Os integrantes do Conselho Diretor do Sitema Ocergs/Sescoop-RS (Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo) realizaram a última reunião ordinária de 2010 no dia 16 de novembro. O encontro ocorreu em Teutônia, no auditório da Certel. A pauta incluiu o projeto de Comunicação do sistema cooperativista, a contribuição sindical de 2011, a posição da contribuição cooperativista em 31/10/2010, entre outros assuntos.
Os conselheiros lembraram o aniversário de 100 anos da Cotribá, no dia 21 de janeiro – em 10 de dezembro, a final do 4º Festival O Rio Grande Canta o Cooperativismo será realizada em Ibirubá, como forma de homenagear a centenária. Os membros do Conselho também foram convidados a participar do evento em comemoração à irmandade de Nova Petrópolis e Sunchales, capitais do cooperativismo, no dia 30 de novembro.
Após a reunião, os conselheiros conheceram as instalações do Centro de Operações da Certel Energia, o provedor de internet CertelNet, o viveiro de mudas da Certel e a Hidrelétrica Boa Vista. Um almoço de integração foi oferecido pela Certel.
No final do evento, o presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Frederico Perius, concedeu entrevista coletiva à imprensa.
Porque as reuniões do conselho são interiorizadas?
Exatamente para que se possa conhecer a história de cada cooperativa, alargando conhecimento e aprofundando a proposta cooperativista em algumas áreas. E a Certel é uma cooperativa histórica, a maior e mais antiga do Brasil na área de infraestrutura. Ela tem tudo para nos mostrar, desde a preservação da natureza, a produção de energia limpa e renovável, além das outras atividades relacionadas com o desenvolvimento rural da nossa região.
O que foi discutido na reunião?
Temas de extrema importância para o desenvolvimento do cooperativismo, especialmente para os próximos anos de administração estadual e federal. O cooperativismo se posicionou no sentido de sinalizar para uma Secretaria forte da área cooperativista, para que possamos fazer boas parcerias e ter boas políticas públicas para o desenvolvimento do cooperativismo do Estado.
Como vês a importância das cooperativas de eletrificação?
Receberam prêmios internacionais e nacionais, sendo a Certel premiada duas vezes em nível nacional pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) em reconhecimento a sua produção de energia limpa, renovável e sustentável. Tudo que o mundo precisa hoje, tudo que é moderno, a Certel faz. Além do mais, é uma empresa com mais de mil empregados, gerando riqueza, trabalho, renda, mão-de-obra, para que o desenvolvimento da região seja forte. No município de Teutônia, 82% da população são sócios de alguma cooperativa, seja Certel, Languiru, ou Sicredi Ouro Branco.
Qual a necessidade da intercooperação entre cooperativas?
É o caminho da nossa força de integração. Se temos uma cooperativa com mais de 50 mil sócios, como a Certel, qual seria nossa força com 2 milhões de gaúchos e gaúchas ligados a 800 cooperativas. O segredo de descobrir esta força é o segredo de sucesso do cooperativismo. Evidentemente que as costuras e as integrações ainda precisam ser feitas, mas gradativamente, com o sistema se organizando em ramos, com centrais e federações, nós só podemos crescer fortemente se formos unidos e, a partir daí, conquistarmos fatias de mercado cada vez maiores.
Quais os principais anseios do cooperativismo para com o próximo governo?
Em nível de Estado, diria que é a mudança do Fundo Operação Empresa (Fundopem), que prejudica muito o nosso sistema. A criação de uma Secretaria Estadual muito forte na área cooperativista e, especialmente, mexer um pouco no Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). E uma linha de financiamento especial para as cooperativas de infraestrutura, para que pudessem financiar a construção de linhas trifásicas, uma vez que a maioria hoje é monofásica. Para desenvolver melhor o Rio Grande do Sul, precisamos de energia trifásica. Em nível federal, o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Sem essa mudança, nós não vamos muito longe no setor agrícola. E no crédito, que deixem conviver as cooperativas como elas estão hoje, com ampla liberdade de atuação, sem nenhum privilégio, mas com firme propósito de criar um sistema financeiro mais consolidado no Brasil inteiro. Ainda nas áreas de saúde e infraestrutura, que as agências reguladoras sejam mais amigas do cooperativismo. E, principalmente, nós também queremos ocupar espaço nas direções dessas agências reguladoras.
*Com informações da Assessoria de Comunicação da Certel
Entre os dias 24 e 30 de novembro, as capitais do cooperativismo do Brasil e da Argentina, Nova Petrópolis e Sunchales, tornam-se oficialmente cidades-irmãs, com a realização de eventos históricos. A comemoração da irmandade terá início em Sunchales, na Argentina. Uma comitiva de 80 brasileiros irá à cidade para conhecer a realidade cooperativista e prestigiar a fixação da irmandade entre os dias 24 e 26 de novembro. Já em Nova Petrópolis, o evento de comemoração acontece no dia 30 de novembro, quando mais de 700 pessoas se reunirão para prestigiar a programação especial.
