A capacitação é uma das ações definidas pelos próprios superintendentes durante os dois encontros realizados este ano. Durante a abertura do treinamento, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, elogiou a iniciativa dos gestores em aprofundarem-se no tema. “Este é, comprovadamente, um gargalo existente no Sistema. Para minimizá-los, é necessário aprofundar o conhecimento, como forma inclusive de evitar problemas junto aos órgãos de controle do governo. Ao mesmo tempo, estamos falando de um processo que impacta diretamente nos resultados da instituição. Esperamos que este treinamento ajude-os a melhorar os procedimentos nas suas unidades”, destacou o presidente.

      Como o próprio nome do evento sugere, o normativo que rege os processos de compras e aquisições para o Sescoop está sendo analisado item por item junto com os superintendentes. “Cada artigo está sendo comentado pela consultora, que está apresentando exemplos de casos concretos, jurisprudências relativas e tirando as dúvidas dos participantes”, explicou a gerente de Pessoas da instituição, Ana Cláudia D’Arce de Lima. No total, 24 superintendentes estão participando do curso, que está sendo ministrado pela JML Consultoria e Eventos.

A WTM (Worldentry Feiras e Congressos), empresa que oferece serviços para planejamento, criação, produção, administração e logística de eventos, entrou em contato com o Sistema OCB, recentemente, para falar sobre a aquisição de soja brasileira pelo mercado chinês.

A WTM está ligada ao sistema cooperativista chinês através da ACFSMC – All China Federation of Supply and Marketing Cooperatives (Federação das Cooperativas de Suprimentos e Comercialização da China). A entidade chinesa é responsável pelo suprimento e comercialização de produtos agrícolas, fertilizantes e bens de consumo nos mercados interno e externo. A WTM presta consultoria à All China, incluindo sua participação na ICA Expo, uma feira internacional de cooperativas, e se colocou à disposição das cooperativas brasileiras para intermediar negociações de importação de produtos como algodão, soja e açúcar do Brasil, que por sua vez poderia importar fertilizantes, tecnologia de maquinário e bens de consumo da China. “Apreciamos imensamente o valor e a importância da cooperação com cooperativas pelo mundo, especialmente com o movimento cooperativista brasileiro”, afirma o chefe da Divisão de Negócios Internacionais do Departamento de Cooperação Internacional da All China, Xu Mingfeng.

No caso da soja, por exemplo, de cuja produção o Rio Grande do Sul participa fortemente, a quantidade mensal requerida pela All China é de 50 mil toneladas durante um ano (soja GMO Grade#2). O Sistema Ocergs-Sescoop/RS apoia a ideia de se potencializarem as oportunidades de mercado e alerta que a possibilidade deve ser criteriosamente analisada pelas cooperativas interessadas. Para mais informações, o contato deve ser diretamente com o representante da WTM, Luiz Branco, pelo e-mail Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo..

A WTM (Worldentry Feiras e Congressos), empresa que oferece serviços para planejamento, criação, produção, administração e logística de eventos, entrou em contato com o Sistema OCB, recentemente, para falar sobre a aquisição de soja brasileira pelo mercado chinês.

A WTM está ligada ao sistema cooperativista chinês através da ACFSMC – All China Federation of Supply and Marketing Cooperatives (Federação das Cooperativas de Suprimentos e Comercialização da China). A entidade chinesa é responsável pelo suprimento e comercialização de produtos agrícolas, fertilizantes e bens de consumo nos mercados interno e externo. A WTM presta consultoria à All China, incluindo sua participação na ICA Expo, uma feira internacional de cooperativas, e se colocou à disposição das cooperativas brasileiras para intermediar negociações de importação de produtos como algodão, soja e açúcar do Brasil, que por sua vez poderia importar fertilizantes, tecnologia de maquinário e bens de consumo da China. “Apreciamos imensamente o valor e a importância da cooperação com cooperativas pelo mundo, especialmente com o movimento cooperativista brasileiro”, afirma o chefe da Divisão de Negócios Internacionais do Departamento de Cooperação Internacional da All China, Xu Mingfeng.

