malásia e Índia. A missão do ICAO é promover os interesses do cooperativismo agropecuário e auxiliar as organizações-membro na formulação e implementação de projetos e parcerias com os governos.

 
Fonte: Sistema OCB