Tendo em vista a importância desta irmandade, representantes máximos do cooperativismo da América e do mundo realizarão palestras com tradução simultânea. Inglaterra, México, Espanha, Itália, Alemanha, Argentina e Brasil estarão representados neste evento inédito, que será realizado no Centro de Eventos do município (Rua Padre Theobald, 1700), com início às 11h30 para os participantes realizarem seu credenciamento e participarem do almoço de integração. Entre os pontos principais estão as palestras de Pauline Green, presidente da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), e de Ramon Imperial, presidente da ACI-Américas.
A comemoração da irmandade em Nova Petrópolis será aberto para a participação do público. Inscrições devem ser feitas até o dia 24 de novembro, de forma gratuita, pelo site www.capitaldocooperativismo.com.br, sendo que o participante só precisará arcar com os gastos relativos à alimentação. As vagas são limitadas.
Para Márcio Lopes de Freitas, presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), “este evento inédito deve ser prestigiado pelo conteúdo de suas palestras, mas, principalmente, pela oportunidade de se apresentar a capital do cooperativismo a outros representantes do setor. O encontro representará, com certeza, a conscientização do movimento cooperativista para a importância da integração global”.
A comemoração é organizada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado do Rio Grande do Sul (Sescoop/RS), com o apoio da Casa Cooperativa de Nova Petrópolis e prefeitura de Nova Petrópolis.
Programação
11h30 – Credenciamento e almoço de integração.
13h às 14h – Abertura oficial e homologação da irmandade.
14h10 às 14h40 – Palestra “Fundação Ivano Barberini”, com Silvia Barberini, filha de Ivano (in memorian), que foi presidente da ACI e motivou a irmandade entre Nova Petrópolis e Sunchales.
14h50 às 15h40 – Palestra “O desenvolvimento regional gerado pelo cooperativismo: a experiência Mondragon”, com Mikel Lezamiz, diretor de difusão cooperativa do Grupo Cooperativo Mondragon, da Espanha.
15h40 às 16h10 – Coffee break
16h10 às 17h - Palestra “Cooperativismo nas Américas”, pelo mexicano Ramon Imperial, presidente da ACI-Américas, com sede na Costa Rica.
17h05 às 17h35 - Oficialização da parceria entre Sescoop/RS e Confederação de Cooperativas Alemãs (DRGV), com a participação de Vergilio Frederico Perius, presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, e Klaus Supp, representante do Ministério da Agricultura da Alemanha (BMELV).
17h40 às 18h40 - Palestra “Cooperativismo Mundial”, pela inglesa Pauline Green, presidente da ACI, órgão máximo do cooperativismo mundial, com sede na Suíça.
20h45 - Jantar alemão com apresentação de danças folclóricas e de uma das bandas do Festival O Rio Grande Canta o Cooperativismo, na Sociedade Tiro ao Alvo.
A posse foi tomada na manhã de hoje (28/10), em cerimônia na sede do Tarf, em Porto Alegre.
Juliano Pacheco Machado, assessor jurídico do Sistema Ocergs-Sescoop/RS e juiz titular da Ocergs no Tarf
A representante nacional do ramo Produção, Márcia Oliveira, apresentou o panorama do setor, que conta hoje com 226 cooperativas, 11.396 associados e 2.936 funcionários. Márcia também falou da importância de se identificar as cooperativas de Produção junto aos estados. “O ramo atende uma enorme diversificação de cooperativas. Há cooperativas de artesanato, calçados, e muitas outras. Precisamos verificar essas demandas específicas e trabalhar ações que atendam todo o setor."
A reunião também tratou da redução dos tributos das cooperativas de Produção e analisou o Projeto de Lei nº 136/2009, que prevê a regulamentação da profissão do artesão e a instituição de cooperativas de artesanato rural no ramo Produção.
O Gead será coordenado por José Garibaldi Pontes e o Espaço dos Vereadores, da AL-RS, será representado por seu coordenador, Glei de Menezes. Os trabalhos serão coordenados pelo assessor de formação cooperativista do Sescoop/RS, Paulo Vianna Lopes. Segue a programação:
18h20 – “Cooperativismo, associativismo e redes de cooperação” - palestra do presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius
18h35 – “Redes de cooperação”, com a presidência da Rede Super de Santa Maria, Ibanes Bertagnolli e Sergio Luiz Copetti
18h50 – “Redes de cooperação e arranjos produtivos locais” – professor da Universidade federal de Santa Maria (UFSM) e do projeto de pós-graduação em Administração, professor doutor Milton Luiz Wittmann
19h05 – Cooperativa de reciclagem de lixo (Unicruz) – professor José Carlos Severo Corrêa e professora Enedina Teixeira da Silva
19h20 – Cooperativa de Estudantes de Santa Maria (Cesma) – professor Décio Squarcieri de Oliveira
19h30 – Associação dos Recicladores de Lixo de Santa Maria – coordenadora da Asmar, Margarete Vidal
19h40 – Participação do plenário (perguntas)
20h10 – Encerramento – presidente da Comissão de Políticas Públicas, vereador Admar Pozzobom
Na programação do evento constam diversos temas relacionados ao meio ambiente, além de encontros setoriais de gênero e juventude, fóruns de cooperativas de Saúde, trabalho associado e setor de seguros. Também estarão na pauta encontros sobre educação cooperativista e de parlamentares, um seminário do setor Agropecuário e fóruns sobre comunicação e cooperativismo, intercâmbio empresarial cooperativo e encontros da rede de universidades e do setor financeiro.