No caso da soja, por exemplo, de cuja produção o Rio Grande do Sul participa fortemente, a quantidade mensal requerida pela All China é de 50 mil toneladas durante um ano (soja GMO Grade#2). O Sistema Ocergs-Sescoop/RS apoia a ideia de se potencializarem as oportunidades de mercado e alerta que a possibilidade deve ser criteriosamente analisada pelas cooperativas interessadas. Para mais informações, o contato deve ser diretamente com o representante da WTM, Luiz Branco, pelo e-mail Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo..

Na tarde de ontem (30), no auditório do Centro Administrativo da 35ª Expointer, o presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, participou do Seminário Juventude e Sucessão na Agricultura Familiar. O evento teve como principal objetivo discutir os avanços, desafios e experiências da sucessão dos jovens na agricultura familiar do Estado.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, fez a abertura do evento, apresentando os principais desafios da agricultura familiar e avanços desde 2003, com a criação de programas como o Pronaf, Luz para Todos, Brasil sem Miséria, Programa Nacional de Educação no Campo, dentre outros. O ministro também apresentou dados sobre o setor, enfatizou sua importância no desenvolvimento social e econômico do País e enfatizou a importância do debate para que as escolas formais adotem a pedagogia de alternância das Escolas das Famílias Agrícolas. 

Após, houve a manifestação de um jovem agricultor rural, do presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famur), Ari Vanazzi, do deputado estadual, AltemirTortelli e do deputado estadual,EdegarPretto. Eles defenderam as necessidades, dificuldades e expectativas do jovem agricultor do Estado.

Em seguida, o secretário estadual do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan, apresentou o painel “Tendências e Perspectivas da Juventude Familiar no Brasil e no Mundo”. Pavan apresentou dados como o de que 85,7% dos estabelecimentos rurais existentes no Estado, são da base familiar e 12,07% dos jovens estão no meio rural. 

Os desafios para o desenvolvimento rural sustentável também foram apresentados. Dentre eles, conciliar desenvolvimento econômico com o social e ambiental; desenvolver modelos de desenvolvimento sustentável e novas cadeias produtivas; melhorar infraestrutura produtiva do meio rural e implementar um novo modelo de cooperação que permita a participação efetiva dos agricultores em todas as fases do processo produtivo.

Já entre as políticas voltadas para o desenvolvimento rural, apresentadas pelo secretário, está a implementação do Plano Safra Gaúcho e o lançamento de programas voltados para o desenvolvimento rural sustentável. 

O engenheiro agrônomo, Fernando Staggemeier, apresentou o modelo de sucesso da Cooperativa Languiru, de Teutônia. Em sua apresentação, o jovem falou sobre a origem da Cooperativa, sua posição no cenário econômico, os produtos, os frigoríficos e indústrias de laticínios que possui. Posteriormente, foi apresentado o trabalho de rejuvenescimento do quadro social da Cooperativa, e um gráfico foi apresentado, indicando que a idade média do produtor reduziu em seis anos.

Segundo estudo apresentado por Staggemeier, as razões que levaram ao aumento de jovens associados no quadro social se dá pelo fato da Cooperativa ter assistência técnica qualificada, a existência de mais de 60 programas de incentivo à produção, valorização do associado, fazendo com que ele se sinta cada vez mais dono da Cooperativa, remuneração mais justa (fator proveniente do sistema cooperativo), participação nas decisões, crédito rural e ser uma empresa voltada ao interesse do produtor. Além disso, ainda foi apresentado o resultado de um questionário feito com os associados que indica que 36% dos jovens associam-se por interesse próprio e 45% deles continuam associados devido aos preços justos e estáveis.

Em seguida, ocorreu um debate com movimentos, participantes e entidades promotoras do evento. Com base nas falas decorrentes do Seminário, foi elaborada uma carta que resumiu os anseios apresentados por todas as entidades e algumas ações de caráter político e econômico para modificar a realidade da juventude no campo. Além disso, foi proposto pelo presidente da Emater/RS, Lino De David, e aceito pelos participantes, que o Seminário Juventude e Sucessão na Agricultura Familiar será o fórum permanente das entidades para a discussão do tema no Rio Grande do Sul.