Acesse aqui a programação preliminar completa.
O Ministério da Agricultura divulgou os números da balança do agronegócio. Em setembro, o valor dos embarques, em dólar, bateu recorde. Só que a desvalorização da moeda norte-americana já traz preocupação. A receita das exportações dos produtos agrícolas em setembro somou US$ 7,363 bilhões, o equivalente a R$ 12 bilhões. No mesmo mês do ano passado, os embarques somaram US$ 5,747 bilhões ou cerca de R$ 9,9 bilhões, na cotação do dólar daquele período.
A receita em real no mês de setembro cresceu 17% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita com as vendas externas cresceu não apenas por causa da expansão do volume das exportações, mas, principalmente, pelo aumento do preço internacional de alguns produtos como café, açúcar e carnes. Os setores que mais impulsionaram as vendas foram o da soja, o das carnes e o do açúcar e álcool.
O gerente de mercados da Organização das Cooperativas do Brasileiras (OCB), Evandro Ninaut, explicou porque a desvalorização do dólar pode prejudicar o agronegócio. “O que precisamos é que outros setores que estão prejudicados nesse momento alcancem força em função de um dólar mais valorizado. Isso traria divisas para nós. Hoje, estamos sendo puxados por três setores, por três segmentos. Mas nós precisamos que outros segmentos do agronegócio entrem também em virtude de que nascemos para produzir e exportar nossos excedentes”, disse Ninaut.
Fonte: Globo Rural
Aprimorar conhecimentos e técnicas dos membros dos Conselhos Administrativos Estaduais para o exercício efetivo de suas atividades. Esse é o foco do Encontro de Conselheiros Administrativos Estaduais do Sescoop, que acontece de 13 a 15 de outubro, na sede da OCB, em Brasília (DF). Presidentes, superintendentes, conselheiros, gerentes e técnicos das 26 unidades estaduais e da unidade do DF da OCB estão reunidos para aprender, discutir e aprimorar conhecimentos no que diz respeito a governança corporativa, responsabilidades e melhores práticas para Conselhos de Administração.
O presidente do Sistema OCB/Sescoop, Márcio Lopes de Freitas, ressaltou na abertura do Encontro que, neste momento em que se busca a consolidação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) como um Sistema, a união de todos os membros da instituição é fundamental. “Sabemos das dificuldades em reunir todos vocês, em arrumar tempo. Por isso, essa reunião é uma vitória para o Conselho”, agradeceu o presidente aos participantes. Segundo Freitas, o objetivo maior deste Encontro é criar ferramentas para o desenvolvimento sistêmico. “As diferenças, diversidades culturais nos estados são imensas, mas precisamos criar pontos em comum no cooperativismo”, disse.
Compondo a mesa de abertura do Encontro, o representante do Governo Federal, Ismael Lisboa, destacou a estrita observância sobre o cooperativismo com a aproximação das Olimpíadas e da Copa do Mundo no Brasil. “O governo está olhando muito atentamente para esse sistema. O cooperativismo no Brasil tem uma importância muito grande, e com esses dois eventos se aproximando, vai ter que se preparar muito bem.”
O Encontro será, ainda, um momento de alinhamento dos Conselhos Estaduais com o Nacional e das diretrizes nacionais aprovadas no Planejamento Estratégico do Sescoop para o período 2010-2013 que, na oportunidade da abertura do evento, foi apresentado brevemente aos presentes. Tendo como diretrizes principais a formação profissional, a promoção social e o monitoramento das cooperativas, o Planejamento Estratégico do Sescoop é, nas palavras do presidente Márcio, “uma ferramenta importantíssima para nos tornarmos, enfim, um Sistema consolidado”.
O ministro do Tribunal de Contas da União André Luís de Carvalho falou para cerca de 70 conselheiros fiscais do Sescoop, representantes das unidades estaduais e da nacional, que estiveram na capital federal de quarta (6/10) a sexta-feira (08/10), no Encontro de Conselheiros Fiscais Estaduais do Sescoop. O ministro abordou as responsabilidades dos conselheiros frente à Controladoria Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU). “A intenção foi mostrar o funcionamento destes dois órgãos e como o Conselho Fiscal deve agir na área de gestão de pessoas, de licitações e contratos para fazer uma melhor fundamentação de seus atos e registro documental de sua rotina para facilitar o exame pelo órgãos”, disse.
Este foi o primeiro encontro que reuniu representantes dos conselhos estaduais do Sescoop. A proposta é contribuir para a formação qualificada e criar um espaço de reflexão para se consolidar e sistematizar o conhecimento. O evento foi realizado na sede da instituição, em Brasília (DF). Na próxima semana, as discussões serão retomanadas, desta vez com o Encontro de Conselheiros Administrativos Estaduais do Sescoop
Estão presentes no evento cerca de 50 representantes de cooperativas singulares, centrais, federações e organizações representativas da Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Guiné Bissau, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. O Encontro conta ainda com a presença do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas; do presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius; e do secretário executivo da OCPLP, Eduardo Graça. “Mais do que a língua, o que nos une é o cooperativismo”, declarou Perius.
A manhã do primeiro dia foi dedicada à recepção dos visitantes e abertura do Encontro, momento em que foi assinado um termo de cooperação entre o Sistema Ocergs-Sescoop/RS e a OCPLP. Perius e Graça assinaram um convênio de pesquisa e intercâmbio de professores e alunos de países cooperativos de língua portuguesa, estreitando, assim, os laços entre as nações. “Precisamos nos internacionalizar”, afirmou Freitas, testemunha da assinatura do documento. “Então, que o primeiro passo seja dado onde falamos a mesma língua. Como organização de representação institucional, o Sistema OCB não pretende fechar negócios comerciais neste Encontro, e sim abrir portas para que as cooperativas busquem oportunidades”, explicou o presidente da OCB.
O público assistiu ainda à palestra do presidente executivo do Bansicredi, Ademar Schardong, sobre a conjuntura econômica internacional e as oportunidades para as cooperativas.
O Brasil na OCPLP
Para Eduardo Graça, o cooperativismo brasileiro ocupa um espaço de grande relevância na OCLPL. “Por ser um país emergente, que se firma cada vez mais no cenário internacional, por ser uma potência em nível global e por ter um movimento cooperativista pugente e em fase de reforma, com um grande futuro a sua frente”, justificou o secretário executivo da Organização dos Países de Língua Portuguesa. Ele pediu ao Sistema OCB uma participação ativa na OCPLP e defendeu o fortalecimento da entidade através do uso de tecnologias de informação. “Nisso temos uma imensa vantagem: apesar dos sotaques, falamos a mesma língua”. E finalizou lembrando que a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2012 o Ano das Cooperativas no Mundo, momento que o cooperativismo deve aproveitar para se firmar em âmbito internacional.
O Encontro
O Encontro Cooperativo dos Países de Língua Portuguesa é realizado a cada dois anos. A última edição, em 2008, foi em Lisboa, Portugal, durante a ICA Expo World Co-operatives Exhibition (Exposição Mundial de Cooperativas), organizada pela Internacional Cooperative Alliance (Aliança Cooperativa Internacional).
Durante toda a tarde de hoje, os cooperativistas apresentarão o cooperativismo de seus respectivos países, apontando as principais características, dificuldades e planos. Amanhã, a programação terá a apresentação de programas cooperativistas de sucesso no Brasil, como A União Faz a Vida, do Sicredi, e a Faculdade de Tecnologia do Cooperativismo (Escoop), do Sescoop/RS. No dia 08, farão uma viagem à Capital Nacional do Cooperativismo, Nova Petrópolis, onde conhecerão também as cooperativas Piá e Sicredi Pioneira.
As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas no site. Mais informações através do telefone (61) 3217-2128 ou e-mail
* Com informações do Sistema OCB.
As cooperativas brasileiras são destaque na economia nacional e têm investido, cada vez mais, em uma gestão profissionalizada e inovadora. Este ano, 12 delas receberão, no dia 26 de outubro, em Brasília (DF), o Prêmio Cooperativa do Ano 2010. A iniciativa, que está em sua sétima edição, é realizada anualmente e promovida pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e revista Globo Rural, da Editora Globo. O objetivo é reconhecer iniciativas pautadas na inovação, criatividade e eficiência e torná-las referências para o setor.
Foram avaliados 114 projetos enviados por 91 cooperativas. Destas, 53 foram finalistas e 12, vencedoras. A cooperativa gaúcha Certel, de Teutônia, será uma das agraciadas com a premiação.
Conheça as vencedoras do Prêmio Cooperativa do Ano 2010 - 7ª edição:
Agropecuário - Educação Cooperativista
Cooperativa - Coopavel Cooperativa Agroindustrial (Coopavel)
Projeto - Educação Continuada - aperfeiçoamento profissional
Agropecuário - Gestão para a Qualidade
Cooperativa - Cooperativa dos Produtores de Palmito do Baixo Sul da Bahia (Coopalm)
Projeto - Gestão Compartilhada, um modelo certificado de inclusão social e produtiva
Agropecuário - Desenvolvimento Sustentável
Cooperativa - Cooperativa Agrária Agroindustrial (Agrária)
Projeto - Programa Gestão Ambiental Agrária
Cooperativa - Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados São Miguel do Oeste (Sicoob São Miguel SC)
Projeto - Plantação de mudas e implantação de cerca de arame para preservação de cursos de água em comunidades dos municípios de Paraíso, Bandeirante, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Princesa, Dionísio Cerqueira e Anchieta
Crédito - Gestão para a Qualidade
Cooperativa - Cooperativa de Economia e Crédito da Serra da Cantareira (Sicoob Cantareira)
Projeto - Gestão de Controles Internos e de Riscos
Educacional - Gestão para a Qualidade
Cooperativa - Cooperativa Educacional de São Carlos (Cesc)
Projeto - Os Sentidos da Leitura
Infraestrutura - Desenvolvimento Sustentável
Cooperativa - Cooperativa de Distribuição de Energia Teutônia (Certel Energia)
Projeto - Energia Verde - Em harmonia ambiental
Saúde - Desenvolvimento Sustentável
Cooperativa - Unimed Alto Vale Cooperativa de Trabalho Médico (Unimed Alto Vale)
Projeto - Óleo de cozinha reciclado
Saúde - Gestão para a Qualidade
Cooperativa - Unimed Brusque Cooperativa de Trabalho Médico (Unimed Brusque)
Projeto - Implantação do Balanced Scorecard como Ferramenta de Gestão Estratégica
Trabalho - Desenvolvimento Sustentável
Cooperativa - Cooperativa Agrícola de Assistência Técnica e Serviços (Cooates)
Projeto - Transforma e Renascer
Trabalho - Gestão para a Qualidade
Cooperativa - Atrium São Paulo Consultores Cooperativa de Profissionais de Informática Assessoria e Consultoria Técnica (Atrium)
Projeto - Tecnologia Cooperativa - Projeto Social de Informação
Transporte - Gestão para a Qualidade
Cooperativa - Cooperativa dos Transportadores Autônomos de Cargas de São Carlos - SP (Coopertransc)
Projeto - Programa Renovafrota - A força da Cooperação
* Com informações do Sistema OCB.