      Diversas autoridades abriram oficialmente na manhã de hoje (31/08) a 35ª Expointer, que acontece no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, participou da abertura da feira na Tribuna de Honra. Logo após a apresentação das autoridades pelo cerimonial e uma apresentação artística na pista principal, falaram ao público o secretário da Agricultura, deputado Luiz Fernando Mainardi, o secretário do Cooperativismo, Ivar Pavan, o presidente da Ocergs, Vergilio Perius, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho. Por fim, o governador do Estado, Tarso Genro, fez o último pronunciamento da manhã. Saudaram também o público presente representantes do Simers, da Fetag, Farsul e o deputado estadual Alexandre Postal, presidente da Assembleia Legislativa, e o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia. Logo após a abertura por parte das autoridades, deu-se início ao Desfile dos Grandes Campeões da edição de 2012.

      O presidente Vergilio Perius ressaltou em sua fala a grandiosidade da edição de 2012, que acontece concomitante ao Ano Internacional das Cooperativas, celebrado pela ONU. Disse ainda da importância das linhas de cooperação para o sucesso dos empreendimentos ligados ao agronegócio e destacou o fortalecimento das cooperativas gaúchas, principalmente as que estão diretamente relacionadas às atividades agrícolas e pecuárias, como as de produção, crédito e eletrificação. As demais autoridades salientaram o aprimoramento genético, a evolução tecnológica das máquinas e equipamentos agropecuários, a presença das agroindústrias gaúchas e o público que circulou pelo Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

O Sistema Ocergs-Sescoop/RS participou, no dia 29,no auditório do Pavilhão da Agricultura Familiar no Parque de Exposições da Expointer, do debate entre indígenas, quilombolas, pescadores artesanais e representantes do governo estadual e federal. O debate, que teve como objetivo adequar as políticas governamentais do Estado às comunidades tradicionais e de criar uma Comissão Estadual, foi promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), juntamente com a Emater e Casa Civil, por meio do Programa RS Mais Igual.

Por ser um assunto inédito dentro da Feira, um grande público compareceu no debate, lotando as dependências do auditório. Ivar Pavan, secretário da SDR, considerou essencial o diálogo. “O Governo do Estado é parceiro em executar políticas de inclusão social, que favoreçam comunidades mais carentes.” Já o diretor do Departamento de Aquicultura, Pesca, Quilombolas e Indígenas (DPAQUI), Ederson Silva, disse que a aproximação com os públicos de comunidades tradicionais torna mais fácil o conhecimento de suas reivindicações, viabilizando o encaminhamento de ações do Governo.

Todos os representantes dos grupos presentes foram unânimes em relatar suas dificuldades em relação à demarcação e regularização de terras para moradia e trabalho.

Além do diretor Ederson Silva, coordenador do encontro, Gustavo de Melo, da Funasa (Fundação Nacional da Saúde), representou o governo federal e Paola Carvalho, a Casa Civil do Estado – Programa RS Mais Igual. Mariana Soares (Emater), Loerte Oliveira (representante nacional dos pescadores artesanais), Antônio Soares (quilombolas do RS) e Jaime Alves (Conselho dos Povos Indígenas do Estado) participaram das discussões.

Decreto
Pelo decreto nº 6.040, de 7 de fevereiro de 2007, foi instituída pelo governo federal, a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, voltada para a melhoria da qualidade de vida da presente geração, garantindo as mesmas possibilidades para as gerações futuras.

Teve início na manhã de hoje (30/08), na sede da Faculdade de Tecnologia do Cooperativismo (Escoop), em Porto Alegre, o II Encontro Brasileiro de Pesquisadores do Cooperativismo (EBPC). Com a participação de cerca de 150 pessoas, o evento promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) em parceria com o Observatório do Cooperativismo tem o apoio do Sescoop/RS e seguirá até amanhã. Os pesquisadores são de diversos estados do País. Uma comitiva de Tocantins, por exemplo, viajou de ônibus por três dias para chegar a Porto Alegre.

O Encontro de Pesquisadores é realizado de dois em dois anos. Em 2010, segundo o superintendente do Sescoop nacional, Luis Tadeu Prudente Santos, foram apresentados 41 trabalhos. Este ano, o número subiu para 83. “O Sescoop e a OCB estão preocupados em fazer com que esses estudos saiam do papel e sejam colocados à disposição das cooperativas brasileiras, para que elas apliquem o conhecimento conforme suas possibilidades”, garantiu Tadeu.

O presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, que também é um estudioso da doutrina cooperativa, acredita que “o cooperativismo só avançará com inovação e acompanhamento da tecnologia”. Perius é o idealizador da Escoop, a primeira faculdade do Sistema S especializada em cooperativismo no Brasil. “A Escoop representa nossa leitura sobre o futuro do cooperativismo: precisamos de formação profissional cooperativista, gestores preparados. Estamos muito felizes em poder sediar o EBPC”, afirmou ele. “Tenho absoluta convicção de que o Rio Grande do Sul e a capital gaúcha nunca reuniram tanto conhecimento cooperativista quanto há aqui hoje”.

Participaram da abertura, além de Tadeu e Perius, o ex-ministro da Agricultura, ex-presidente da Aliança Cooperativa Internacional e da OCB e embaixador especial da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), Roberto Rodrigues; o representante da FAO no Brasil, ex-ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural de Moçambique, Hélder dos Santos Félix Mutéia; o presidente da Cooperativa Antônio Sérgio para a Economia Social (Cases) de Portugal, Eduardo Graça; o coordenador do Observatório Socioeconômico do Cooperativismo OCB-USP, Sigismundo Bialoskorski Neto, e o diretor geral da Escoop, Derli Schmidt.

Segundo Mutéia, que é moçambicano, a FAO estima que, hoje, um bilhão de pessoas não têm o que comer. Em outras palavras, uma em cada sete pessoas no mundo passa fome. “A previsão é de que, até 2050, a produção de alimentos terá que aumentar 60% para atender à demanda, mas a porcentagem de terra cultivável só pode aumentar em 20%. A resposta para esta questão é a produtividade. E para aumentar a produtividade é necessário estudo, pesquisa, conhecimento”, afirmou ele, ao falar aos participantes sobre a importância fundamental da pesquisa no mundo.

Após os pronunciamentos, Roberto Rodrigues proferiu a palestra “Cooperativas constroem um mundo melhor: a contribuição do cooperativismo para o desenvolvimento socioeconômico”. Antes, ele cumprimentou o presidente Perius e relembrou fatos de uma longa caminhada em favor do cooperativismo.

“Cooperativas são uma dicotomia entre social e econômico: são empresas, mas são fundamentadas em valores sociais”. Sobre 2012, ele ressaltou: “O Ano Internacional ano não deve ser um fim em sim, mas o começo da conversa. Ele deve ser o início da refundação do cooperativismo”.  

Programação

Durante a tarde de hoje, após almoço na Escoop, os pesquisadores se reuniram em sessões temáticas para apresentar os trabalhos. O dia terá também o painel "Autonomia, independência e competividade das cooperativas", com palestra da pesquisadora da Universidade de Mondragón (Espanha), Monica Gago Garcia, coordenação de Roberto Rodrigues e debate do presidente do Bancoop, Marco Aurélio Almada, e do pesquisador da Universidade Federal de Viçosa, Marcelo José Braga. À noite, os participantes participarão de um jantar.

Amanhã (31/08), a programação inicia com o painel "Estratégias inovadoras de gestão: cooperativas e redes de cooperação", com coordenação do professor doutor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-RP/USP), Davi Rogerio de Moura, palestra do diretor do Observatório do Cooperativismo, Sigismundo Bialoskorsi e debates do presidente da Fundação ABC, Luciano Klüppel, e professor e pesquisador da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUC-PR. À tarde, sessões temáticas e entrega de prêmios aos pesquisadores.

No período do Grande Expediente da sessão do dia (29/08), o deputado João Fischer prestou homenagem ao centenário da Cooperativa Santa Clara, fundada em 1912, com sede em Carlos Barbosa. “O Parlamento homenageia hoje não apenas uma empresa, mas sim a união de uma comunidade, que, com a força do seu trabalho, constituiu uma das maiores e mais importantes cooperativas deste país e que é um dos grandes orgulhos dos gaúchos”, disse. Excepcionalmente nessa semana, o Parlamento realiza as sessões plenárias na Casa da Assembleia Legislativa na 35ª Expointer, no Parque Assis Brasil, em Esteio.