A Rede Vida tem cobertura nacional. Confira os canais da emissora na sua região no site, através do link “Cobertura”.
Vereadores e lideranças cooperativistas da Serra gaúcha participaram, na quinta e sexta-feiras (16 e 17/09), do Seminário das Frencoops Municipais Gaúchas. O evento ocorreu em Farroupilha e teve como objetivo difundir o cooperativismo aos parlamentares e estimular a formação de Frentes Parlamentares de Apoio ao Cooperativismo. O encontro foi dividido em dois momentos: o primeiro, na tarde de quinta-feira, teve lições sobre cooperativismo, incluindo história, doutrina, tendências e a apresentação de um exemplo de sucesso: a Sicredi Serrana; o segundo ocorreu na sexta-feira, com a presença de lideranças que abordaram políticas públicas em favor das cooperativas.
O presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, ressaltou que é grande o número de deputados que começaram a vida política na vereança. Por isso, é fundamental que os vereadores conheçam e defendam o sistema cooperativista. “Só assim garantiremos o futuro do cooperativismo”, acrescentou Perius. Para o presidente da Assembleia Legislativa e coordenador da Frencoop Estadual, Giovani Cherini, política e cooperativismo devem andar juntos, independente da sigla partidária. “Acredito na força do cooperativismo, mas temos que avançar mais no campo político para termos mais ajuda do poder público”, afirmou.
O Seminário das Frencoops Municipais Gaúchas de Farroupilha foi o terceiro realizado pelo Sescoop/RS este ano. São Luiz Gonzaga e Capão do Leão também já sediaram o evento; o próximo será em Não-Me-Toque, nos dias 14 e 15 de outubro.
A Organização Cooperativista dos Povos de Língua Portuguesa (OCPLP) promove, de 6 a 8 de outubro, o 9º Encontro Cooperativo dos Países de Língua Portuguesa. O evento será em Porto Alegre, no Centro de Formação Profissional Cooperativista do Sescoop/RS, que fica na Av. Berlim, 409. Estão previstas as participações de representantes de Brasil, Angola, Cabo Verde, Moçambique, Guiné Bissau, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. O Encontro é realizado com apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e Sistema Ocergs-Sescoop/RS.
A programação inclui a apresentação do cooperativismo nos países participantes e uma visita a Nova Petrópolis, a Capital Nacional do Cooperativismo. Estão confirmadas, na abertura, as presenças do presidente do Sistema OCB, Marcio Lopes de Freitas; do presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius; e do presidente da Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES) e secretário executivo da OCPLP, Eduardo Graça. Mais informações podem ser obtidas com a Assessoria Internacional da OCB, através do telefone (61) 3217.2142.
O evento acontece a cada dois anos. A última edição, em 2008, foi em Lisboa, Portugal, durante a ICA Expo World Co-operatives Exhibition (Exposição Mundial de Cooperativas), organizada pela Internacional Cooperative Alliance (Aliança Cooperativa Internacional).
O Conselho Nacional e o Conselho Fiscal do Sescoop definiram como atividade prioritária para o exercício 2010 a realização dos Encontros de Alinhamento nas unidades estaduais, que estão orçados como atividades da unidade nacional. Assim, serão realizados dois encontros em datas separadas: nos dias 06, 07 e 08 de outubro ocorrerá o Encontro dos Conselheiros Fiscais Estaduais; em 13, 14 e 15 de outubro acontecerá o Encontro de Conselheiros Administrativos Estaduais.
O objetivo dos eventos é capacitar os membros desses colegiados para o exercício efetivo de suas atividades. Além disso, eles servirão também como alinhamento dos Conselhos Nacional e Fiscal do Sescoop com os Conselhos Fiscais e Administrativos Estaduais.
Os encontros contarão com instrutores do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) para realização do treinamento, trazendo inclusive informações sobre as melhores práticas de governança. Haverá ainda a presença do ministro substituto do TCU, André Luís de Carvalho, para realizar palestra sobre as responsabilidades dos Conselheiros frente ao Tribunal de Contas da União, e apresentação do Planejamento Estratégico do SESCOOP 2010-2013, aprovado na 61ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional.
Para otimizar recursos e tempo, no dia 13/10 será realizado também o Encontro de Presidentes e Superintendentes do SESCOOP, cujo objetivo é a apresentação do Planejamento Estratégico do Sescoop, bem como a discussão de continuidade das ações de planejamento, além de outros alinhamentos institucionais.
A confirmação de presença deve ser feita até hoje, 17/09, através do e-mail
Leia abaixo:
1. O que significa ser sustentável
2. XIII CBC abre em clima de emoção
3. Seminários nos Estados prepararam o caminho
4. Cooperativas querem mais educação
5. As reivindicações aos presidenciáveis
* Todos os textos foram fornecidos pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
* A edição de setembro do jornal O Interior trará detalhes sobre o Congresso, palestras, temáticas discutidas e propostas apresentadas.
1. O que significa ser sustentável
“A verdadeira sustentabilidade”, diz o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, “vai além do desempenho econômico e financeiro: tem a ver com o grau de compromisso das cooperativas com os cooperativados, com a satisfação de todos os envolvidos e com todo o contexto”. Para o presidente, “sustentabilidade é aquilo que resulta em melhor qualidade de vida para a nossa gente”.
Colocando em termos simples, sustentabilidade consiste em promover o melhor para as pessoas e para o ambiente, tanto no presente como no futuro. Para um empreendimento humano ser sustentável, ele deve levar em conta quatro princípios fundamentais. A atividade precisa ser ecologicamente correta; economicamente viável; socialmente justa; e culturalmente aceita.
“A ideia das cooperativas – como negócio que ganha e distribui lucros à comunidade - já é, por si só, sustentável”, defende Glaucia Terreo, coordenadora da Global Reporting Iniciative, organização que tem como missão lutar pelo desenvolvimento sustentável no planeta. No caso das cooperativas ligadas à OCB, Terreo destacou que a sustentabilidade significa um “efetivo controle do que se gasta e se produz, medindo os resultados e tomando decisões a partir deles”.
Um pensamento voltado para a sustentabilidade começa a adquirir contornos de vantagem competitiva quando, em interação com os temas de gestão, garanta a sobrevivência e o crescimento da organização, a longo prazo. Nesse sentido são organizadas cadeias de sentido, e não só de valor, que signifiquem rentabilidade e bons dividendos para os empreendimentos, as pessoas e as comunidades.
Uma consciência sustentável por parte das organizações tem chance de significar uma vantagem competitiva se for encarada como um componente estratégico e importante. Os resultados não se farão esperar: atração de investimentos para a cooperativa, manutenção da carteira de clientes, melhoria da gestão e melhor acesso ao crédito.
Como forma de pensamento sistêmico, relacionado aos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana, o ideal do desenvolvimento sustentável é um meio de configurar a civilização e a atividade humana de tal forma que a sociedade, seus membros e suas economias possam preencher as necessidades no presente.
Ao mesmo tempo, terão que lutar por preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir e manter níveis de excelência no futuro.
2. XIII CBC abre em clima de emoção
Com a presença de 800 delegados de todos os Estados, o XIII Congresso Brasileiro do cooperativismo foi aberto no dia 9 de setembro, no auditório da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio, em Brasília. O homenageado da noite, Roberto Rodrigues, em um discurso emocionado, fez um retrospecto da história do cooperativismo no Brasil. “Quem não sabe de onde vem, não sabe para onde vai”, lembrou Rodrigues, exortando os participantes à reflexão sobre o tema central do XIII CBC, “Cooperativismo é sustentabilidade: o desafio da inovação”. O mote havia sido dado pelo presidente da OCB, Márcio de Freitas, quando disse que o objetivo do evento seria “pensar o passado, enxergar o presente e lançar nossos olhares para o futuro”.
“Foi isso que imaginamos para este congresso. Não era hora de fazer mais uma convenção, onde discutiríamos mais um tema e as decisões ficariam apenas nos anais do encontro. É um momento de maturidade, de trabalhar nossos anseios”, convidou Márcio. “Quarenta anos atrás, em Belo Horizonte, um congresso tomou a decisão de formar um organismo como a OCB. Agora vamos decidir como iniciar a caminhada dos próximos 40.”
Roberto Rodrigues rememorou a iniciativa do ministro da Agricultura Cirne Lima de unificar o cooperativismo brasileiro. Em 1970, a Organização das Cooperativas Brasileiras foi reconhecida como órgão consultivo do governo brasileiro e em 1971, com a lei do cooperativismo, o Sistema ganhou consistência. Em 1985, Rodrigues assumiu a presidência da OCB às vésperas da Assembléia Nacional Constituinte e 47 deputados federais criaram a Frente Parlamentar do Cooperativismo.
“Tenho andado muito pelo mundo, como conselheiro de empresas internacionais ligadas à sustentabilidade. As grandes organizações vêm perdendo protagonismo no planeta. A sociedade precisa se organizar e tomar rumo. É a hora das organizações sociais tomarem esse lugar. Sob a ótica da sustentabilidade, isto está no DNA do cooperativismo”, previu. Roberto Rodrigues recebeu das mãos do presidente da OCB Márcio de Freitas a medalha que tem o seu nome e simboliza a participação dos cooperados na construção da entidade.