História
O parlamentar resgatou aspectos históricos da cooperativa. Segundo ele, a trajetória da instituição teve início em 1911, quando 17 pequenos agricultores da região de Santa Clara, na época, 4º Distrito de Montenegro e, hoje, Carlos Barbosa, decidiram instalar uma microempresa de queijo e manteiga, com o nome de "Latteria Santa Chiara”. No ano seguinte, conforme ele, a empresa foi transformada em cooperativa, com 32 fundadores. “A Santa Clara é a única cooperativa de laticínios no Brasil, ainda hoje, em atividade sem interrupção”, contou.

Atualmente, conforme Fischer, além de manter a qualidade dos mais de 200 itens das linhas de laticínios e frigoríficos, a instituição é um modelo para o cooperativismo. “O aspecto mais expressivo da Cooperativa Santa Clara é, sem dúvida, o atendimento esmerado aos associados, dirigido e orientado por uma filosofia que é praticada desde a sua fundação, qual seja o cooperativismo autêntico, onde o associado, como pessoa humana que é, é tratado como o alvo de todas as atenções, sendo importante, para isso, a sua congregação em núcleos e comitês”, afirmou.

Pioneirismo
De acordo com o orador do Grande Expediente, em cem anos de história a cooperativa foi pioneira em diversas iniciativas. Entre elas, conforme Fischer, está o trabalho de inseminação artificial do rebanho leiteiro no Rio Grande do Sul, iniciado em 1954, e a instituição da Crediclara, cooperativa de Crédito filiada a Sicredi, na década de 1980. A Cooperativa Santa Clara foi também a primeira indústria de laticínios no Rio Grande do Sul a ter o certificado ISO 9000, em 1999. Mais recentemente, em 2008, a empresa lançou o primeiro queijo do Brasil com microorganismos probióticos, segundo o deputado.

Presenças e participações
Associaram-se à homenagem, em apartes, os deputados Heitor Schuch, presidente da Frencoop/RS, Dr. Basegio, Maria Helena Sartori, Jurandir Maciel, Altemir Tortelli, Zilá Breitenbach e Pedro Westphalen.

Acompanharam a homenagem o presidente da Cooperativa Santa Clara, Rogério Bruno Sauthier; o presidente da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa), Jerônimo de Oliveira Junior; o prefeito em exercício de Carlos Barbosa, Gilberto Baldasso; o vice-presidente da Ocergs, Irno Pretto; o vereador de Carlos Barbosa, Jair Guerra; além de diretores e colaboradores da Cooperativa Santa Clara, entre outras autoridades.

Com texto da Agência de Notícias da ALRS – Fotos: Marcelo Bertani

      O período destinado às Comunicações na sessão ordinária da Câmara Municipal de Vereadores de Porto Alegre desta segunda-feira (20/8) foi dedicado a homenagear os 28 anos de fundação da Cooperativa dos Trabalhadores das Vilas de Porto Alegre (Cootravipa). Na ocasião, o proponente da homenagem, vereador Paulo Marques, entregou ao presidente da Cootravipa, Jorge Luiz Bittencourt da Rosa, um diploma oferecido pela Câmara Municipal em alusão à data. O superintendente Norberto Tomasini representou o presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, na homenagem. O assessor jurídico da Ocergs, Tiago Machado, o assessor técnico da Ocergs, José Agis Kanan e o diretor geral do DMLU, Carlos Vicente Gonçalves, participaram da sessão.

      O vereador Paulo Marques salientou que falar em "união que deu certo" era a melhor forma de apresentar a Cootravipa. Lembrou que, na década de 1980, quando o desemprego atingia grande parte dos trabalhadores, alguns líderes comunitários reuniram moradores das vilas e explicaram a eles que, no Chile e na Argentina, trabalhadores estavam se organizando em cooperativas. "Somente 20 deles conseguiram recursos para a cota-capital inicial e criaram a Cootravipa", relatou.

      O vereador destacou as dificuldades enfrentadas pelo cooperativados nestes 28 anos e a transparência e honestidade com que a Cootravipa é conduzida até hoje, dando oportunidade de trabalho e incluindo pessoas que estavam à margem da sociedade. "Hoje são 2,5 mil pessoas que trabalham para que cooperativa cresça cada vez mais", disse.