3. Seminários nos Estados prepararam o caminho
Nos últimos meses o setor cooperativista brasileiro esteve mobilizado para identificar os mecanismos que poderão promover a sustentabilidade do sistema na próxima década. Um total de 2000 cooperativistas de todo o país participaram dos debates que foram travados durante os Seminários Preparatórios ao XIII Congresso Brasileiro do Cooperativismo, a partir do mês de abril. “Ao longo desse período preparatório, tivemos a preocupação de prezar pela transparência, informando a todos sobre o andamento dos trabalhos”, destacou o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas. Um total de 40 Seminários Estaduais Preparatórios alicerçaram o caminho para o sucesso do XIII Congresso Brasileiro do Cooperativismo. A Comissão de Sistematização teve em mãos 1083 proposições apresentadas pelas cooperativas.
“Essa foi a primeira fase do encontro, momento em que reunimos as demandas da base, das cooperativas, sobre as estratégias que deviam ser definidas para se garantir a sustentabilidade do cooperativismo brasileiro”, explicou o coordenador do evento, Maurício Landi. “O levantamento foi o ponto de partida”, acrescentou. As propostas foram direcionadas aos quatro eixos temáticos do XIII CBC, estabelecendo-se 27 proposições básicas e 113 linhas de ação.
O sistema cooperativista brasileiro ocupa hoje um espaço expressivo na economia do País, respondendo por 5,39% do PIB nacional, com uma movimentação econômico-financeira de R$ 88,5 bilhões. O setor, que congrega 7.261 cooperativas, 8.252.410 associados e 274.190 empregados, tem uma receita de US$ 3,6 bilhões em exportações.
Os indicadores mostram o resultado de um processo de amadurecimento, aprimoramento e consolidação. Como órgão máximo de representação do setor, a Organização das Cooperativas Brasileiras congrega 547 cooperativas dos mais variados ramos de atividade.
4. Cooperativas querem mais educação
O presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, convidou Delfim Netto a integrar a Rede Nacional de Pesquisadores do Cooperativismo e o ex-ministro aceitou, “com muita honra”. Delfim foi o palestrante do dia 10/09, com o tema “Cenário Político e Econômico”. A tônica de todos os pronunciamentos foi a questão da educação e da pesquisa para o desenvolvimento.
“O Brasil está na ponta da produção de etanol. Recebemos um bônus energético, o pré-sal. E as novas tecnologias que o país já está empregando em larga escala na indústria, no comércio e em todos os setores, vão ser outra revolução. Temos que garantir força à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e aos institutos de pesquisa para conservar o estado da arte na produção de combustíveis. Estas são as grandes oportunidades que estão colocadas para nós”, disse Delfim.
Em seguida à conferência de Delfim, Roberto Rodrigues coordenou um painel com cooperativados, que trouxeram sua experiência ao palco. Respondendo a uma indagação de Roberto Rodrigues, os participantes da mesa falaram sobre os valores do cooperativismo. A cada pronunciamento, ele pontuava as observações e fazia novo questionamento.
“As cooperativas necessitam atrair mais jovens e precisam explicar aos que estão chegando o que é o cooperativismo”, sugeriu Argemira Fátima, colaboradora da Unimed de Manaus, pedindo mais cursos que esclareçam e divulguem os valores do cooperativismo. “Em nossa cooperativa, a gente percebe a divulgação desses valores, mas vemos que eles não são colocados na prática”, rebateu José Cláudio da Silva, da Coates, de Pernambuco.
Ademar Schardong, presidente do Sicred de Santa Catarina, defendeu a integração do Sistema. Já o presidente da Cooperbio, João Luiz Ribas Pessa, alinhou seis ações que vê como prioritárias para a próxima década: 1) entidades e associações de classe mais atuantes; 2) reconhecer que a cooperativa não é um fim, mas um recurso para prosperar com as pessoas; 3) incentivar as cooperativas a contribuir para a melhoria dos cooperativados; 4) evitar a concorrência predatória entre cooperativas; 5) atualizar as leis do cooperativismo; e 7) unificar alguns ramos, como os das cooperativas de crédito e rural, para aumentar o potencial.
Enquanto isso, o vice-presidente da OCB, Ronaldo Scucato, representante da OCEMG, defendia a emoção. “Na vida não se consegue nada sem emotividade”, assegurava. Citando o filósofo Domenico de Masi, disse que “o cidadão de 2020 vai ser guiado pela emotividade, tem que ter flexibilidade, ser contra todas as formas de corrupção e portador da bandeira da ética”.
Para finalizar, Roberto Rodrigues simulou estar recebendo um telefonema de sua esposa para passar um recado aos cooperativados reunidos no auditório da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC): “Amanhã vai todo mundo embora e o risco é esquecer tudo o que discutimos aqui nesses três dias. A vida real, com seus problemas, nos afasta dos compromissos. Não podemos deixar que isso aconteça. Temos que transformar tudo o que falamos aqui em ação”.
5. As reivindicações aos presidenciáveis
As 7261 cooperativas brasileiras, em 13 ramos de atividade, geram 274.190 empregos diretos a cada ano, produzem R$ 88,5 bilhões em receita – o que representa 5,39% do PIB – e exportam US$ 3,63 bilhões. É com a certeza da importância de sua representatividade na quinta economia mundial que o Sistema OCB elaborou uma carta de reivindicações aos candidatos ao pleito de 3 de outubro.
Rever a lei geral das cooperativas (5764/71), mantendo resguardados os princípios do movimento; fixar critérios para o ato cooperativo, evitando a cobrança dupla de tributos; e participar mais dos órgãos, conselhos e agências reguladoras federais são as maiores expectativas em relação ao próximo ocupante da Presidência da República. Assim, entre os anos 2011 e 2014, o cooperativismo espera contribuir mais e melhor para a agenda de desafios do governo federal.
No vasto documento que fez chegar às mãos dos presidenciáveis, o Sistema OCB alinhou pedidos que devem beneficiar todos os ramos do cooperativismo. Como o da extensão do programa de capitalização de cooperativas (Procapcred) para atender à demanda e melhorar o desempenho e a competitividade das cooperativas no mercado. Ou a adoção de políticas que garantam os direitos à propriedade rural e urbana. Uma outra idéia importante é a de se dar apoio ao programa Cooperjovem, que visa formar, por meio das escolas fundamentais e médias, uma cultura pró-cooperação.
Entretanto, há propostas específicas destinadas aos ramos do trabalho, transporte, produção, habitação, infraestrutura, saúde e educação, além do meio ambiente. Em relação ao escoamento da produção, por exemplo, a pauta vai desde a ponderação de que existe uma sobrecarga nas estradas – pois 58% da movimentação de cargas acontece por essa via, quando o ideal seria restringir-se a 30% - até a definição de parâmetros para certificação de grãos e cereais, que tornem mais competitivas as cooperativas.
Uma das sugestões mais relevantes é a de se criar um seguro de renda agropecuária, como forma de assegurar a continuidade da produção, evitando as perdas do produtor rural com quebras de safra ou redução dos produtos agrícolas. Ciente de que tem prestado um enorme serviço ao setor agripecuário, os cooperativistas conclamam o próximo ocupante do Palácio do Planalto a ampliar a capacidade estática de armazenamento no Brasil, no âmbito da segurança alimentar, com vistas a atenuar o gargalo na cadeia produtiva de cereais, oleaginosas e fibras.
Finalmente, na questão ambiental, o presidente brasileiro deveria priorizar a revisão do Código Florestal, de modo a reconhecer as áreas de agropecuária; promover a simplificação das exigências legais relacionadas ao licenciamento ambiental; viabilizar a participação do Sistema OCB no debate sobre mudanças climáticas e resíduos sólidos; e instituir programas de pagamento por serviços ambientais que estimulem medidas ambientalmente adequadas às propriedades rurais.
Mais informações podem ser obtidas junto ao Departamento de Promoção Social do Sescoop/RS, através do telefone (51) 3323.0002 e do e-mail
Primeiro dia – 16/09
13h30 – Credenciamento
14h – História e Doutrina Cooperativista - José Zigomar Vieira dos Santos, gerente de Desenvolvimento Humano do Sescoop/RS
15h45 – Legislação Cooperativa - Mario De Conto, gerente jurídico do Sistema Ocergs-Sescoop/RS
18h – Encerramento
Segundo dia – 17/09
09h – Cooperativismo e Legislativo – Vergilio Perius, presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS
10h – Intervalo
10h30 – Políticas Públicas Municipais – Prefeito do município sede do evento
11h – Frencoop Municipal – Presidente ou representante da Frencoop Municipal
11h30 – Frencoop Estadual – Giovani Cherini, presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul
13h30 – Encerramento e almoço
Iniciou na quinta-feira (09/09), em Brasília (DF), o XIII Congresso Brasileiro do Cooperativismo (XIII CBC), promovido pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O objetivo do Encontro é identificar mecanismos que promovam a sustentabilidade do cooperativismo. Além disso, a ideia é avaliar também o passado e o presente, e pensar o futuro do segmento, a partir de uma reflexão sobre o tema “Cooperativismo é sustentabilidade: o desafio da inovação”. O evento, que termina sábado (11/09), reúne dirigentes das organizações estaduais do Sistema OCB e de cooperativas dos 13 ramos de atividades econômicas nos quais atua o setor.
O XIII Congresso Brasileiro do Cooperativismo está sendo transmitido ao vivo pelo portal www.brasilcooperativo.coop.br. Além das palestras e painéis previstos no evento, a grade de programação contemplará entrevistas com líderes cooperativistas de todo o País, na tarde de sexta-feira (10/09) e na manhã de sábado (11/09). A transmissão será encerrada por volta das 12h do último dia do Congresso, com uma avaliação das discussões feita pelo presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas.
Programação:
Dia 9
19h – Sessão solene de abertura
Dia 10
8h30 - Conferência “Cenário Econômico e Político”
10h – Painel “O Sistema OCB e o desafio da inovação”
15h às 18h - Entrevistas com líderes cooperativistas
Dia 11
9h às 12h – Entrevistas com líderes cooperativistas
12h – Encerramento da transmissão
*Fonte: Sistema OCB.