      Ao agradecer a homenagem, Bittencourt da Rosa observou que ela é reconhecida no Brasil, mas, infelizmente, aqui no Estado alguns ainda insistem em não reconhecê-la. "Mas estamos nas ruas 24 horas por dia, sábados, domingos, feriados. É uma história fantástica, de pessoas excluídas do mercado de trabalho, a maioria (80%) mulheres sozinhas, com cinco ou seis filhos para sustentar." Rosa disse que muitos avanços já foram obtidos para os cooperativados, mas eles querem mais. "Quando tivermos uma porta aberta com alguma faculdade para 50 bolsas de estudo, por exemplo, com certeza vamos avançar ainda mais."

      Na homenagem, também se manifestaram os seguintes vereadores:

      CREDIBILIDADE - Sofia Cavedon disse que a Cootravipa "está na história da cidade e do cooperativismo" e destacou que as cooperativas sérias têm enfrentado problemas em função da falta de credibilidade gerada pelas "cooperativas laranjas". Segundo ela, essas falsas cooperativas "criaram uma disputa desleal" com organizações sérias, ganhando a concorrência em editais pelo rebaixamento das condições de trabalho dos cooperativados. Ressaltou que a Cootravipa é vitoriosa porque não discrimina pessoas, sendo "extremamente inclusiva". Defendeu a aprovação de projeto que garanta descanso anual de 30 dias aos cooperativados, como forma de incorporar mais direitos aos trabalhadores.

      FEDERAL - Bernardino Vendruscolo lembrou que foi presidente de uma cooperativa habitacional que construiu mais de 900 apartamentos em Porto Alegre. Ressaltou que o conceito de cooperativismo, infelizmente, "tem sido usado de forma equivocada por muitos empresários falidos" para explorar trabalhadores. Garantindo que nenhum vereador vai votar contra projeto municipal que traga benefícios aos trabalhadores das cooperativas, alertou, no entanto, que qualquer mudança no regramento das cooperativas depende de legislação federal. "Neste sentido, é preferível não iludir os trabalhadores", disse.

      HABITAÇÃO - Engenheiro Comassetto cumprimentou a direção da Cootravipa pelos 28 anos de fundação e destacou que a cooperativa atua como "uma empresa social", tendo o desafio de garantir a limpeza diária da cidade. "A cooperativa de trabalho tem de ser mais do que um emprego, é uma empresa social. É preciso apontar novos caminhos", afirmou Comassetto, lembrando que o governo federal tem um projeto que visa a garantir habitação de interesse social para pessoas que recebam até três salários mínimos. "Esse projeto pode beneficiar trabalhadores que vivem de aluguel ou moram em casas de parentes ou terceiros. Os recursos da CEF podem ser canalizados para um projeto no Município", sugeriu.

      DESERDADOS - Elói Guimarães disse que a grande marca da Cootravipa é dar oportunidade às pessoas mais humildes da sociedade. "A Cootravipa nasceu dos deserdados, pessoas humildes que tinham dificuldades em ingressar no mercado formal de trabalho." Para Elói, esta homenagem é um grande momento na Câmara, que reconhece assim o trabalho desempenhado pela cooperativa em favor da cidade.

      AGRADECIMENTO - João Bosco Vaz manifestou seu agradecimento pelo trabalho da cooperativa nos cinco anos em que ocupou o cargo de secretário municipal dos Esportes. Segundo ele, a cooperativa mantém 22 pessoas trabalhando na SME para manutenção de espaços esportivos e praças administrados pela SME. "É um exemplo de cooperativa que deu certo. E deu certo porque tem trabalho competente, sério e confiável. Sucesso não vem por acaso. É preciso ter credibilidade e confiança, e este binômio a Cootravipa tem."

      ANÔNIMOS - Idenir Cecchim destacou o trabalho anônimo realizado pelos cooperativados. "Mas não apenas o trabalho de limpeza e sim o trabalho psicológico que fazem uns aos outros, se ajudando mutuamente, dando força uns aos outros. É um trabalho de doação humana", observou, lembrando que a homenagem, por coincidência, ocorre em 20 de agosto, o Dia do Maçom, "outro exemplo de pessoas que trabalham anonimamente em prol da sociedade".

      Com informações da Assessoria de Imprensa da CMPA.